SAGAS: Homem de Ferro
Marcando a primeira fase geradora
dos Super-Heróis mais famosos do Planeta, a Marvel não somente se nega a deixar
que qualquer outro estúdio interfira em suas novas produções, como também saber
persuadir distribuidoras para contribuir com alguns milhões. E é assim que
nasce a produção cinematográfica de Homem de Ferro, um dos grandes anseios
dos fãs das HQs e a criação de um mundo personificado pela indústria em função
dos personagens. Aqui não vemos mais um filme de um cara que ganha super
poderes, mas sim o inigualável enredo em que ele passa a conquistar seu lugar
como uma importante peça de algo muito maior relacionado aos quadrinhos.
Toda a trama surge quando somos introduzidos ao arrogante (para alguns) e
brilhante (para outros) Tony Stark (Robert Downey Jr.), conhecido mais por ser
o herdeiro – e assim proprietário – de uma empresa bilionária de instrumentos
bélicos. Quando é inevitavelmente sequestrado por um grupo de terroristas do Irã
numa viagem de negócios, acaba sendo pressionado a construir uma perigosa e
poderosa arma (míssel destruidor), porém resolve enganar a todos ao fazer uma
incrível armadura de tecnologia de ponta para conseguir escapar de seu
cativeiro. A partir daí, ele começa a desenvolver essa ideia e personalizá-la
conforme o que deseja, criando assim um alter-ego seu, que possa, acima de
tudo, deixá-lo ainda mais convencido (no sentido de adjetivo).
São extremamente perceptíveis os modos como os roteiristas trabalham muito bem
em cima da personalidade de Stark, incluindo ao personagem relações de seu
egocentrismo exagerado unido ao herói irrefutavelmente alvo de seus interesses
pessoais. Outro ponto positivo da produção são seus efeitos especiais, que são
imensamente grandiosos e trazem para as telas toda a realidade sendo retratada
na trama – condizendo com o centro da estrutura da Marvel Studios. Além disso,
temos a introdução da S.H.I.E.L.D. (que ganha plataforma de significado em português),
a organização secreta do governo que começa a ser um relevante elemento para o
futuro das conexões dos Heróis da empresa de quadrinhos (e agora de cinema). Vale
ressaltar a grande contribuição de Downey para Tony Stark, partindo desde seu
lado cômico até a interpretação mais madura (e às vezes, até insensível).
Méritos também a Gwyneth Paltrow e Terrence Howard, provando uma escalação
propícia vinda do diretor Jon Favreau – que desempenha aqui um trabalho até
certo ponto impecável.
Trata-se apenas do primeiro capítulo de um dos heróis mais cobiçados da grande
dos HQs, atribuindo mais uma trama existencial do que precisamente cenas
somente de ação e combate aos crimes impunes (que parece não ser dos primórdios
de Stark). É oportuno reconhecer que o caminho daqui para frente para o
bilionário não seja assim mais tão fácil (ou algo que o dinheiro possa comprar)!