Review: Os mortos-vivos estão chegando para te fazer sentir medo e rir muito em "Zumbilândia"


por Léo Balducci

Não é à toa que a série “The Walking Dead” vem se consagrando como um dos grandes recordistas de audiência, os zumbis estão chegando com tudo na cultura que estamos ajudando a construir e consumindo nossos cérebros. “Zumbilândia” é mais uma produção que prova esse fato e ainda nos permite enxergar tudo de maneira bem mais bem-humorada, afinal talvez um apocalipse zumbi não esteja tão longe assim de acontecer!

No filme, somos introduzidos nas narrativas de Columbus (Jesse Eisenberg), um jovem nerd virgem que sobrevive à devastação do mundo pelos infectados seguindo suas regras altamente rígidas (engraçadas e até úteis). No meio do caminho, ele encontra Tallahassee (Woody Harrelson), um homem ao estilo machão tem como maior objetivo matar os mordedores, e juntos eles foram uma dupla ideal para sair de qualquer situação mortal até conhecerem Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), duas irmãs que mostram não se intimidar com nenhum problema. No entanto, tudo se torna incerto quando a irmã mais nova parece ter sido mordida.


O filme é baseado no gênero de terror misturado com comédia, o que realmente causa o maior atrativo do público. Se você está pensando que por causa disso é tudo muito confuso e os zumbis não passam nenhuma confiança de serem verdadeiros, está muito enganado! A caracterização dos mortos-vivos é mesmo uma obra-prima da maquiagem, trazendo os elementos presentes para passar uma ficção mais habitual aos filmes do gênero e ainda trazer o enredo de que o vírus se espalhou através da vaca louca (meio clichê, mas termo muito bem explorado). Além disso, cenas cômicas fazem parte de toda a produção, que não se nega em trazer o sarcasmo como uma forma primordial de entreter, alias a maior fobia de Columbus nem são os zumbis, mas sim os palhaços. Temos também a ilustre presença do ator Bill Murray, que recebe uma bela homenagem simpatizante com sua carreira na comédia. O longa abusa de alguns elementos patriarcas, fazendo uso de uma loja para de artefatos nativo-americanos para exemplificar essa relação, e também traz cenas em câmera lenta só para nós vermos a agilidade dos zumbis.

Não há dúvidas de que “Zumbilândia” segue o atrativo proposto por filmes como “Noite dos Mortos Vivos” “O Despertar dos Mortos”, mas a contribuição maior vem do diretor Ruben Fleischer, que soube explorar seus atores (principalmente Emma e Jesse) para encarnar num filme que evidência que podemos sim se divertir mesmo nas piores situações possíveis. Do que adianta estar vivo no apocalipse zumbi se você não pode fazer proveito disso? Está na hora de deixar a preocupação de lado e apenas matar alguns zumbis (com tiro na cabeça, que fique bem claro!).
**** (4,5/5)
Zombieland, EUA,  2010
Direção: Ruben Fleischer
Elenco: Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Emma Stone
Duração: 1h 28min 

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A banda Fun. narra os percalços de uma mala perdida no clipe de “Why Am I The One”

por Amanda Prates

A banda Fun. lançou ontem (dia 26) o clipe da faixa “Why Am I The One”, o quarto e possível último single promocional do Some Nights, segundo álbum da carreira de Nate Ruess e companhia, e que lhes rendeu dois gramofones dourados no último Grammy.

No vídeo, a banda resolveu contar, metaforicamente e em slow motion, a dura trajetória de uma mala perdida num aeroporto até chegar ao seu destino final. Durante as filmagens, o vocalista explicou o significado da música: "A canção fala sobre estar constantemente de mudança e isso é algo que fizemos durante os últimos dez anos, mais ainda durante este ano".

A Fun. não poderia ter escolhido canção melhor para fechar os trabalhos do disco, e sem mais delongas, assista ao vídeo:
   

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Paco del Toro retrata o tema violência doméstica no dramático "Cicatrices"

por Cremilton Souza
Cicatrices, filme dirigido por Paco del Toro com muitas cenas fortes e dramáticas ele retrata o melodrama violência doméstica, o diretor nos mostra como algumas pessoas sofrem esse tipo de agressão, em especial as mulheres que são agredidas e espancadas por seus próprios companheiros. Os conflitos matrimoniais, a luta pela hierarquia do lar, as palavras que são ditas com o intuito de ofender um ao outro, que na maioria das vezes os filhos acabam sofrendo graves consequências e, até mesmo sequelas irreparáveis na alma.

