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Os (nossos) melhores discos de 2013

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2013 prometia o retorno das divas. De Gaga a Beyoncé, passando por Britney Spears e Avril Lavigne. Mas trouxe também surpresas que agitaram as paradas musicais em todo mundo. De Ariana Grande a Lorde. E até daqueles que não tinham crédito algum.

Há quem diga que Beyoncé zerou o ano com seu álbum autointitulado lançado de surpresa numa madrugada deste mês. Outros defendem com unhas e dentes que 2013 foi o ano para Lady Gaga com seu ARTPOP. Dessa vez, resolvemos fazer diferente. Nós, equipe de música do O Que Vi Por Aí, apostamos nos nossos próprios clássicos do ano. Por meio de um top 05, elencamos aqueles discos que ficaram por horas no repeat, que nos marcaram de alguma forma indiscutível, ou que não passam de guilty pleasure.

É importantíssimo ressaltar que essa não é uma lista d'os melhores álbuns do ano. Na verdade, é, sim, mas os NOSSOS melhores álbuns. Por isso, imparcialidade pegou suas malas e partiu pra longe daqui. Enjoy! :)


5º - Night Time, My Time (Sky Ferreira)

(Night Time My Time, Capitol Records, 2013)
Há muito, Sky Ferreira vinha formando e modelando as bases de seu debut álbum para engatar de uma vez por todas a tão palpável estreia oficial e triunfal. A aura melancólica e a lírica sombria da moça se fundiram num pacto sobrenatural e o resultado foi o Night Time, My Time. Movimentado essencialmente pela solidão – que começa a exalar pro ouvinte a partir da capa –, o disco mistura sensações diferentes de torpor, até mesmo em canções com batidas mais agitadas como Boys e I Blame Myself, e o carrega para os ambientes mais sombrios da alma humana.   Se em 24 hours o eu-lírico tenta fugir das amarras de um romance limitado, em Nobody Asked Me, a cantora grita “Nobody asked me if I was ok” e parece confirmar toda a construção e musicalidade proposta pro disco. You’re not the one é o direcionamento para o pop autêntico e evidente para o qual Ferreira também se apontou.

Entre o pop obscuro e os sintetizadores abertos, cada faixa parece estar intimamente ligada ao pop dos anos 80, sem o compromisso de ser esse um simples aspecto estético. Night Time, My Time é uma obra mais-que-coesa em sua totalidade e o primeiro reflexo fixo do propósito inovador a que Ferreira se destinou.


4º - Girl Who Got Away (Dido)

(Girl Who Got Away, RCA Records, 46:07)
Dido é, senão a maior, uma das poucas cantoras que conseguem reunir um turbilhão de sentimentos nas faixas de um disco e, num certo momento, até misturar uma parcela deles e fazer o ouvinte surpreender-se com sua própria postura durante a audição. Toda sua docilidade, força e inspirações estão ordenadas harmonicamente no seu último Girl Who Got Away, um disco em que pop, folk e eletrônica se juntam ao lirismo mais sincero para encabeçar as listas das melhores produções do ano. A moça retorna ao seu passado glorioso com ousadia, mas se desvencilha um pouco do ambiente acústico dos outros trabalhos. “No love without freedom, no love without freedom”, clama Dido na canção que por si só poderia zerar o álbum, se a faixa-título não viesse logo em seguida só para confirmar o triunfo da cantora. End of night e Go Dreaming são dois belos exemplos da audácia da cantora ao passear pelo eletrônico sem deixar-se capotar pelo despenhadeiro do risco que é trabalhar com batidas eletrônicas num álbum que não tem o propósito de ser um disco dançante. Day Before We Went to War fecha o disco com sua harmonia simples e poética que, se juntando à letra, mostra que Dido sabe bem como construir imagens através de suas canções.

Em Girl Who Got Away, Dido foi tudo o que quis e até o que receava em ser. Numa época em que sair de uma zona de conforto pressupõe uma autodestruição, ousar passear por estradas arriscadas e sem perder a essência é mais do que um triunfo. E Dido o fez.


3º - The Blessed Unrest (Sara Bareilles)

(The Blessed Unrest, Epic Records, 50:35)
Todos os adjetivos mais amor da língua portuguesa ainda não seriam capazes de caracterizar o mais recente lançamento de Sara Bareilles. The Blessed Unrest é daqueles discos para se amar na primeira audição e ir elevando o nível conforme as inúmeras repetições, pra no final do dia (?), ser uma doce nostalgia. A moça te faz crer que o álbum será mais animado que Love Song com a energia contagiante de Bravevale até sair dançando no meio da rua, no restaurante, noshopping – para te mostrar que, antes de qualquer coisa, The Blessed Unrest celebra a saudade, os primeiros amores e a doce e melancólica ilusão. Manhattan é uma baladinha sustentada por um piano melódico e a voz doce de Sara, oscilando entre os graves e agudos. Em Little Black Dress, a moça brinca com os saxofones e as batidas constantes que querem arriscar em retomar o som do debut, Little Voice, mas não em sua totalidade. E assim segue o disco, oscilando entre rupturas e retomadas ao passado.

The Blessed Unrest é o retrato de Sara Bareilles experimentando coisas novas, mas seguindo em frente pelas ruas de Manhattan. Ela presenteia os fãs com sua doçura, letras bem trabalhadas e o piano da inocente Sara lá do Careful Confessions e Kaleidoscope Heart, mas não se distancia do que poderia tocar nas rádios. Um disco cíclico, porque não poderia ser outra coisa, e que te faz sair cantarolando meio mundo de seu repertório.

Destaques: Manhattan, 1000 Times, December 

2º - Native (OneRepublic)

(Native, Interscope Records, 46:44)
Pouquíssimos artistas conseguem permanecer fiéis ao seu som característico, enquanto evoluem por três, quatro ou mais anos de carreira. O OneRepublic é uma dessas pouquíssimas bandas que, além de manter-se fiel à sua essência pop-rock, consegue inovar a cada novo trabalho, passeando facilmente por outros estilos. Com o Native não foi diferente, pelo contrário, foi nele que Ryan Tedder e companhia fizeram o que só uma em cada dez bandas consegue fazer: reunir em catorze canções um pouco significativo de cada um dos dois antigos álbuns (Dreaming Out Loud e Waking Up) com maestria. Numa primeira audição, Native pode parecer uma das melhores coisas que você já ouviu do OneRepublic até então, mas quando seus ouvidos se acostumam às batidas pop-rock flertando com o folk (e até com o soul), o disco pode ir ao status de carreira-triunfal-da-banda-resumida-em-um-disco-e-a-melhor-fase-criativa-e-inovadora-de-Ryan-Tedder.

