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As melhores leituras de 2013

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Um ano com poucas ou muitas leituras sempre rende algumas “daquelas leituras”. As que vão te envolver mais facilmente, as que vão dizer muito sobre você, ou as que vão tocar no âmago do seu “eu”. 2013 foi um ano pouco rentável pra nossa equipe, mas nem por isso deixamos de elencar nossos 03 melhores livros lidos neste ano e explicar porque o são, ou pelo menos tentar, porque, como dizem por aí, nunca conseguiremos dizer tudo o que desejamos sobre uma obra que possui um lugar especial no nosso coração. Confira:


Devo confessar que os meios aos quais tenho me inserido nos últimos meses fizeram irromper em mim a ânsia por leituras que há muito venho adiando. E ler Cem Anos de Solidão foi uma dessas gratas influências, que me arrastou para os cenários de Macondo para acompanhar, ao lado da matriarca dos Buendía, a saga de uma estirpe condenada à solidão.
Apesar de suas quase 500 páginas, a leitura flui facilmente e você se vê envolvido já nas primeiras páginas. Cem Anos de Solidão é o tipo de obra em que você vai sentir agonia quando Rebeca come terra compulsivamente, dor por ver José Arcadio Buendía largado embaixo do castanheiro, tristeza pela desolação de Aureliano quando perde sua frágil e pueril esposa, e estima por Úrsula, que sustentou a família até os seus mais de 100 anos. García Márquez parece ter escolhido cada palavra com tanto cuidado, porque cada uma tem sua importância na narrativa de realismo fantástico.
Gabo, através de sua narração que ultrapassa os limites da criatividade, consegue fazer reflexões politizadas acerca da sociedade do século XX, além de divertir, emocionar e fazer sonhar.
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Genial. O adjetivo que melhor caracteriza Neil Gaiman e sua mais recente obra, O Oceano no Fim do Caminho. Essencialmente nostálgico, Gaiman narra um dia de volta às memórias na vida de um homem que, ao retornar à casa em que viveu sua infância e encontra, no fim do caminho, a fazenda das Hempstock – outro lugar que o marcou em seus tenros anos –, se vê recordando o passado sentado num banco em frente ao oceano de Lettie, e ali fica até o início da noite.
Um livro curtíssimo – que causou frustração, afinal, queremos sempre mais Gaiman –, mas que entregou tudo o que prometeu. O autor, brilhantemente, usou-se de referências do cotidiano para inserir sua fantasia. O menino protagonista – sem nome, o que achei genial – é o típico aventureiro, receoso e leitor, que questiona tudo o que sua imaginação permite. Por exemplo, numa passagem menciona-se o fato de os adultos só o serem por fora, pois ainda eram crianças por dentro, com seus medos e ilusões.
Além do aspecto reflexivo e crítico, Gaiman carrega sua obra de ação, que começa lentamente com cenas mais leves até atingir o ponto máximo no embate entre o menino e Ursula Monkton. Essa característica de narrativa vagarosa, sem pressa nenhuma, Gaiman faz com maestria, para que seu leitor penetre nos personagens e sorva cada detalhe até o ápice da estória.
O Oceano no Fim do Caminho é a prova de que ainda é possível escrever fantasia sem cair no abismo dos clichês que depredam obras do gênero, e que só vem reforçar – ou relembrar – as razões pelas quais Gaiman é o maior nome da literatura fantástica da atualidade. 
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Ler George Orwell sempre foi uma urgência na minha vida de leitora, e A Revolução dos Bichos foi um acertado primeiro contato. Apesar de ser uma obra que destoe um pouco da narrativa do autor, em relação à linguagem, a obra talvez seja a mais adequada para encarar Orwell pela primeira vez – minha experiência com 1984 me permite afirmar isso. O livro é um “conto de fadas rural” – como o próprio autor o definiu – que narra a vida de luta pelo fim da resignação de um grupo de animais de uma fazenda. Quando Major, um porco velho, sente que sua hora está por vir, compartilha um sonho que teve na noite anterior, com a intenção de libertar os outros animais da fazenda da submissão ao fazendeiro explorador, Sr. Jones. A partir daí, inicia-se a revolução para a derrubada daquela hierarquia abusiva e instauração de uma sociedade igualitária.
A Revolução dos Bichos é uma leitura rápida e fácil, mas carregada de crítica, e disso todo mundo já sabe. Orwell usa-se de uma fábula – com todas as representações de bichos construídas genialmente – para narrar, de certa forma, as condições em que se encontrava a União Soviética nas décadas de 1930-40, quando no comando de Stalin, não democrático, totalitário e que pregava os ideais de um falso socialismo.  
Uma obra que consegue ser atemporal e de importância incalculável à sociedade, que sempre vai nos lembrar que de vez em sempre encontraremos um porco por aí.
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Menções honrosas
Apesar de ter sido um ano de poucas leituras, 2013 também foi um ano de ótimas leituras, por isso, seria injusto e um martírio pra minha consciência leitora se eu não citasse, ao menos, outros três livros que me marcaram de alguma forma.
- Os Sofrimentos de Jovem Werther, que há muito ansiava pela leitura, e foi decisivo num momento delicado da minha vida – sem citar o fato de ter sido uma volta à época em que me apaixonei pelo Romantismo, quando no primeiro contato.
- As Vantagens de Ser Invisível, uma obra delicada e que deve ser lida com os olhos da sensibilidade.
- Bubble Gum, o maior e mais prazeroso soco no estômago que levei durante o ano. Lolita Pille ganhou-me já nas primeiras páginas pra me dar um “acorda pra vida” mais à frente da narrativa. 