O filme desde seu início foca no drama familiar do casal de protagonistas Julian (Rodrigo Abed), Clara (Nora Salinas, com uma atuação irretocável), esta conhecida pelo público brasileiro por suas atuações nas telenovelas mexicanas transmitida pelo SBT atualmente, ela está no ar na reprise de Rosalinda como a antagonista Vera. O enredo aborda os problemas conjugais entre Julian e Clara, a princípio Clara suportava todas as humilhações e era submissa ao esposo, este era arrogante, egocêntrico e contava com o apoio de sua mãe que fazia de tudo pra jogar o filho contra a esposa. Diante de tudo isso, os problemas vieram à tona Clara não suportou mais as agressões verbais do conjugue e começou a revidar à altura as ofensas sofridas e com elas vieram também às lágrimas, decepções e o desrespeito mútuo com isso as agressões verbais passaram a ser físicas levando ao abismo da violência e destruição.



O longa-metragem destaca também que no meio de todo esse drama familiar os filhos acabam sofrendo as consequências das atitudes dos pais, muitos se sentem culpados por pensarem que são responsáveis pelos desentendimentos dos genitores. Sendo assim, muitos deles têm baixos rendimentos escolares, desenvolve características rebeldes e desvio de caráter ou simplesmente se isola do mundo. Por outro lado, muitas vezes quando os pais decidem se separar os filhos serão objetos de disputas como se fosse um troféu pra ver com quem é que fica isso acarreta disputas judiciais e principalmente psicológicas para as crianças. Em Cicatrices, infelizmente, não teve final feliz para a criança, pois o pequeno Juancito ao andar de bicicleta no andar de cima da casa da avó materna sofre uma queda lá do alto, caindo ao chão, ele não resiste aos ferimentos e morre.

É perceptível a relação com algo de cunho religioso, nota-se isso, quando Julian ganha de presente do seu amigo no velório de juancito uma Bíblia Sagrada, com o passar dos dias ele começa a lê-la e se transforma em uma nova pessoa mais compreensiva e harmônica, o filme nos traz também personagens que são contra o divórcio por pensarem que o casamento é eterno e que os casais tem que “suportar” um ao outro e a mulher ser submissa.

Diante do exposto, Paco del Toro tenta transmitir a mensagem do perdão, fé e reconciliação em um filme que retrata sobretudo a violência doméstica mútua, que necessita curar as feridas não só física, mas principalmente as feridas da alma que deixam marcas no coração e quase nunca cicatriza. Parece-me que o diretor peca um pouco na construção dos diálogos e cenas, já que tem algumas cenas batidas e repetitivas transmitindo a mesma mensagem fazendo com que o filme fique maçante e cansativo em alguns momentos. Entretanto, além do tema proposto, outro grande triunfo de del Toro foi a escolha de Nora Salinas como protagonista, ela compôs a personagem Clara com muita sabedoria dosando sutileza e ironia em vários momentos e nas cenas de maior cunho dramático ela correspondeu as minhas expectativas. O longa conta com ótima música de fundo “un Angel llora” interpretada por Anette Moreno à canção é melancólica e bem condizente ao tema retratado no filme.

**** (4/5)
Cicatrices, México, 2005
Direção: Paco del Toro
Elenco: Rodrigo Abed, Nora Salinas,Leonor Bonilla, Joana Brito
Duração: 1h 44min.


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Review: Alex Pettyfer é um dos sobreviventes de seu planeta na ficção-científica teen "Eu Sou o Número Quatro"

por Léo Balducci

Já imaginou você sendo um dos únicos sobreviventes de seu planeta, que foi devastado por inimigos alienígenas? Foi isso que o diretor D.J. Caruso introduziu no filme “Eu Sou O Número Quatro”, trabalhado como uma saga teen de ficção científica.  Diferente do romance de Michael Bay, a adaptação cinematográfica – que começou a ser  feita antes do livro chegar às prateleiras - tenta passar uma relação mais física e racional quanto ao modo como o enredo segue, trazendo elementos mais reais e contemporâneos.

Estrelado por Alex Pettyfer, o filme narra os acontecimentos de um dos 9 jovens que se refugiaram na Terra antes de seu planeta natal Lorien ter sido invadido e exterminado por uma raça alienígena inimiga, os Mogadore. Junto ao seu guardião, interpretado por Timothy Olyphant , John Smith – novo nome que recebeu -  vive se mudando para não ser rastreado pelos agentes do planeta inimigo e vai parar em Paradise, Ohio, onde faz amizade com Sam (Callan McAulife) e Sarah (Dianna Agron) enquanto tem que lidar com os típicos problemas de um adolescente. Apesar disso, ele passa a ganhar poderes e descobre que pode deter os Mogadore ao lado dos outros sobreviventes de seu planeta, como a Número Seis (Teresa Palmer).