O álbum resgata a sonoridade pop-rock e ainda consegue flertar com o folk e soul e traz um OneRepublic mais pop do que nunca. Counting Stars é um pop bem animadinho e bem conceitual, que abre incrivelmente o disco e já define sua cara. Au Revoir, uma das canções que mais se destaca, conquista por sua abertura com uma belíssima orquestra e pelo clima de mistério na sonoridade embalada por um piano (sem contar os vocais extremamente suaves de Tedder). Outras como Preacher, Something I Need e Life in Color são tesouros que provam que a genialidade de seu vocalista não tem limites. Native é a prova concreta de que quatro anos de hiato não é capaz de abalar as estruturas da boa música. (review escrita originalmente para o nosso parceiro O Anagrama)

Destaques: Au Revoir, Preacher, Something I Need

1º - Too Weird to Live, Too Rare to Die (Panic! at the Disco)

(Too Weird to Live..., Decaydance Records, 32:32)
8 de outubro foi o dia em que o Panic! at the Disco zerou o ano e anulou todas as chances de qualquer álbum ser considerado o melhor do ano. Imparcialidade mandou lembranças calorosas. Too Weird to Live, Too Rare to Die é o tipo estranho e genial, doce e azedo, água e vinho, inocente e selvagem. O misto de extremos construídos genialmente por uma banda que saiu de uma zona para se riscar no fracasso. E foi o contrário. É um disco que acende a ânsia por ouvir cada detalhe, sem saltar uma faixa sequer. Batidas ritmadas, ora ordenadas, ora desesperadas, os vocais inconfundíveis de Brendon Urie, corais harmoniosos, aberturas incomuns sumarizam o disco.

This is Gospel faz jus ao título de primeira faixa para mostrar logo de cara a que veio o Panic! com esse disco. Miss Jackson vem em seguida com suas batidas maciças, corais ressonantes e efeitos que rementem a um cenário sombrio e de destruição. Se Girl That You Love perde o clima de celebração e o ritmo leve e iluminado de Vegas Lights, Nicotine os recupera e completa com todo seu sentimento de transgressão e rebeldia, transformando-na na que pode ser uma das melhores faixas do trabalho. A banda brinca em Girls/Girls/Boys sem quebrar a atmosfera desobediente da anterior, e cria imagens de jovens protagonizando uma bebedeira num fim de madrugada em qualquer lugar do mundo. Far too Young to Die é, sem medo, a melhor canção do disco. Costumo associá-la a um poema cheio de representações, metáforas e antíteses, só que com uma melodia ao fundo. São dela as batidas mais consistentes de todo o tracklist e a palavra-chave principal. Com seus 3:30 minutos que mais parecem 1:30, The End of the Things encerra o trabalho celebrando a efemeridade das coisas.

Um disco rápido cronologicamente e eterno psicologicamente. Uma celebração à efemeridade da vida, mas um alerta à dissipação inconsciente do curto tempo. 


5º - Yours Truly (Ariana Grande)

(Yours Truly, Republic Records, 46:28)
Ariana Grande entre os álbuns de maior destaque de 2013? Isso mesmo! Mesmo não tendo ganhado tanta repercussão nas premiações como “Artista Revelação” (Grammy errou feio), a compilação de músicas presente no Yours Truly merece, sim, seu reconhecimento.

A cantora que começou como atriz em séries infato-juvenis, apresentou esse ano sua faceta na música, e não é que ela se deu muito bem? Com faixas como Right There, Baby I, Better Left Unsaid e o carro-chefe The Way, ela conquistou nossos corações e garantiu um lugar na indústria musical. Comparações à parte com Mariah Carey, a voz e simplicidade que Ariana imprime em seus trabalhos transparece em sua personalidade e a torna aquela carinha meiga e adorável que nos encanta tão facilmente. É um álbum bom e bastante conciso em suas experiências (ingênua sim, boba nunca), atraindo um ritmo pop R&B que pode e deve dominar os charts futuros!


4º - Native (OneRepublic)

(Native, Interscope records, 46:44)
Tem mesmo alguém que saiba escrever e produzir músicas tão bem como Ryan Tedder? O cara é simplesmente um gênio quando se trata de unir uma melodia deliciosa a uma letra contagiante. Por trás de composições tão bem feitas (ele deu um jeito até nos agudos da Christina Aguilera em We Remain), OneRepublic não pode ficar do TOP 5 de álbuns de 2013.

O Native é tão gostoso de ouvir que realmente não tem nenhuma música que acaba te desagradando – mas tem aquelas que a gente tem uma quedinha maior. If I Lose Myself, What You Wanted, Something I Need e Preacher são apenas algumas das faixas que grudam na cabeça com seus refrões I-N-C-R-Í-V-E-I-S! Counting Stars é a grande maravilha do álbum, abusando de uma sistemática de ritmo impressionante, com variação de vocais (não tem como não gostar)! É um repertório para se ouvir, se identificar e sair cantando por aí (seja no chuveiro, na rua, no busão...). E o que dizer na capa? Uma das melhores do ano também.

Destaques: Counting Stars, If I Lose Myself, Something I Need

3º Beyoncé (Beyoncé)

(Beyoncé, Columbia Records, 66:35)
Tivemos pouco tempo para ouvir, mas já dá para amar! A atitude inovadora de Beyoncé em lançar um álbum inédito com 17 clipes do nada roubou a cena da música em 2013, mas de nada adiantaria se o repertório não fosse bom, certo? E não podia ser melhor! Temos aqui Bey de volta com seu ritmo pulsante do R&B em composições que podem até soar simples, mas muito engenhosas.

Beyoncé é tudo que pedimos diante de tantas farofadas que ainda vemos por aí – se bem que em 2013 tivemos uma bela desintoxicação. Tem como não cair de amores com Pretty Hurts? É, sem dúvidas, uma das melhores, mas são tantas boas que fica difícil escolher uma para chamar de sua. As petições vocais ~ fantasmagóricas ~ de Hunted, a viciante Drunk in Love, a deliciosa Blow, a inusitada Mine e a divertida XO. Por fim, sabemos que estamos ouvindo um dos melhores álbuns do ano por ser simplesmente aquilo que ele deve ser, sem exageros ou grandes revoluções. A ralé passa longe daqui!

Destaques: Pretty Hurts, Mine, XO

2º Pure Heroine (Lorde)

(Pure Heroine, Universal Music,  37:08)
Ela pode agradar ou não, precisar de produtos da Jequiti ou não, fazer uma de possuída no palco ou não e criticar, é claro, mas continua sendo uma das maiores descobertas da música em 2013 (menos um ponto para o Grammy em não indicá-la para “Artista Revelação”). Lorde apenas sucumbiu a todas as divas em todos os sentidos com suas músicas.

Pure Heroine está em 2º lugar porque realmente merece! As composições são ótimas e cheias de figuras de linguagem, só para destacar o intelecto de nossa lordezinha. Não somente de Royals ela vive, mas também de Team, Ribs, 400 Lux, Buzzcut Season e da mais que incrível Tennis Court – a música é só sua maior crítica a essa vidinhas falsas e infelizes. Detonando vidas com a primeira frase: “Don't you think that it's boring how people talk?”. Ela alcançou o topo da Billboard, mas suas músicas não foram feitas para agradar charts e sim para mentes que pensam (existem mais coisas entre nossa moral do que sonha nossa ética). Por isso, é um dos melhores repertórios (com 10 músicas), por não se render a mesmice ou a impetuosa desintegração rasa da música. É básico, inteligente e perspicaz com uma pitada de crítica malagueta!