Falar sobre as principais leituras que me chamaram a atenção em 2013 é um pouco difícil, visto que li alguns livros interessantes. No entanto, escreverei algumas linhas sobre três livros que se destacaram. 


O livro A Ordem do Discurso, de Foucault, enfatiza o lugar dos discursos e dos sujeitos, uma vez que nem tudo pode ser dito por qualquer pessoa ou em qualquer lugar, já que existe uma hierarquia discursiva e certos tabus no que pode ser dito ou não dito. 
Com a leitura desse livro pude perceber como os discursos constituem e como estes agem sobre os sujeitos, uma vez que os discursos estão ligados ao desejo e ao poder. Sendo assim, os indivíduos assumem diferentes identidades e posicionamentos de sujeitos, construindo, desse modo, constantes movimentos, transformando-se de acordo com o tempo e o lugar desse sujeito nos quais estiver inserido. Dessa forma, os discursos constituem os corpos e as instituições os sujeitos.

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A segunda obra que escolhi foi As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis. Esse autor é simplesmente incrível quando se trata do tema envolvendo fantasia. Porém, farei uma delimitação no livro e falarei apenas sobre o discurso religioso presente em todas as sete crônicas. Lewis traz o leão, Aslam, como a personificação de Jesus Cristo. Com toda ideologia da criação do mundo em sua obra, muitas vezes alguns personagens assumem papéis bíblicos.
Há temas relacionados às indiferenças, alegria, à justiça e ao perdão e a questão da irreligiosidade de Susana. Por ter usado a representação antropomórfica de Jesus Cristo, o autor foi avaliado como herege por alguns cristãos e organizações cristãs. De certa forma, Lewis aplicou esse discurso religioso no livro, tendo em vista que ele empregou a temática cristã de passagens bíblicas em histórias ficcionais. Mas como disse o próprio Lewis: "I wrote the books I should have liked to read. That's always been my reason for writing." 
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As vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky vai muito além de um conflito adolescentes, já que o autor traz na temática não só primeiras relações amoras, mas também dramas familiares e novos amigos, sonhos e caminhos.
Chbosky retrata a importância da amizade e principalmente a fuga da vida cotidiana, dando aos personagens a oportunidade de se sentirem infinitos e buscar novos horizontes. Dessa forma, essa obra é a transição da adolescência para a vida adulta, do ensino médio para a faculdade. É, portanto, a busca constante de se encontrar e se firmar como sujeito numa contemporaneidade em pleno movimento. 