Com todo o tema mais sombrio que exige, o filme se destaca por não se prender a partes insignificantes e por não visar uma sequência imediata – que toda saga busca deixar.  Além disso, vale ressaltar que as boas atuações que os principais personagens recebem são de suma importância para que a trajetória da produção passe mais fidelidade e nos convença, afinal trata-se de uma obra totalmente ficcional e é necessário que o telespectador entre completamente na realidade deles para se interessar e compreender as situações sendo exibidas. Outro ponto que reforça a fisionomia são os efeitos especiais, que dão todo o ‘toque’ final que o projeto pede e acrescenta ótimas cenas de ação. A partir disso, a saga começa a traçar seus próprios caminhos e unindo mundos através da imaginação do telespectador, onde os elementos que acompanham o desenvolvimento da trama surgem de forma muito bem explorada e conectam as cenas de romances e aventura. Temos que também dar todo o merecimento à fotografia, feita por Guillermo Navarro (O Labirinto do Fauno), que deixa tudo mais notável.

“Eu Sou o Número Quatro” surge como um possível integrante da nova safra de sagas, que se inteiram com “Jogos Vorazes” e “Percy Jackson”. Talvez a relevância dada pela DreamWorks para a trama tenha sido muito acima do que foi alcançado, mas já deixa uma união de fãs para novos aproveitamentos da obra literária que está por vir. É tudo uma questão de tempo até você também querer fazer parte da guerra entre Lorienos e morgadorianos!

*** (3,5/5)


 I Am Number Four,  EUA, 2011
Direção: D.J. Caruso
Elenco: Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Teresa Palmer
Duração: 1h 49min

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Com homenagem aos musicais, o Oscar 2013 premia os melhores do ano

por Amanda Prates

Eis que ontem (dia 24) aconteceu a maior premiação do cinema (senão de todos os segmentos) e não faltaram motivos para se surpreender. Seth MacFarlane foi o anfitrião da noite e esbanjou a ousadia que faltou em Billy Crystal na edição passada, que se importou em apenas arrancar algumas risadas da plateia com piadas inocentes. O diretor de Ted (e de outras produções como Family Guy e American Dad!) protagonizou shows musicais peculiares, discursos inusitados e muita zombaria (sobrou até pra Abraham Lincoln, Rihanna e Chris Brown!). Houve quem dissesse que a escolha de MacFarlane foi o grande erro da Academia para a noite, mas o moço só quebrou com o conservadorismo da cerimônia de premiação, e com maestria.

Antes da cerimônia, o red carpet foi agraciado por looks de deixar qualquer um de boca aberta. E adivinhem quem foi o centro das atenções? Não precisa dizer, mas eu digo: JENNIFER LAWRENCE! A moça apareceu ~com um vestido da Dior~ já declarando “I’m starving! Is there food here?” Espontaneidade não faltou! Jessica Chastain também desfilou deslumbrante pelo tapete, mas não mais que a fofura da Quvenzhané Wallis, que roubou a atenção dos fotógrafos com sua bolsinha de cachorro ().

Naomi Watts, Anne Hathaway, Reese Witherspoon e Adele também se destacaram, mas essa que vos escreve não está aqui para dar uma de colunista de moda (não mesmo!), nem mesmo lhes encher de textinhos inúteis que nada dizem. 

Vestidos, penteados e maquiagens à parte, a noite foi de homenagem aos musicais. Sim, isso mesmo, a Academia prestou suas considerações ao gênero que tanta gente odeia! Chicago, ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2003 e o único desta década, foi representado brilhantemente por Catherine Zeta-Jones com o número “All That Jazz”. A partir daí, outras performances construíram a homenagem, como “Suddenly”, pelo cast de Os Miseráveis, eAnd I Am Telling You I’m Not Going”, do filme Dreamgirls pela Jennifer Hudson.

Quem levou? 


Não seria surpresa para ninguém se Argo ou Lincoln faturasse os prêmios principais. Mas o que poucos (talvez ninguém) esperavam era que a premiação ficasse tão bem distribuída. Das 12 indicações que o filme de Steven Spielberg, 2 foram premiadas, o mesmo aconteceu com O Lado Bom da Vida, 1 das 8. As Aventuras de Pi foi o maior vencedor da noite! Ang Lee viu seu filme faturar 5 das 11 estatuetas que fora indicado: Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Trilha Sonora Original e... Melhor Diretor

O filminho da Pixar, dirigido por Mark Andrews e Brenda Chapman, venceu a categoria Melhor Animação e surpreendeu, quando o favoritismo se dividia entre Frankenweenie e Detona Ralph. Haneke não surpreendeu absolutamente ninguém com o título de Melhor Filme Estrangeiro com seu Amour, merecedor, de fato, mas não se pode deixar de destacar as grandes produções que disputaram na categoria. Adele também levou a estatueta pra colocar juntinha aos seus vários gramofones dourados, por "Skyfall", como Melhor Canção Original, concorrendo ao lado de Suddenly”, do musical Os Miseráveis, e "Everybody Needs a Best Friend", da Norah Jonas por Ted.