Destaques: Tennis Court, Team, Royals

1º - The 20/20 Experience - The Complete Experience (Justin Timberlake)

(The 20/20 Experience, RCA Records, 70:02)
Dentre tantos retornos, o que mais abalou a continuidade do mundo da música foi, sem dúvidas, Justin Timberlake! Após seis anos afastado dos palcos, JT resolveu nos presentear não só com uma, mas sim com duas compilações de sua última investida na música. Ele trouxe de novo aquele frescor que tanto precisávamos para nossos ouvidos – corrompido pela generalização do dubstep.

The 20/20 Experience é realmente uma grata experiência (não visual como a de Beyoncé, mas do melhor bom gosto auditivo). Com faixas cada vez mais cativantes e um ritmo R&B digno dos anos 70-80, temos a impressão de estarmos viajando para o passado trazendo conosco todo o presente como uma junção do melhor das épocas. O primeiro volume pode ser mesmo a melhor das duas, contudo é impossível negar que uma complementa a outra. Suit & Tie , Tunnel Vision, Mirrors, Let the Groove Get In, Gimme What I Don’t Know (I Want), True Blood, Cabaret e Murder é tudo que nós pedimos e muito mais para ter essa essência, são melodias, ritmos, letras e notas todas entrelaçadas para o bem maior do que uma composição. No final das contas, quem sai ganhando com tudo isso somos nós com a sensação do que a música tem o melhor para oferecer.


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Review: Britney Spears e seu presente íntimo para os fãs em "Britney Jean"

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O que vem a nossa mente quando pensamos em Britney Spears? Baby, One More Time..., careca, paparazzi, louca, drogas, ToxicPor um bom período, o nome da cantora esteve sim envolvido em várias polêmicas, que resultaram em torná-la a tão comentada Princesa do Pop. Foram brigas com fotógrafos, crises de personalidade (?) e várias fotos que comprovam o momento instável pela qual ela passou, fazendo com que precisasse ter um responsável legal para cuidar tanto de sua conduta quanto de seu estado financeiro. Mas convenhamos alguém já parou para pensar na pressão que ela deve ter passado?

Entre tantos empecilhos, seu nome ficou manchado e seu lado como pessoa passou a ser mais importante do que a artista em si. E não é para menos, atualmente Britney é nada mais do que uma das celebridades mais assediadas publicamente do mundo, onde tudo aquilo que coloca as mãos vira notícia. Por isso, não podemos culpá-la inteiramente por seu surto emocional e pessoal, que também reflete sua busca pela identidade. Identidade essa que ela parece já ter encontrado.

Quando lançou o álbum Britney em 2001 (que trouxe hits como I'm A Slave 4 U), os holofotes estavam prontamente direcionados para conhecermos a real cantora da geração. O trabalho foi preciso e rendeu outros milhões, no entanto cadê a Britney que nós tanto procurávamos? O resultado foi, sem dúvidas, avassalador, imprimindo suas condições de uma mulher sexy e destemida, contudo sentimos falta de conhecer mais seu íntimo, mais daquilo que ela gosta e pensa. Com isso, aparece Britney Jean, o novo e quentíssimo álbum de Spears, que pretende também não exibir um patamar de situações vivenciadas por ela, mas sim situar como um presente íntimo para os fãs. E deu certo!

O disco abre com a tão aguardada Alien, formando uma baladinha calma e totalmente simples. As batidas se encaixam muito bem no ritmo gostosinho da faixa, que possui um pré-refrão bem convincente. Viciados na frase "Not Alone" (muitos aí pensando que era “naralon”)? Uma das preferias para os fãs para virar single (assim como por quem vos escreve), trazendo um pouco desse peculiar som que gostamos de escutar na voz de Brit. Suave e sem dubstep pesado. Deixando nossas cabeças piradas, somos levados direto para as batidas cruas e incisivas de Work Bitch. O carro-chefe do álbum é nada mais do que uma farofa muito bem produzida, por sinal (pontos para Will.Sou.Eu), porém achamos meio distorcido e confuso em meio ao repertório tão singelo composto por baladas. Assim entra Perfume para diminuir o ritmo e podemos dizer que amamos essa oscilação da cantora com seus graves. Essa sim podemos pautar o não uso de auto-tune condizendo com a melodia suave. Tudo parece se encaixar bem, apesar de considerarmos a letra um pouco mal explorada – isso levando em conta que é uma composição da australiana Sia, responsável pelos hits tão bem escritos como Diamonds de Rihanna e Titanium de David Guetta. É boa e dá para o gasto de persuadir os charts como um single.


Voltando para esse dubstep impregnado, temos It Should Be Easy. A música estava prevista para adentrar no disco de Will.I.Am, mas foi descartado após vazar na internet (o que é uma grande pena – só que não). Ela soa bem repetitiva e em nada contribui para controlar os motivos para conhecer o lado mais Britney e menos comercial. Mais uma vez, Will precisa deixar essas vozes auto-tunadas horríveis – esse foi o fator principal para estragar a música, que já não é boa. Entretanto, depois de Gretchen tanto reclamar da falta de uma base urban conceitual no repertório, vem Tik Tik Boom para nossa alegria. A faixa continua abusando nas batidas e de um refrão bem repetitivo, contudo a parceria com T.I. quebra essa tensão individual. A canção é uma daquelas que ouvimos e já entramos facilmente em seu lado lírico. Quanto à Body Ache, vamos usar uma frase bem Neyde para descrever: “Só digo uma coisa: Não digo nada. E digo mais: só digo isso”. Ela soa bem como uma reciclagem bem barata de Scream And Shout, parceria de Britney com olha-ele-aí-de-novo Will.I.Am.. Nada de novo, nada de bom, mais do mesmo!

E tudo leva a crer que a parte comercial está prestes a dar espaço para o lado minimista e íntimo de Britney, mas não antes de Til It’s Gone. A música não é ruim, muito pelo contrário traz uma ótima singularidade com frases silábicas (já ouvida antes em outras faixas da própria cantora), mas seu refrão ainda na base eletrônica cansa se somado ao repertório na íntegra. Cantamos e sofremos um pouco para finalmente chegar a uma das composições mais bem feitas: Passenger. Com uma introdução quase nostálgica das trilhas sonoras de videogames, temos aqui um dos melhores refrões do álbum, que passa por essa sensibilidade e melodia das antigas músicas de Neydoca. Ela não faz mais a muda, ela agora canta (e sem tanto auto-tune). Nossa aposta para single é com certeza essa. E se tudo esta caminho para o melhor, essa expectativa só aumenta quando ouvimos Chillin’ With You, parceria com sua irmã Jamie Lynn Spears. Além de flertar com a percussão do country, encontramos versos tão singelos ao ponto de nos fazer cair de amores quando Jamie entra para cantar. Sua voz mais grossa e meiga faz uma belíssima combinação com o ritmo – ainda mais quando chega ao refrão.