Cá estou tentado lembrar como conheci Jogos Vorazes. Tenho certeza de que enganei meus amigos para irmos ao cinema, fingindo que a sessão de outro filme seria justamente na mesma que de THG. Só não poderia imaginei que estaria não apenas vendo um filme distópico cheio de efeitos especiais, mas também o que viria a ser uma das minhas sagas favoritas.
Dado interesse, comprei o livro e comecei a lê-lo (por indicação de, logicamente, Amanda – que era só elogio para o romance de Suzanne Collins). A trama em si nunca me causara tamanha afabilidade com Katniss Everdeen, mas bastou ler alguns capítulos e pronto, já estava encantando com essa jovem durona e destemida.
O livro é uma ótima leitura para quem deseja se aventurar por um mundo pós-guerra onde o governo é o seu opressor. Pode-se dizer que Jogos Vorazes é uma das sagas mais bem escritas para jovens publicadas até hoje, não por seu apelo que foca menos em triângulos amorosos melosos ou o risco de apontar um massacre entre jovens, mas sim pela forma como consegue reter críticas a Capital (nosso governo) e seu controle contra a população. Seríamos nós meras peças nos planos de um perverso e poderoso Presidente? Pode apostar que sim. Outro assunto a ser destacado é o modo como Collins dialoga essa manipulação da mídia, fazendo uma assimilação aos reality-shows (“Survivor” mandou lembranças) com esses apresentadores sarcásticos e divertidos (é o dom de Caeser Flickerman em te fazer rir ou se emocionar). Os diálogos são bem construídos (e não estão só ali para servir de enfeite), assim como seus personagens, e apesar de ter uma narrativa um pouco limitada por ser em 1ª pessoa (tudo acontece pelos olhos de Katniss), nos prende de tal maneira que é impossível não ansiar pelos próximos acontecimentos. Trata-se de um livro para introduzir mesmo a trama, deixando um pouco de lado toda essa parte sócio-política – o pontapé inicial para atrair adolescentes a saírem do modismo de vampiros e ter um olhar mais crítico, mesmo que superficial.
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Depois de se deleitar com o aperitivo que é Jogos Vorazes, nada mais justo do que aproveitar a refeição deliciosa que é Em Chamas. A trama continua envolvente e agora temos em maior âmbito a realidade cruel dos distritos e a superficialidade da Capital. Katniss é o tordo e medidas devem ser tomadas.
Não há dúvidas de que Em Chamas tem um teor político muito maior do que seu antecessor e por isso pode muito bem deixar um pouco todas aquelas emoções dos jogos à parte, tendo um início até que lento quando analisarmos pelo conjunto completo (mas que se dá necessário para nos ambientarmos na situação). Foi uma bela jogada de Collins em trazer os jogos novamente para o enredo, fazendo com que os jovens leitores (injustamente o público-alvo) não se entediem. Contudo, é bom deixar claro como o livro amadurece e traça novas reflexões para nós mesmos. “Lembre-se quem é o verdadeiro inimigo”. Esse pode ser a ponta entre o começo e o final, mas talvez seja o melhor (repleto de momentos incrivelmente aguardados para serem transmitidos nas telonas). É válido ressaltar que a autora se importa em fazer com que seus leitores compreendam sua mensagem, não deixando demasiadas pontas soltas na trama (nós sabemos o que deve acontecer, só não sabemos exatamente como). Quem diz que não gostou ou esperava mais, infelizmente não entendeu a real proposta da saga.
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A autora estreante Veronica Roth se tornou rapidamente a queridinha das listas de best-sellers dos Estados Unidos e não é para menos, Divergente é uma criação que merece reconhecimento. Ela não possui nenhum aprofundamento como Jogos Vorazes (mas calma, ainda estou no primeiro livro), entretanto já mostra novos conceitos de interpretação e se torna plausível a partir do momento em que percebemos como nossa população poderia realmente se dividir em facções.
Roth acerta em cheio em trazer uma trama adolescente em que o foco é simplesmente a iniciação da facção escolhida por Beatrice (ou Tris, para os íntimos). Não falta ação, mistério e nem mesmo romance (para os necessitados). É tudo ainda uma introdução, mas a leitura é tão envolvente que quando você vai perceber já leu mais capítulos – que não são lá muito grandes – do que imaginava. Outro ponto forte da escrita da autora são suas descrições, rápidas e objetivas. As emoções e pensamentos também não se prolongam muito, o que, vide o público-alvo, é um ótimo sinal. Os personagens também são construídos de forma com que nos identifiquemos (embora algumas mortes lá e cá ao longo da trama não nos afetem muito). É um livro despretensioso – à primeira vista – e que pode render bons frutos se suas sequências corresponderem ao enredo forte e centrado na personagem principal. Só espero que não caia naquele típico amor adolescente cheio de drama ou num fraco plot de encerramento. E cá entre nós, todos somos Divergentes!