Agora a gente analisa individualmente as principais categorias, confira: 

- Melhor Ator Coadjuvante -
Os indicados:
Tommy Lee Jones (por Lincoln)
Phillip Seymour Hoffman (por O Mestre)
Christoph Waltz (por Django Livre)
Robert de Niro (por O Lado Bom da Vida)
Alan Arkin (por Argo)

Sejamos sinceros e afirmemos que jamais passou pela nossa cabeça que Christoph Waltz fosse ganhar essa categoria. Apesar de ele ser o meu favorito, jamais pensei que a Academia pudesse “renegar” um prêmio que parecia já estar creditado a Tommy Lee Jones. Waltz repetiu sua incrível capacidade de magnetizar o espectador em suas representações com tanta maestria que foi capaz de atingir até o difícil grupo da Academia. Emocionado, o ator subiu ao palco, quando eu esperava um daqueles discursos enternecedores típicos de artistas dessa rama. Mas ele não o fez. Aliás, nenhum deles (salvo o agraciado com o prêmio de Melhor Ator). Finalmente, uma decisão mais que justa!

- Melhor Atriz Coadjuvante -
As indicadas:
Sally Field (por Lincoln)
Anne Hathaway (por Os Miseráveis)
Jacki Weaver (por O Lado Bom da Vida)
Helen Hunt (por As Sessões)
Amy Adams (por O Mestre)

Eu já sabia, você também, todos nós que os pouquíssimos minutos de atuação da Anne Hathaway em Os Miseráveis seriam mais que suficientes para que ela fosse indicada e levasse o prêmio da Academia. A moça, que já fora indicada, desbancou nomes como Jacki Weaver e Sally Field, por O Lado Bom da Vida e Lincoln, respectivamente.  Ela é ou não uma das maiores atrizes de sua geração? ()

- Melhor Diretor -
Os indicados
Ang Lee (As Aventuras de Pi)
Steven Spielberg (por Lincoln)
Michael Haneke (por Amour)
Ben Zeitlin (por Indomável Sonhadora)
David O. Russel (por O Lado Bom da Vida)

Dessa vez não teve para o Steven Spielberg! Ang Lee com seu incrível As Aventuras de Pi faturou um dos prêmios mais importantes da noite, e ainda garantiu outros quatro, citados anteriormente. Esse é o segundo Oscar do diretor, que subiu ao palco surpreso (e não era pra menos), mas não discursou nada tão impressionante. Mas valeu muito!

- Melhor Atriz -
As indicadas:
Jessica Chastain (por A Hora Mais Escura)
Jennifer Lawrence (por O Lado Bom da Vida)
Emmanuelle Riva (por Amor)
Quvenzhané Wallis (por Indomável Sonhadora)
Naomi Watts (por O Impossível)

Tá, a gente já sabia que as chances de a Jennifer não ter levado essa estatueta eram quase nulas. Waltz e Hathaway podem ter arrancado aplausos sinceros da plateia, mas as atenções da noite se voltaram para um único nome: Jennifer Lawrence. Enquanto os atores ocupavam suas mentes com a tão sonhada estatueta, a moça só pensava em... comida! E esbanjou espontaneidade até no momento de receber a estatueta mais cobiçada da noite, a de Melhor Atriz (e não, não vamos falar sobre o tombo da moça). Narizes que se torceram com a nomeação à parte, Lawrence só provou que nem Emmanuelle Riva, em sua melhor forma, era capaz de compor um personagem tão intenso, sincero, comum e controverso como a Tiffany (Silver Linings Playbook), e convencer a Academia. Ok, abstenhamo-nos de maiores elogios, somos muito suspeitos para isso. ((♥)

- Melhor Ator -
Os indicados:
Daniel Day Lewis (por Lincoln)
Denzel Washington (por O Voo)
Hugh Jackman (por Os Miseráveis)
Bradley Cooper (por O Lado Bom da Vida)
Joaquin Phoenix (por O Mestre)

Mais uma vitória que era muito óbvia, mas Daniel Day-Lewis pareceu não esperar pelo prêmio, fato que se reforçou pelas lágrimas do ator no palco ao receber das mãos de “uma apresentadora que não precisa ser apresentada”, Meryl Streep, a estatueta mais cobiçada. Day-Lewis (que agora é recordista de estatuetas nesta categoria) fez o ÚNICO discurso interessante da noite, ao brincar com Streep sobre seus papéis em Lincoln e A Dama de Ferro, respectivamente, e ainda agradeceu à esposa. Seria muita ironia se ele não levasse essa, né gente?

- Melhor Filme -
Os indicados:
Indomável Sonhadora
O Lado Bom da Vida
A Hora Mais Escura
Lincoln
Os Miseráveis
As Aventuras de Pi
Amor
Django Livre
Arg0

O prêmio não foi para Lee, mas Spielberg também não teve o prazer de segurar a estatueta principal. Não houve ousadia como no ano passado, mas Ben Affleck, que havia sido rejeitado da categoria Melhor Diretor, viu seu Argo vencendo a dura disputa com Lincoln, além de Melhor Montagem. Argo não tem a complexidade de Indomável Sonhadora nem a magia carregada de inúmeros significados de As Aventuras de Pi, só faltou a Academia reconhecer isso.