Já na décima faixa do disco, damos de cara com um título bem provocativo a um tal de JT. Don’t Cry realmente soa como uma responde muito bem dada ao hit do cantor de POP e R&B, Cry Me A River. Com o coração partido, Britney canta sobre estar pronta para superar aquela relação e pede para seu parceiro não chorar (apesar de ela mesma assumir que não conseguiu conter as lágrimas). Acabou a versão standard, porém não chorem já que Brightest Morning Star vai tocar na Deluxe. Dona de uma das melodias mais deliciosas, a forma como as frases são ditas tornam tudo mais lindo. Trocaríamos sem medo qualquer uma das farofas acima por ela. Não tem como não amar o ritmo já mesmo na primeira ouvida. Hold On Tight também tem um refrão muito animador e confiante, embora os versos na primeira estrofe em si não acrescentem muito. Finalizando, Now That I Found You é uma bela e até descarada mistura de Wake Me Up do Avici com Timber do Pitbull e Ke$ha. O break eletrônico é nitidamente igual aos citados e não restam dúvidas de que houve sim uma inspiração (pelo menos do primeiro), mas nada que estrague o sentido mais country e puro da canção. E apenas desnececyrus uma versão remix de Perfume no final da tracklist!

Então, o que podemos dizer sobre Britney Jean? Começamos com a afirmação mais do que necessária de que o álbum homônimo não representa completamente a personalidade de Britney Spears, afinal fica evidente o controle da gravadora e dos produtores envolvidos em terem um segundo plano comercial caso as melhores faixas não se derem bem nas paradas musicais – o que, ocasionalmente, pode acontecer. Serve apenas como pressuposto de uma parte da estrela (que tem co-autoria em todas as faixas) e um símbolo de carinho e amor para seus fãs. Como ela já havia comentados anteriormente, o disco foi feito pensado em seus fãs e não somente em seus sentimentos e experiências. Não pode ser considerado nenhum marco em sua carreira (o que em um ano de grandes retornos, parece estar sendo bem complicado de alcançar), contudo simboliza um amadurecimento musical - mesmo que mínimo. O ícone de muitos também tem uma vida e essa deve ser uma de suas prioridades. Afinal, se você quer ser uma Princesa do Pop, “you better work, bitch”!




Artista: Britney Spears
Álbum: Britney Jean
Lançamento: 3 de Dezembro de 2013
Selo: RCA / Sony
Produção: will.i.am, Anthony Preston
Duração: 51 min
Gênero: POP

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Review: A luz de Katy Perry em "PRISM"

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Após encerrar todos os seus projetos com o álbum Teenage Dream, Katy Perry resolveu tirar umas boas férias para colocar a cabeça no lugar – nada mais do que merecido, afinal foram 8 singles contando com a o relançamento do disco, que rendeu mais duas faixas. Repetir o feito grandioso do disco multi-platinado é bem mais complicado do que talvez aparente ser, pois além disso conseguir levantar sua carreira, também recebeu inúmeros prêmios (sem Grammy, #KatiaXatiada), Katycats e a consagração como uma das maiores artistas POP da atualidade. Sem nenhuma dessas pretensões, a cantora queria apenas continuar fazendo músicas que pudessem cativar as pessoas, e assim nasceu PRISM. Nada sombrio do que tanto se falava, o álbum é realmente um prisma que reflete o brilho de várias inspirações da própria Katy, mostrando seu lado musical que muitos não conheciam.

Não há como questionar o imenso sucesso de Roar, primeiro single dessa “nova era”, mas agora diante do repertório completo, podemos dizer que ela é como aqueles emoticons do antigo/finado MSN, querendo dizer tudo e nada – o hit que a gravadora queria, mas sem aquela emoção que tanto queríamos. Unindo sentimentos com nossas típicas situações da vida, o repertório está repleto de aprendizado da Professora Katia, que vão desde essas decepções amorosas até confiar em Deus que tudo vai dar certo. By The Grace Of God soa tão singela, único e pessoal para ela, que fica impossível não parar para se identificar. Isso também acontece com Spiritual, apesar de essa ser bem mais modesta. As conhecidas Dark Horse – essa mais “sombria” que filmes do Tim Burton com Johnny Depp – e Walking On Air (imaginamos já um coral da igreja só no “tonight”) se encaixam bem na tracklist e faz jus aos comentários de quem dizia que Katia ama/é sair de sua zona de conforto. As duas são maravilhosas musicalmente e por mais que não sirvam como um single, são fortes e trazem essa imposição de que é ela quem manda no pedaço.


Das gotosinhas para se ouvir, temos International Smile, Birthday e This Is How We Do. Na primeira, ela incorpora a garota que vê no cara sorrisos de vários países, descrevendo inclusive o Rio (só pra gente amar mais). Tem cheiro de hit! Já na segunda (está na moda todos terem música com esse nome), temos algumas batidas bem século passadas, e é isso que nos faz querer comemorar esse aniversário. Já a terceira tem um refrão bem chiclete e um ritmo bastante agradável – porém é mais do mesmo, contudo tem até um bom potencial daquele single que gruda na cabeça.

Muitos, mas muitos mesmos estavam ansiosos para poder ouvir Double Rainbow, uma colaboração de Sia. Dona de grandes hits, era lógico que a compositora traria outro para Katia – só que não. A música não é ruim e até vemos ela com um clipe bem bonitinho, mas não é tudo isso que esperávamos. E aqui vem o maior smash-hit do álbum: Lengedary Lovers. Essa é a faixa que representa toda a essência e conceito do título do disco, tendo um refrão devastador e que você vicia já nos primeiros versos com tudo combinando tão bem (batidas, ritmo, melodia se unem para esse “destruidor-de-carreiras”) – no pós-refrão tem até algo meio à lá Caminhos das índias feat. Come & Get It. Falando em coisa boa, Unconditionally também merece destaque! Ela foi escolhida para ser o próximo single e ficamos contentes. É uma baladinha bem sentimental e pra jogar o amor para cima e tem esse brilho que tantos enfatizamos. No entanto, This Moment, Love Me, Ghost e It Takes Two são aquelas meio deslocadas e que não fazem diferença estar dentro ou fora do repertório – mesmo a última sendo bem chiclete. São as para agradar o povão! Terminando com Choose Your Battles, temos aqui uma poderosa canção para dar aquela prismada que tantos precisamos e estendendo todo esse poder e força que Katy Perry possui diante de tantas dificuldades pessoais e profissionais que enfrentou (e continua enfrentando) ao longo de sua trajetória até a ascensão.

Por fim, PRISM é o contraste de cores e sentimentos que todos nós temos, o ponto alto e baixo de cada um, a constatação de nossa fé, a expressão de sua nossa personalidade e sua linha de coesão, sua luz. Não é nenhum álbum do ano, não tem a diversão e zoeira de Teenage Dream e muito menos os sonhos, ilusões e confrontos de One Of The Boys, mas é um porto-seguro para Katy, servindo como molde de sua frustração e sucesso. E como diria uma velha amiga nossa, é só “ascender à luz e deixá-la brilhar”!



Artista: Katy Perry
Álbum: PRISM
Lançamento: 22 de Outubro de 2013
Selo: Capitol / EMI
Produção: Cirkut, Dr. Luke, Max Martin
Duração: 1h 2 min
Gênero: POP


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Review: Miley Cyrus é quem ela sempre quis ser em "Bangerz"

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Que Miley Cyrus é o nome do momento, ninguém pode negar, mas qual a grande pretensão dela em causar tanta polêmica? Seja dançando twerk, dando aquele encoxada básica no Robin Thicke ou fazendo cosplay da Mamusca, o que Miley quer é se colocar novamente nos holofotes. Nada mais justo, não é mesmo?! Vivendo antes na sombra do Mickey Mouse e no personagem que absorveu sua fama (estamos falando é claro de Hannah Montana), a cantora finalmente conseguiu dar uma reviravolta em sua carreira e apresentar uma pessoa mais madura, decidida e sexy (mesmo que um pouco vulgar!). Trocando de gravadora (agora nas mãos da RCA Records), ela apostou todas as suas fichas no single We Can’t Stop - que traz um ritmo pop numa batida que nos lembra bastante as composições em R&B -, assumindo um grande risco afinal ela agora estava no comando de seu próprio projeto e iniciar a divulgação com uma música apoiada apenas em batidas e numa letra repetida de festa nem sempre é a melhor escolha a se fazer.

