Por que assistir "The Following"?

por Léo Balducci

Quando a FOX anunciou que estaria produzindo uma série escrita por Kevin Williamson,  co-criador da franquia "Pânico" e da adaptação para televisão de "The Vampire Diaries", a mídia já começou a criar suas apostas, já que o autor é muito bem conhecido por conseguir captar a essência de um suspense e explorar vários elementos para dar a cartada surpresa de ação, o que conquistou com êxitos com produções como “24”. Logo, “The Following” se tornou a série mais esperada da Temporada 2012/2013 e teve uma estreia prestigiada, com mais de 10 milhões de espectadores e uma ótima demo para a emissora. Saindo dos termos técnicos, a produção traz excelentes atores atuando em personagens misteriosos e muito bem elaborados.

Kevin Bacon (Homem Sem Sombra, Sobre Meninos e Lobos) protagoniza como o detetive do FBI aposentado Ryan Hard que resolve voltar a ativa após o serial killer que ajudou a prender escapar e iniciar uma seita. No decorrer da trama, somos introduzidos a “flashbacks” que nos mostram parte do trajeto percorrido pelo detetive para impedir Joe Carrol, assim como situações de sua vida pessoal que contribuem para nosso entendimento do caso – o que pode ser considerado como a grande sacada da série. Mesmo atrás das grades, Carrol comanda uma fiel lista de seguidores, que assumem o compromisso de seguir todos os acordos deixados por ele num esquema imprevisível que tende a criar na realidade os passos de um singelo roteiro de um poeta. Quem poderia imaginar que o professor universitário perfeito e inofensivo que ama profundamente sua esposa seria capaz de matar e incentivar pessoas a fazer o mesmo baseado numa escrita poética?!


Tudo parece incerto e realmente é quando uma mente brilhante está por trás de crimes programados há muito tempo e situações constantes de descontrole, principalmente, por Carrol usar sua habilidade de drenar as emoções de suas vítimas com base em seu ponto fraco. Os sentimentos atribuídos à trama permitem nos identificar com as personagens enquanto somos imensuravelmente surpreendidos por ocasiões e feitos que exploram o raciocínio lógico e a reflexão poética destinando manter um foco na compreensão dos fatos. É absurdamente genial como Kevin sabe impor controles de cenas e emoções que consumam o telespectador de tal maneira que não aguentem esperar pelos próximos episódios. Além disso, ele também utiliza estereótipos para assumir a personalidade de todos que ingressam no roteiro, desde os vizinhos gays até a babá do filho de Joe que são muito mais do que parecem ser, e especular uma dramatização primordial de contato direto. O elenco parece que é escolhido a dedo para representar cada caracterização que partem de James Purefoy (Rome), Natalie Zea (Dirty Sexy Money), Shawn Ashmore (trilogia X-Men), Maggie Grace (Lost) e Annie Parisse (A Lenda do Tesouro Perdido). Destaque também para a direção de Marcos Siega, que já demonstrava seu talento na personificação do suspense com "The Vampire Diaries". A marcação expressa que Joe não quer apenas ser dito como um psicopata, mas sim como um mito que deixou seu legado a cada passo que dava durante sua vivência na Terra.

“The Following” é a série perfeita para quem gosta de um suspense policial aliado a assassinatos e um mistério que permeia inteiramente toda a produção, exercendo a influência de prender a quem assista. Não há dúvidas de que além do tiro certeiro da FOX e de Kevin, temos uma imensidade de poesia nos crimes e acontecimentos que retratam que temos tanto um lado bom quanto mal, onde designamos esses propósitos conforme nossos únicos desejos. 


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