Confira aqui a lista completa dos vencedores. 
Da esquerda para a direita, Daniel Day-Lewis, Jennifer Lawrence, Anne Hathaway e Christoph Waltz, os vencedores principais da noite.

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Demi Lovato insiste em boas batidas e sentimentos no semi-chiclete "Heart Attack"

por Léo Balducci

Enquanto a maioria das pessoas estavam vidradas na premiação mais importante do cinema, os Lovatics form pegos de surpresa quando o novo single de Demi Lovato caiu na internet! Prevista para ser lançada somente na próxima segunda-feira (4/03), "Heart Attack", que já alcançou o 1º lugar no iTunes Brasil, traz uma cantora mais madura e disposta a expressar seus sentimentos com ainda mais profundidade. Empregada numa tendência com base de dubstep, mas sem necessariamente abusar das batidas de balada, a música compreende um refrão um pouco chiclete recheado de declarações e depoimentos sobre seu amor. Só um ataque do coração para definir mesmo!

As batidas insistentes nos remete ao single "Give Your Heart A Break", que também explorou muito bem esse efeito, porém traça a trajetória de ser a melhor faixa da cantora. O carro-chefe traz uma expectativa muito grande para o álbum, pois diferente de "Skyscraper", ela não é apenas uma baladinha, mas uma canção em potencial com um desenvolvimento de produção que realmente grudada na cabeça. Basta ouvir uma vez para já querer ouvir novamente! Os agudos de Demi são primordiais para dar a sequência que todo o ritmo precisa, onde sua voz forte e ao mesmo tempo suave predomina o tom de "Heart Attack". A letra é mesmo muito bem composta na melodia, onde embala emoções de estar insegurança para começar uma relação mas que, acima de tudo, descreve o que se sente quando se esta perto da pessoa que se ama (assim como se embelezar e gostar de si mesmo).

A Amanda Prates, uma das nossas autoras do site, também deu sua opinião sobre o single:
"Não, eu não estou tendo nenhum ataque do coração, mas vejo 'Heart Attack' impregnada na minha cabeça por duras longas horas. Se a intenção da Demi Lovato era obter sucesso semelhante ao de 'Skyscraper', ela pode estar caminhando para um possível triunfo, ou para um menos provável desastre. O que antes se esperava ser uma mais uma canção ao estilo 'All Night Long', na verdade, é só uma semi-baladinha, com letra bonitinha, refrão muito chiclete e, claro, os agudos constantes da moça. Só espero pra ver no que vai dar essa 'celebração da vida' ao estilo Demi Lovato.”


E você, já teve seu ataque do coração por alguém?

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Review: Dois olhares sobre "Os Miseráveis"

Uma história cantada tão verdadeiramente em Os Miseráveis 

por Amanda Prates
(Filmow - Twitter)

Fazer de um musical dos palcos do teatro uma grande produção cinematográfica, sem perder a coesão e a sinceridade nas representações é, realmente, um grande triunfo para uma equipe de diretor e roteiristas. Tom Hooper (O Discurso do Rei) o fez e é digno de todo o reconhecimento, inclusive de um Oscar de Melhor Filme. Com Os Miseráveis, o diretor pode até ter atraído maus olhares por contar a história do fugitivo Jean Valjean e de uma França sob o poder monárquico TODA cantada (salvo alguns poucos diálogos curtos), mas conduziu a única versão decente da adaptação feita para a Broadway da famosa novela homônima de Victor Hugo. Hooper conduz toda a complexidade que envolve uma produção deste gênero e sua opção por filmar os atores cantando ao vivo e evitar os estúdios para a correção das vozes só reforça a justificativa de este ser um dos pouquíssimos musicais indicados ao Oscar (e um dos raríssimos com enormes possibilidades de levar a estatueta pela categoria principal).

A trama se passa na França, após a Revolução de 1789, onde o regime autoritário e monárquico prevalecia novamente, e a população era consumida pela miséria e pela peste. O primeiro momento do filme é um cartão de visita esplendoroso, capaz de prender a atenção do telespectador por alguns minutos, com a canção “Look Down”, interpretada por Hugh Jackman e Russell Crowe, que dá o tom da história. A partir daí, Jean Valjean (Jackman) nos é apresentado como um condenado que, após uma pena de 19 anos, quebra sua liberdade condicional e é forçado a viver sob outra identidade. Já estável como dono de uma fábrica e prefeito de uma pequena cidade em outra parte de Paris, Valjean conhece a decadente Fantine (Anne Hathaway) e a promete cuidar de sua filha, Cosette, e é aqui que todo o real sentido da trama se define: ele percebe que encontraria na pequena menina todo o significado de sua vida (por mais clichê que isso possa soar), e decide protegê-la, a todo custo, de seu passado (leia-se o incansável algoz Javert).