No entanto, não tinha como dar mais certo! A faixa estourou nas rádios e pegou pico de #2 na Billboard (não superando apenas o smash-hit Blurred Lines) e de cara levou a cantora para outro patamar na indústria da música – ainda mais com o clipe bem polêmico envolvendo muitas bundas, línguas e reboladas. Depois veio a grande apresentação no VMA, esse onde Miley se superou! Causando a maior repercussão nas redes sociais, a performance continua a ser comentada até hoje por críticos conservadores. Sabendo que só deve seguir em frente, ela resolveu dar ouvidos a Katy Perry – que teve a oportunidade de escutar antes - e lançou Wrecking Ball como segundo single do material. Assim, ela chegou ao topo! Assumindo inúmeros recordes e conquistando seu tão desejado #1 no HOT 100. Por isso pessoas, podemos dizer: esse é MOMENTO da Miley Cyrus! Bangerz já alcançou a posição mais alta da lista de álbuns em seu lançamento e mostra o lado de curtição dela, mas também o romântico (não é porque virou uma “crazy bitch” que deixou de amar, né gente!). Fiquem de olho nessa garota!

Se você sabe o que amar, com certeza vai se apaixonar por Adore You (ou pelo menos ter uma quedinha)! A faixa não é daquelas que te prende desde o começo – a maioria não é -, porém o sentido que Miley expõe nela é tão sincera, que consegue nos agradar. Começar um álbum com uma baladinha é uma ousadia que só, já que todos querem dar o pontapé inicial arrasando nas batidas – e aqui, ela arrasa, mas na letra e no sentimento. Ponto para Miley! Depois, seguimos com nossa querida We Can’t Stop, que agrega e muito ao repertório. O hit não é melhor de todo o disco, mas cumpre bem seu papel em destacar essa nova fase da cantora – além, é claro, de nos fazer cantar com as frases do Mike Will Make It, que super combinam com a voz de Mileyzoca. Não é nada para as baladas, mas não é que anima uma festa?! E quem não quer uma parceria com Britney Spears? Todo mundo, mas talvez Miley não tenha aproveitado muito essa chance ao incluí-la em SMS (Bangerz), que não é nada ruim (como muitos vem falando), mas deixa a desejar quanto se tem uma Princesa do Pop como dueto. Neyde não foi muito aproveitada pela música e, na verdade, com ela ou sem ela o sentido continua o mesmo – sem mencionar que é a faixa mais curta do álbum! É isso que dá esperar por um Me Against The Music!


Partindo para outra, temos 4x4! Estavam todos muitos altos quando fizeram essa música (se é que dá pra entender), afinal ela usa um ritmo rápido e repetido que convence qualquer um. A participação do Nelly dá aquele toque especial para dar várias voltas e gostamos fazer tudo isso nessa melodia meio latina/espanhola. Não sei vocês, mas me sinto como se Future fosse aquele cara que todo mundo faz parceria, mas você não sabe por quê! A voz dela não combina com nenhuma outra voz e apesar de My Darlin’ ter uma letra boa e ótimas batidas (arrisco a dizer no mesmo nível de We Can’t Stop), quando ele chega você fica meio perdido e aí não sabe se gosta ou não da canção. Exemplo perfeito é Loooooooove Song (vai saber lá quanto ‘o’s tem) da Rihanna, que ainda é uma incógnita para muitos. Saltando para a melhor faixa do álbum, sem a menor dúvida, Miley nos deixa embarcar nessa explosão de sentimentos que é Wrecking Ball! Dá para perceber como ela é importante para nossa twerqueira só no modo como ela canta, expondo vários tons vocais que mostram ao mesmo tempo agressividade, arrependimento e amor. Dr. Luke acertou em cheia nessa produção, ainda mais com essa melodia I-NC-R-Í-V-E-L!

Provando que aprendeu alguma coisa entrando com tantos rappers em estúdio, Miley lança um pouco de hip-hop e se aventura pelo rap e os versos rápidos em Love Money Party. Repetindo o título da música no refrão – o que já era esperado -, o som até tem um ritmo contagiante que te faz querer decifrar essas frases e cantar junto (o que quase nunca dá certo e sai mais mastigado que japonês). Big Sean, infelizmente, aqui não acrescenta praticamente nada e solta mais um pop do que um rap. E finalmente temos Pharrell! Não é à toa que ele é um dos maiores hitmakers de hoje, o ritmo que ele dá em suas composições são inigualáveis e podemos perceber que as melhores letras estão nas faixas que contém sua produção. #Getitright (Desnececyrus essa hashtag) é uma delas e tem essa melodia tão deliciosa que te contagia no primeiro instante em que ouve. Miley e Pharrell sempre safadinhos nas músicas de sexo!  Mais uma produção de Mike Will Make It em Drive. Podemos dizer que essa tem um dos versos mais bem sacados do repertório, juntando associações com o simbolismo por trás de ‘dirigir um coração’. É legal e até bonitinha e tem um dubstep ali que dá gosto de se ouvir!

Quando ela disse que FU era uma de suas preferidas do álbum, não nos entusiasmamos muitos, sendo que já existem infinitas músicas com um foda-se no título. Mas não é que é bom mesmo! Ela é bem expressiva e além de dar seu recado com o palavrão, tem um pré-refrão típico de break eletrônico, que depois cai naquele sarcasmo imenso que a faixa carrega. French Montana é o único Montana que Miley continua usando e ele deixa tudo bem mais engraçado. Indo para a zona de conforto, Do My Thang é aquela que gruda na cabeça mais que chiclete embalado no cabelo. Rola até um ritmo mais hip-hop (que não cola muito), mas é bem pop e animada para soltar a vadia (ou ‘vadio’) que existe em você (adoramos quando ela diz “bitch”). Exibindo novamente sua voz imponente, ela chega com atitude e coloca seus sentimentos à mostra em Maybe You're Right. A melodia é linda e a delicadeza com o que ela trata esse tema pessoal é a melhor parte! Terminado a versão standard, a viciante Someone Else aparece como uma das nossas maiores apostas para um futuro single. É simultaneamente forte e indiferente, dando esses duplos sentidos ótimos que definem não só a personalidade de Miley, mas também a vida como si só! O final perfeito (depois do pós-refrão avassalador só com a melodia crescente) está nos adjetivos que ela dá para o amor.