Assim como a novela de Victor Hugo foi ridicularizada na época por toda sua intensa carga de sentimentalismo por alguns líderes de importantes correntes sócio-filosóficas, a adaptação de Hooper pode parecer algo bobo para uma parte de um público que se diz mais racional. A verdade é que Anne Hathaway toma para si todo o sofrimento de sua Fantine e dá ao filme as melhores e mais enternecedoras cenas em seus míseros minutos (que atire a primeira pedra quem não deixou derramar uma lágrima sequer com o solo de “I Dreamed a Dream”). Só com essa sentença não é preciso muito dizer que as chances de a moça não levar a estatueta do Oscar pra casa são nulas, não é mesmo? Do outro lado da trama, Amanda Seyfried e Eddie Redmayne encarnam os amantes Cosette (mais velha) e Marius, respectivamente, este último é um jovem dividido entre o amor pela moça e por sua pátria. Ambos fazem bem seus papéis, mas destaques os são creditados injustamente, não que esta que vos escreve esteja dizendo que os jovens retiram pontos do filme, pelo contrário. Porém, não conseguiram perceber (a Academia, em especial) a genialidade de Sacha Baron Cohen que, ao compor seu trambiqueiro Enjolras, faz, ao lado de Helena Bonham Carter, as melhores sequências cômicas e que dão outra dimensão da miséria; e toda a doçura de Samantha Barks, ao dar vida a uma Éponine apaixonada, expressando-se incrivelmente em “On My Own”.

Os Miseráveis é projetado milimetricamente para soar incrível na tela, mas traduzindo toda a carga de significação  à sua maneira, sem se render à total fidelidade ao texto clássico, pois este traria contigo o peso das questões sociais, e Tom Hooper dificilmente o faria sem torná-lo caricato e artificial, o típico teatralismo. Em suas quase 3 horas, o filme consegue fazer referências religiosas em seu texto e nas imagens (vide o momento em que Jean é forçado a carregar um mastro, como Jesus carregou a cruz), e propor o verdadeiro significado da vida pelo olhar aguçado de Victor Hugo sobre a realidade.

***** (5/5)

Os Miseráveis: a história cantada não a tornou mais bela

por Aline Alves

Fui correndo ver quando me disseram que Os Miseráveis ganharia adaptação nos cinemas. Depois do sucesso e de ganhar prêmios e mais prêmios com o filme O discurso do Rei, o diretor Tom Hooper, está de volta as telonas com um gênero que não tem a mesma quantidade de adeptos que o drama, estamos falando dos musicais.

O filme é a adaptação ‘indireta’ do livro magnífico Les Misérables de Vitor Hugo, este é de grande importância cultural e política. Os Miseráveis foi um grande sucesso e se tornou um dos produtos de maior vendagem da Broadway em todos os tempos. A grande questão a que isso nos leva é que uma de suas dezenas de adaptações cinematográficas, que foi filmada de forma inusitada, não é tão revolucionária como anuncia, mas conseguiu ser bem conduzida na forma de capturar as atuações, peça chave do filme.

O filme é ambientado na França do século XIX, e conta a estória de Jean Valjean, que depois de ser preso e trabalhar como escravo por 19 anos, é solto em condicional, mas não consegue se recolocar na sociedade. Redimido por uma gentileza inesperada, ele decide enfim abandonar sua antiga vida e virar um novo e respeitável homem. Esse novo homem promete cuidar de Cosette, filha de Fantine, uma de suas operárias. Mas para que isso aconteça, terá que fugir de Javert, um velho inspetor que o persegue mesmo após tantos anos, e tudo isso por causa de um mísero pão que ele roubou para salvar o pobre sobrinho que morreria de fome.

A tentativa de Tom Hooper foi fazer algo inusitado, adaptar algo que não é tão bem visto no cinema, o teatro musical estilo ópera. O formato comum de filme musical veio logo após o som no cinema, onde o filme é interrompido ocasionalmente por um número musical curto, já o formato mais tradicional dramatúrgico, há séculos como as óperas trazem longos espetáculos totalmente cantados, divididos entre dois ou três atos principais, com intervalos, o problema é que filmes não tem intervalos e 98% do diálogo do filme é cantado.

Hooper tentou criar uma técnica inovadora, captando o áudio no local, mesmo sabendo que não usaram exatamente o áudio in loco, mas sim uma versão aproximada, a técnica conseguiu extrair uma atuação maravilhosa de Anne Hathaway e Hugh Jackman, ambos indicados ao Oscar. O diretor apela pela emoção dos closes, perdendo muito de sua epicidade. Os Miseráveis não é um drama pessoal, mas sim coletivo, conta a jornada de um povo e mostrando cada parte separada o tempo todo não divulga bem essa dimensão, nas últimas cenas é possível quebrar o gelo e dar uma respirada. São cenas mais abertas, talvez Hooper quisesse aproximar-se do livro onde há essa individualidade, pois cada volume é composto por um personagem, ou pelo menos é dividido com os nomes dos personagens. 

Anne Hathaway, apesar de ser brilhante, não rouba toda a cena fica o destaque de Samantha Barks, atriz pouco conhecida pelo grande público, rouba a atenção e a revelação do filme, com uma voz extremamente bela e de sua ótima interpretação de sua personagem Éponine. O filme ainda tem seu lado cômico graças aos Thenardier, o casal que hospeda a Cosette. Vividos pela senhora Burton, Helena Bonham Carter, e pelo sempre impagável Sacha “Borat” Baron Cohen, eles são engraçados e odiosos na medida certa. Amanda Seyfried e o Eddie Redmayne não estão tão impressionantes, mas também agradam, até diria que estão um pouco apagados, nem mesmo a atuação dos dois é suficiente para salvar as cenas melosas de amor adolescente entre os dois.

Visualmente Os Miseráveis é fabuloso, belíssimo, trás um contraste evidente entre a pobreza do povo francês da época e a luta dos rebeldes pela liberdade. Um excelente trabalho da direção de arte nos leva a fotografia, figurino, maquiagem e cenários magníficos. Ver o Hugh Jackman e o Russel Crowe fazendo papéis pouco convencionais também ajuda bastante.

O grande pecado que tomou proporções épicas foi adaptar uma obra de cunho político tão rica quanto Les Miserables ao estilo musical. O problema mesmo fica no aporte cultural do grande público consumidor de Hollywood que não está preparado para um espetáculo estilo operata.

Acredito que Os Miseráveis não venha a ser lembrado como um dos maiores clássicos do cinema ou mesmo dos musicais. Mas com certeza deixou sua marca como um dos melhores filmes que seu gênero já produziu em muitos anos, gênero recheado de produções medíocres e sem inspiração, não é a toa que foi indicado a nove categorias no Oscar, incluindo o de Melhor Filme do ano.

Em suma, após 15 segundos de filme já não aguentava mais tanta cantoria, eu adoro literatura clássica, adoro dramas e amo o Wolverine, mas particularmente odeio musicais e não estou nem um pouco acostumada com o gênero que deixou o filme enfadonho, chato. Concordo que para o gênero, o filme é perfeito, mas como já foi dito, o público não está acostumado a este ‘tipo’ de musical, tudo que eu conseguia dizer ao final do filme eram as seguintes palavras “teria sido perfeito se não fosse um musical”. 

*** (3/5)
Les Misérables, Reino Unido, 2012
Direção: Tom Hooper
Elenco: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway 
Duração: 2h 38min

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Carly Rae Jepsen amadurece com os bons e maus momentos ao lado do namorado em clipe de "Tonight I'm Getting Over You"

por Léo Balducci

Vai ser bem difícil Carly Rae Jepsen conseguir alcançar o sucesso de "Call Me Maybe", mas ela pode chegar perto com "Tonight I'm Getting Over You"! Desde o lançamento do álbum "Kiss", a faixa sempre passou um maior destaque dentre as outras por trazer um refrão um pouco chiclete e com batidas mais incisivas que dão o toque principal que ela precisa. Sem nenhuma novidade, a cantora anunciou que a música assumiria a posição de próximo single do disco.

Partindo de elementos que lembram um pouco o clipe "Give Your Heart A Break" de Demi Lovato, Carly demonstra que amadureceu e apresenta uma produção audiovisual mais característica de sua personalidade. Apesar disso, não temos grandes surpresas com relação ao conteúdo apresentado: seu namorado entre-cenas com momentos de amor e desentendimentos. No entanto, o mérito está na escolha de situações mais bem elaborada e dispostas na tela de tal modo que nos faça realmente acreditar que a música é uma condição do clipe. Temos Carly com seu amor na cama, cenas de beijo e divertimento e partes em que o casal se isola para refletir sobre a relação. Parece mesmo que ela quer superar ele!

Vem cá ver esse trabalho visual muito bem definido pela cantora:



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Review: Tarantino faz de seu “Django Livre” um poço de exageros, mas passa longe de errar a mão

por Amanda Prates
(Twitter / Filmow)

Quentin Tarantino quer vingança novamente, e ele o faz (!), mas desta vez, ambientada no Velho Oeste. E quando se trata de Tarantino, é claro que não estamos falando de um filme de faroeste convencional. Django Livre é uma denúncia à situação dos Estados Unidos dois anos antes à Guerra Civil – precedida pela abolição da escravatura – com tantos exageros (não nos fatos históricos, necessariamente) que chega a ser um deleite ficar numa sala de cinema por quase três horas para assisti-lo. Há sarcasmo, tiroteios, ~muito~ sangue, humor negro e palavrões, tudo misturado deliciosa e exageradamente em um faroeste ora cômico,  ora muito sério, e onde Tarantino passa bem longe de errar a mão.