Engana-se quem acha que as faixas presentes na versão Deluxe são totalmente dispensáveis, muito pelo contrário, temos aqui algumas que poderiam muito bem pegar o lugar das que estão acima. Rooting For My Baby é outra composição do Pharrell e soa tão suave e singela. Com tantos “uuuuh uuuuh” é fácil se ver só nos amores com ela, onde podemos escutar melhor a belíssima voz rouca de Miley. Continuando nas mãos de Pharrell, On My Own traz uma melodia tão oitentista de dar inveja até em que viveu naquela época. É tudo sobre se encontrarno meio desse mundo, abusando de sua liberdade – o que cai muito bem na atual fase da cantora. Por fim, nada melhor do que colocar suas mãos para o alto para comemorar essa conquista de Cyrus! Hands In The Air é uma parceria com Ludacris e cai muito bem para fechar o álbum ainda na pose e só reflete como ela está pronta para bater de frente com os grandes artistas da música!

Concluindo, Bangerz é exatamente o Miley Cyrus sempre quis provar: que cresceu e já sabe quem realmente é. Um álbum nada pretensioso que só quer nos fazer curtir o máximo possível, sabendo que tudo tem consequências e decepções são precisas para uma vida bem vivida – diga-se de passagem. Vale a pena se deixar envolver pelas letras do CD e presenciar essa Miley que é louca, sensata e uma “bitch” das grandes – e não é isso que a gente tanto ama nela? E como dissemos acima, esse é seu momento e ela faz o que quiser!


Artista: Miley Cyrus
Álbum: Bangerz
Lançamento: 8 de Outubro de 2013
Selo: RCA / Sony
Produção: Miley Cyrus, Mike Will & Pharrell Williams
Duração: 1h 2min
Gênero: POP

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Review: Ariana Grande e seu som sambista R&B no "Yours Truly"

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Estamos aqui para falar de uma garota que ganhou atenção de todos através de uma série infanto-juvenil e agora procura definir sua própria identidade nesse difícil indústria musical, exibindo sua potente e ilustre voz. Nem estamos falando de Miley Cyrus, mas sim de Ariana Grande. Vinda da era da Nickelodeon, a cantora tem encantado muitos em relação a sua crescente ascensão, apresentando seu ótimo primeiro single The Way, que a levou entre as 10 mais da HOT 100 da Billboard. Trabalhando há três anos no repertório de Yours Truly, ela provou seu imenso talento ao se lançar na época certa, com as músicas certas e com uma imagem certa (que mesmo tendo o visual clichê da menina comporta, também exibe a aparência da garota apaixonada).

E por que demoramos tanto tempo para fazer a review de seu álbum? Podemos afirmar que não foi por falta de vontade, afinal, sem dúvidas, já é uma das melhores composições e harmonias do ano. Por isso, agora é também o momento certo para te apresentar a essa Ariana que carrega uma voz de dar inveja a qualquer super estrela que esteja em alta por ai. Com seu jeito singelo e inocente, ela mostra uma aproximação com as músicas de Mariah Carey sim (como muitas comparações sugerem) e até uma falta de personalidade, mas vem cá quem com 20 anos já é dono do próprio nariz – que deixa ele sair voando? Nem Inês Brasil, né gente! Portanto, vamos ao que interessa: sambar com Ariana!

Começando com tudo, Honeymoon Avenue é daquelas faixas que nós já gostamos na primeira ouvida e traz um pouco do estilo que Ariana pretende implantar no resto do álbum. Os versos e as rimas se encaixam muito bem e apesar do refrão soar como pausas, ele tem esse gingando R&B que te faz amar tanto. Chegando ao estilo sambista, a cantora nos convida a voltar aos anos 90 com Baby I, exibindo as típicas batidas rápidas e o estalar de dedos. O segundo single do disco não poderia ser melhor e caímos de amor quando vem o refrão, bem repetitivo por sinal, mas que deixa a própria Ariana à vontade (vemos aqui a música mais parecida com a sonoridade de Mariah). Por sua vez, acreditamos que a parceria com Big Sean em Right There seja uma das mais comerciais, tendo em vista como os versos parecem ter sido minuciosamente produzidos para gerar esse jeito mais POP no R&B, usando pré-refrão e tudo para ficar harmonioso na melodia. Com isso, não temos dúvidas de que será um ótimo terceiro single!




Partindo para uma emoção a mais, temos Tattooed Heart, que entra como uma baladinha que trabalha muito bem a voz de Ariana, tirando um ritmo muito gostoso pra gente mesmo cantar. É tão bom ver como ela consegue se sente tão confortável usando vários tons de voz! Depois temos um semi-hip-hop em Lovin' It, que pode não ser a melhor música do álbum, mas cumpre seu papel em mostrar outro lado da cantora, mesmo que ela não seja muito bom nele.  Esse refrão tão repetitivo acabou se tornando bem usual, mas quem não gosta de cantar junto? Continuando com seu modo romântico de ser, Piano aparece como o mais clichê possível, embora traga elementos bem mais pop. Mas se você acha que não gostamos, pense de novo! É uma das mais animadas e tem um entretenimento fácil, com todas as suas batidinhas e essa voz que não cansamos de ouvir (tem grandes chances de ser single por influência da gravadora).

Novamente em sua zona de conforto, temos Daydreamin’. A faixa não traz nada de novo e pode até soar um pouco “mais do mesmo”, mas colocam boa parte das emoções nos versos e se torna tão singela ao ponto de mudar esse conceito. Vemos agora The Way, que é ou não uma das melhores coisas que já ouviram esse ano? Então, essa é a música que qualquer médico receitaria para dor nos ouvidos, audição elevada de farofas ou recalque mesmo! O dueto com o rapper Mac Miller combina perfeitamente com o ritmo e tom de Ariana, e esse refrão é tudo de bom! Tudo que pedimos nas nossas rezas! Tudo que as invejosas temem! Tudo que amamos no seu jeito! E pra ficar melhor, só mesmo You’ll Never Know! Temos aqui mais outro GRANDE trabalho dela, atribuindo boas pegadas de ritmo e melodia e é nossa preferida pra cantar junto. A letra é simplesmente a melhor pra jogar na cara daquela pessoa lá que agora nunca vai saber!

E como amamos tudo isso! A próxima é a baladinha Almost Is Never Enough, uma parceria com Nathan Skykes (do The Wanted) e atual namorado da Arianinha. Tem um das letras mais apaixonantes e ainda batidas calmas de R&B que deixam ainda mais evidente o potencial vocal de ambos. E para quem disse que Nathan estava na pior... Basta ouvir essa voz que tudo muda. A música é tão gostosa de ouvir, pois é clara a química entre eles e suas vozes se dão muito bem na melodia. Talvez aqui vemos o erro mais notável do repertório com Popular Song. A parceria para o álbum de MIKA deveria ter mesmo ficado só no álbum dele. É lógico que foi uma jogada da gravadora, para familiarizar o som mais pop que a canção carrega, mas ela se mostra totalmente perdida no disco. Sem contar que ela nem é tão boa assim, com um ritmo e letra bastante previsíveis! Por fim, mas nunca menos importante, a semi-farofenta Better Left Unsaid vem a ser mais comercial em questão de ‘feita-para-baladas’. Ela não é nenhuma faixa pronta para agitar as pistas (e é por isso que gostamos tanto), mas marca presença numa vibe mais electro e uma introdução linda de piano, além do claro sinal de dubstep. Caíamos na tentação quando depois da voz dela vem o tão conhecido “If you wanna party, put your hands up”. Ela veio é pra sambar!