É nesse clima de demasia que somos apresentados a Django (Jamie Foxx), um escravo liberto que segue o caçador recompensas alemão, Dr. Shultz (Christoph Waltz), pelo Texas e Mississipi atrás de sua esposa Broomhilda (Kerry Washington), escrava do fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). O filme prende a atenção de seu telespectador já no primeiro momento, quando Django é negociado inusitadamente pelo alemão meio-dentista para ajudá-lo a reconhecer dois irmãos que estão com as cabeças à venda. A partir daí, o ex escravo assume uma posição que, naquela época, era considerada exclusivamente para brancos e sai causando espanto pelos quatro cantos do sul ianque, um dos pontos mais denunciantes da trama.

Como é de conhecimento de todo bom admirador do cineasta, Tarantino costuma fazer de seus filmes pontos para referências a outras grandes produções, e em Django Livre a situação não poderia ser outra. Nele, o diretor “toma emprestado” elementos vindos do Western Spaghetti – termo usado aos westerns italianos – de Três Homens em Conflito e do original Django, ambos de 1966, e ainda do Blaxploitation, já usados por ele em Jackie Brown (1997) e Pulp Fiction (1994). Mais do que essas “homenagens”, o longa ainda é carregado, como é de praxe, de todos os componentes que consagraram a carreira do diretor, como os diálogos bem estruturados e longos, o humor negro, a violência estilizada que, de tão absurdas que são, chegam a ser burlescas e, é claro, toda a originalidade do roteiro.


A escalação do ótimo elenco foi mais um dos triunfos da produção. Mesmo com aquele possível burburinho de que atores como Sacha Baron Cohen, Kurt Russell, Kevin Costner e Joseph Gordon-Levitt teriam saído do cast (e de que o Will Smith havia recusado papel principal!), o filme não perde em nada, muito pelo contrário, Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson e... até o real Django Franco Nero (com a sua pontinha de participação) roubam a cena, tentando encontrar sem medo, ao lado do diretor, uma linguagem verbal e visual que possam transmitir ou recriar toda a complexidade de um mundo por trás do roteiro. Foxx compõe seu Django mais fisicamente, visto o desenho caricato que não exige dele tanto trabalho com a câmera, e faz seus pensamentos serem enviados com poucos gestos e olhares. Waltz repete sua incrível capacidade de magnetizar o espectador, percebida em Bastardos Inglórios. A sutileza em suas falas, seus movimentos, tudo parece conspirar para que sua atuação seja marcante e inesquecível até. 

Em um dos seus papéis mais “peculiares” – já que ele está quase irreconhecível –, Samuel L. Jackson domina o cenário. Encarnando Stephen, um negro odiado pelos negros e criado puxa-saco de Calvin Candie, o ator entrega uma atuação emblemática, reforçada pelos diálogos politicamente incorretos e divertidos, e tão intenso e odioso que quase nunca se o viu fazer o que fez debaixo de toda aquela pesada maquiagem. Porém, é Leonardo DiCaprio, com bem menos espaço que Foxx e Waltz, que atinge os agudos do longa com sua interpretação. Ele cria um personagem asqueroso e é capaz de representar com extrema clareza toda a ignorância e selvageria que caracterizaram os grandes proprietários de escravos deste recorte da história norte-americana. O moço não só consegue evocar uma gama de sentimentos ruins, como não nos faz duvidar que esse tipo de ser humano possa realmente existir, exatamente o que o diretor pretendia,  fato que prova sua genialidade na composição do cast.

Seria injusto eu terminar essa crítica sem deixar de destacar a trilha sonora, que como sua ilustre marca, Tarantino não poderia deixar de surpreender neste aspecto. Como grande admirador do maestro italiano Ennio Morricone, o diretor prestou mais algumas homenagens ao inserir composições como The Braying Mule, Sister Sara's Theme e Un Monumento, e outras originalmente produzidas para sua soundtrack,  Freedom (Elayna Boynton e Anthony Hamilton), 100 Black Coffins (Rick Ross) e Who Did That to You (John Legend). Essa mistura de soul music com rap até pode soar estranho em um longa deste gênero, mas Quentin soube bem como tornar essas diferenças tão naturais que é quase impossível não se envolver. No mais, Django Livre não tem a mesma força e originalidade de Bastardos Inglórios e Pulp Fiction e nem é um filme sem defeitos – peca no ritmo e na demasia de subtramas –, mas consegue ser, ao mesmo tempo, crítico, reflexivo, engraçado e perverso, além de provar que as ambições do diretor estão maiores e que ele ainda consegue, com maestria, superar as expectativas que constrói.

***** (4,5/5)
Django Unchained, EUA, 2012
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Kerry Washington, Samuel L. Jackson, Zoë Bell, Kerry Washington, James Remar
Duração: 2h 46min

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