Só para contar, o Yours Truly pode até não ser o melhor álbum do ano, mas não há como negar que é a melhor introdução para uma nova artista. O disco, que estreou no topo da Billboard 200, é cheio de referências a grandes nomes (como a própria Mariah) e estimula esse sentido de menos é mais (como Justin Timberlake tem feito esse ano). No final, o CD acaba com aquela sensação de “quero mais” e que poderíamos ficar ouvindo essa sua voz o dia inteiro. E esperamos que essa ARIANA possa ter ainda um GRANDE futuro na musica!



Artista: Ariana Grande
Álbum: Yours Truly
Lançamento: 30 de Agosto de 2013
Selo: Republic / Universal
Produção: Harmony Samuels e Babyface
Duração: 51min
Gênero: R&B/Pop

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Review: Justin Timberlake te faz ver tudo mais POP e R&B com a segunda parte do "The 20/20 Experience"

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E quando Justin Timberlake anunciou que estaria lançando seu retorno à indústria da música, nós, meros mortais dependentes de músicas de qualidade, mal poderíamos imaginar que ele estava também preparando uma segunda versão para impressionar ainda mais nossos ouvidos e conquistar qualquer crítica que se preze. Não estamos colocando aqui o cantor num pedestal, muito pelo contrário (entenderão mais para frente), mas a música se encontra atualmente numa “regradação” de ritmos, onde antes quanto mais batidas e breaks eletrônicos uma música tem, mais superior ela seria em questão de produção. No entanto, isso está se invertendo! Letra importa mais do que batida, o que realmente é muito bom – mesmo que o eletrônico possa continuar presente. Não estamos questionando quem prefere uma farofa ou um instrumental, mas sim como a música evolui com o passar do tempo. Prova disso está nos charts – que de uma forma ou de outra, refletem o parecer do público -, onde canções “menos” produzidas estão dominando como os claros exemplos de Blurred Lines do Robin Thicke, We Can’t Stop da Miley Cyrus e por quê não Roar da Katy Perry!

Mas afinal o que Justin Timberlake tem haver com isso? Bom, T-U-D-O! Ele é um dos principais responsáveis por trazer toda essa tendência de que música boa não precisa te fazer dançar, mas sim sentir. Agora, lançando a segunda parte do The 20/20 Experience, ele deixa muito claro que, apesar de abordar uma melodia mais R&B em suas composições, um álbum precisa vender e decidiu apostar num trabalho bem comercial – não que a primeira parte não fosse, mas exibia muito mais força em inspirar do que vender, o que deu certo em ambos os sentidos.  O repertório do The 20/20 Experience – Part 2 of 2 é o símbolo de como a música muda, aproximando-se muito mais do conteúdo do FutureSex/LoveSounds. Porém, vamos por partes!

Começando com Gimme What I Don’t Know (I Want), temos aqui uma ótima introdução (para não dizer perfeita), usando a repetição do título intensamente no refrão – o que costuma acontecer bastante -, utilizando um coro de início e partindo para as batidas de palmas. Indo na sequência, talvez tenhamos aqui o mais comercial de todo o álbum! True Blood cairá muito bem como um futuro single (e é dele nossa aposta de 3ª música de trabalho do disco), e mesmo que os versos do começo possam não nos pegar na primeira ouvida, o pré-refrão faz isso muito bem, sem mencionar a melodia já customizada com batidas mais ágeis e até uma gingada de electro. Cabaret também cumpre seu papel diante do repertório bem estruturado, fazendo uso também de algumas repetições (o que com Drake ou sem Drake, daria no mesmo). Depois encontramos a animada TKO, que nos soa como algo que já tenhamos ouvido antes, como se fosse também da primeira parte – aqui nossa mais clara primeira associação com a proposta do disco. Ela é também bem comercial, principalmente no refrão e nas “pepecas”, mas nada que um soco em outro round não resolva. Take Back The Night continua com a vibe de pura energia, nada pretensioso, entretanto é a aquela boa visão que gostamos de ouvir do JT – e somos totalmente pegados pela noite com o pós-refrão partindo de trompetes, saxofones, trompas e estilos do gênero.

  

Depois disso, já estamos tomados pelo álbum e sua sonoridade e aqui as coisas começam a acelerar, a começar por Murder. Os versos são ditos de forma mais rápida e faz um crescente vocal com o ritmo com mais sintetizadores. Em outras palavras, é um belo assassinato com alguns estalados de dedos e uma jogada de dubstep quase despercebido no refrão, e claro, na presença do companheiro JAY-Z. Não duvidamos que venha a ser single! E o que seria esse Drink You Away? A música apresenta uma melodia que lembra bem o country, mas acaba quando o teclado entra para nos deixar mais familiarizado com o R&B. Mas não passa muito de algo que nós bebemos e vamos embora! You Got It On já chega para quebrar isso e ataca mais no comercial, de novo! Insistimos em comentar sobre isso, pois o disco realmente se rende aos estilos mais atuais, o que não é ruim e caiu muito bem nessa faixa. É confortável de ouvir, mas 5 minutos chega a cansar um pouco. Amnesia vem para nos fazer esquecer um pouco dessas distrações e continua com o gênero imposto pelas demais canções, nada que até então valha a pena se esforçar muito para lembrar, mas nos surpreendemos com os versos e ritmos que vem após a primeira parte da faixa, numa melodia bem agradável de se ouvir (pena que dura pouco). Only When I Walk Away é bastante repetitiva e gostamos disso. A voz de JT parece um pouco autotunada, mas o ritmo contagia mesmo e é uma das melhores nesse sentido! Not A Bad Thing é a mais longa (11 minutos) e última da versão Standard, sendo um ótimo final, e uma daquelas típicas melosas e românticas que tanto adoramos ouvir.

Se você chegou até aqui depois de canções bem extensas, saiba que ainda temos as da edição Deluxe! Blindness e Electric Lady são belas continuações para um fim e trazem mais bons ritmos para nossos ouvidos, ou seja, nada de inovador, apenas bom!

Por fim, sabemos que a segunda parte pode não ser tão incrível assim quanto a primeira, porém se juntarmos as duas, temos uma ótima coleção de faixas bem estruturas e prontas para aquele ouvinte que se interessa mais por letras do que por batidas. A música está sempre em transformação e é bom saber que teremos um Justin Timberlake para nos poder fazer ver e ouvir isso melhor (só esperamos que não demore novos 6 anos)!




Artista: Justin Timberlake
Álbum: The 20/20 Experience - Part 2 of 2
Lançamento: 30 de Setembro de 2013
Selo: RCA/Sony
Produção: Timbaland, Harmon
Duração: 1h 24min
Gênero: R&B/Pop

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Review: Demi Lovato só quer se divertir e amar de novo no álbum "DEMI"

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Depois do repertório cheio de declarações e superação de Unbroken, Demi Lovato retorna as paradas musicais com o lançamento do álbum DEMI, que logo de cara nos trouxe o hit Heart Attack – que permaneceu em 1º lugar dentre os mais baixados do iTunes por quase uma semana. Colocando um pouco de lado todo o emblema de problemas pessoais de lado, a cantora só quer curtir e se pegar amando mais algumas vezes no disco lançado nessa terça-feira (14/05) – embora a própria Demi tenha colocado todas as faixas para audição em sua conta no YouTube.

Num álbum que ela considera mais autoral, temos músicas como Made Ine The USA e Without the Love abrindo o repertório, sendo a primeira já eleita como próxima música de trabalho. Não há como negar que ambas são bastante viciantes, principalmente Made In The USA, que mesmo partindo de uma versão mais madura de Party In The USA, da Miley Cyrus, tem um refrão tão chiclete que gruda mesmo na cabeça e ainda deixa essa incessante sensação de festejar o amor no ar. Mas quem chama mesmo atenção é Neon Lights, que é nada mais do que uma eletrônica com um ritmo bem ao estilo David Guetta de ser DJ, embora pareça que a produção estava tentando uma faixa remixada à lá Calvin Harris (Cadê o “quero tirar o dubstep das rádios”, Demi?). Essa é de longe uma das grandes apostas de singles, assim como queríamos que fosse a gostosa Something That We’re Not – que pode ser dita como uma das melhores do álbum, porém como a Hollywood Records nem sempre pensa muito bem, passa de longe essa proposta.



Indo para sua zona de conforto, não há como não se apaixonar pelas baladinhas In Case, Shouldn’t Come Back e Warrior – que é mais um Skyscraper 2.0 -, que descrevem tão bem a personalidade de Lovato e ainda estampam ritmos mais crus e repletos de um refrão extremamente tocante (dá até para sentir todas as emoções e sentimentos vividos nas músicas). Alguém aí se habilita para tentarmos levantar a tag #InCaseDemisNewSingle?! Embora Nightingale seja uma canção bem específica do que se esperar da cantora, parece até deslocada no repertório – que dá uma diminuída com In Case – e peca quando o assunto é imprimir um ritmo mais singelo e confiante. Confiança essa que esta transparente em Really Don’t Care, que sendo uma bela alternativa de single para o verão norte-americano, traz uma parceria bem pequena de Cher Lloyd (ou a garota não tinha tempo para cantar mais algumas frases ou Demi estava naqueles dias #ozada feat. quero-tudo-pra-mim). Por último, mas não menos importante, temos Never Been Hurt, Fire Starter – que tenta, mas não consegue fazer uma base chiclete de Heart Attack - e Two Pieces (primo distante de We Are Young do Fun), que não são muito de acrescentarem ao repertório, porém não são descartáveis e tampouco chatas (Dá para viciar legal em Neven Been Hurt).

Finalizando, temos aqui faixas muito mais bem produzidas do que os álbuns anteriores, entretanto não se pode dizer que sejam tão autorais e que tragam toda a personalidade e características peculiares da Demi (só Warrior consegue ter toda essa essência). Ela errou no nome? Talvez, mas entre erros e acertos, esse é um material que vincula Lovato de uma vez por todas como uma cantora pop num cenário musical bem disputado e podemos garantir que vem mais DEMI nos charts!



Artista: Demi Lovato
Álbum: DEMI
Lançamento: 14 de Maio de 2013
Selo: Hollywood Records/Universal Music
Produção: The Suspex, Ryan Tedder, Emanuel Kiriakou
Duração: 47min
Gênero: Pop

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Review: Paramore ressurge de si mesmo no repertório de seu álbum auto-intitulado

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Não é de hoje que o Paramore é tão reconhecido por seu repertório altamente autoral e singelo, na verdade, a banda prefere manter o pessoal propositadamente estampado em suas coleções de obras sonoras que possam dar todos os sentimentos necessários para ser um trabalho para ser compartilhado. Agora com o álbum auto-intulado lançado dia 9 de Abril (isso mesmo, estamos atrasados – mas pelo menos veio), sem os irmãos Farro, a banda tenta traçar sua nova perspectiva, porém mantendo um pouco da personalidade dos discos anteriores.

Paramore não é mais um álbum de rock alternativo-pop, mas sim um exemplo de que - o cabelo da Hayley é melhor ruivo - boas batidas vindas da real bateria e uma guitarra precisamente afinada ainda são fundamentais para a criação de músicas de qualidade. Movido pelos interludes Moving OnHoliday e I’m Not Angry Anymore, sabemos que eles queriam que ouvíssemos o álbum por inteiro sem mudança de faixas (#aleatórioxatiado), o que é muito bom para entendermos melhor a descrição de cada música. Bom, partindo da seleção, o álbum abre com a curtida de Fast In My Car, que consegue muito bem captar a essência da banda e trazer uma melodia muito bem arquejada nas cordas da guitarra. Na sequência, temos Now (carro-chefe) e Grow Up, que além de darem aquela “guinada” para a liberdade, deixam claro que o futuro é incerto e cabe a nós seguir no embalo de nossos sonhos (mensagem da Hayley ou seria mesmo do Jeremy e Taylor?). Fechando a 1ª parte, temos Daydreaming, um dos grandes acertos para o repertório (sonhos e sonhos, mudanças à parte).



Indo pra Fase 2, temos uma alteração de sonoridade, em que a guitarra ganha mais espaço e a bateria vira um completo (muito bom por sinal, de Ilan Rubin). Os vocais de Hayley seguem no ritmo da vivência da vida adulta em Ain’t It Fun (então, Don't go crying to your mama /'Cause you're on your own in the real world). Como não podia ser diferente, Part II se destaca nessa parte, onde, diga-se de passagem, Let The Flames Begin do álbum Riot! mandou lembranças. Enquanto isso, Last Hope surge no melhor momento para fazer essa exemplificação, fazendo uso de um refrão que fica na mente por horas (Emoções a mil). Still Into You é na vibe de curtição que nos faz gostar do Paramore e, sem dúvidas, a mais chiclete. O feriado chegou (Interlúdio #3), Proof e as baladinhas Hate To See Your Heart Break e (One of Those) Crazy Girls se tornam rapidamente nossas queridas e mostram um desempenho mais vazado da banda, apresentando uma identidade pop (com as pegadas rock de sempre) e repartições mais arriscadas para a banda. E quem aí não sentiu o Paramore dos “velhos tempos pesados” em Be Alone? Pois bem, essa última parte resume ao mesmo tempo as confianças e as incertezas, tendo Future como o encerramento mais imprevisto, pois afinal não termina nada, somente imprime a condição de que nada tem um fim definitivo – e podemos viajar de olhos fechados enquanto ouvimos seu prelúdio – em quase 8 incríveis e inigualáveis minutos.

Se alguém cismava que o Paramore não conseguiria se reafirmar diante de sua "desestruturação" de integrantes, se enganou e muito! Nada é evidente no álbum, porém temos a atribuição do sentido exato para condizer com os pensamentos e reflexões de Hayley, Jeremy e Taylor durante temas de liberdade, expressão, diversão e auto-conhecimento. Renascimento pode até não ser a melhor palavra do Paramore, mas não há como negar que é uma nova visão de sua busca!



Artista: Paramore
Álbum: Paramore
Lançamento: 9 de Abril de 2013
Selo: Fueled by Ramen/Warner
Produção: Justin Meldal-Johnsen, Ken Andrews
Duração: 1h 
Gênero: Rock/Alternativo


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