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Os (nossos) melhores discos de 2013

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2013 prometia o retorno das divas. De Gaga a Beyoncé, passando por Britney Spears e Avril Lavigne. Mas trouxe também surpresas que agitaram as paradas musicais em todo mundo. De Ariana Grande a Lorde. E até daqueles que não tinham crédito algum.

Há quem diga que Beyoncé zerou o ano com seu álbum autointitulado lançado de surpresa numa madrugada deste mês. Outros defendem com unhas e dentes que 2013 foi o ano para Lady Gaga com seu ARTPOP. Dessa vez, resolvemos fazer diferente. Nós, equipe de música do O Que Vi Por Aí, apostamos nos nossos próprios clássicos do ano. Por meio de um top 05, elencamos aqueles discos que ficaram por horas no repeat, que nos marcaram de alguma forma indiscutível, ou que não passam de guilty pleasure.

É importantíssimo ressaltar que essa não é uma lista d'os melhores álbuns do ano. Na verdade, é, sim, mas os NOSSOS melhores álbuns. Por isso, imparcialidade pegou suas malas e partiu pra longe daqui. Enjoy! :)


5º - Night Time, My Time (Sky Ferreira)

(Night Time My Time, Capitol Records, 2013)
Há muito, Sky Ferreira vinha formando e modelando as bases de seu debut álbum para engatar de uma vez por todas a tão palpável estreia oficial e triunfal. A aura melancólica e a lírica sombria da moça se fundiram num pacto sobrenatural e o resultado foi o Night Time, My Time. Movimentado essencialmente pela solidão – que começa a exalar pro ouvinte a partir da capa –, o disco mistura sensações diferentes de torpor, até mesmo em canções com batidas mais agitadas como Boys e I Blame Myself, e o carrega para os ambientes mais sombrios da alma humana.   Se em 24 hours o eu-lírico tenta fugir das amarras de um romance limitado, em Nobody Asked Me, a cantora grita “Nobody asked me if I was ok” e parece confirmar toda a construção e musicalidade proposta pro disco. You’re not the one é o direcionamento para o pop autêntico e evidente para o qual Ferreira também se apontou.

Entre o pop obscuro e os sintetizadores abertos, cada faixa parece estar intimamente ligada ao pop dos anos 80, sem o compromisso de ser esse um simples aspecto estético. Night Time, My Time é uma obra mais-que-coesa em sua totalidade e o primeiro reflexo fixo do propósito inovador a que Ferreira se destinou.


4º - Girl Who Got Away (Dido)

(Girl Who Got Away, RCA Records, 46:07)
Dido é, senão a maior, uma das poucas cantoras que conseguem reunir um turbilhão de sentimentos nas faixas de um disco e, num certo momento, até misturar uma parcela deles e fazer o ouvinte surpreender-se com sua própria postura durante a audição. Toda sua docilidade, força e inspirações estão ordenadas harmonicamente no seu último Girl Who Got Away, um disco em que pop, folk e eletrônica se juntam ao lirismo mais sincero para encabeçar as listas das melhores produções do ano. A moça retorna ao seu passado glorioso com ousadia, mas se desvencilha um pouco do ambiente acústico dos outros trabalhos. “No love without freedom, no love without freedom”, clama Dido na canção que por si só poderia zerar o álbum, se a faixa-título não viesse logo em seguida só para confirmar o triunfo da cantora. End of night e Go Dreaming são dois belos exemplos da audácia da cantora ao passear pelo eletrônico sem deixar-se capotar pelo despenhadeiro do risco que é trabalhar com batidas eletrônicas num álbum que não tem o propósito de ser um disco dançante. Day Before We Went to War fecha o disco com sua harmonia simples e poética que, se juntando à letra, mostra que Dido sabe bem como construir imagens através de suas canções.

Em Girl Who Got Away, Dido foi tudo o que quis e até o que receava em ser. Numa época em que sair de uma zona de conforto pressupõe uma autodestruição, ousar passear por estradas arriscadas e sem perder a essência é mais do que um triunfo. E Dido o fez.


3º - The Blessed Unrest (Sara Bareilles)

(The Blessed Unrest, Epic Records, 50:35)
Todos os adjetivos mais amor da língua portuguesa ainda não seriam capazes de caracterizar o mais recente lançamento de Sara Bareilles. The Blessed Unrest é daqueles discos para se amar na primeira audição e ir elevando o nível conforme as inúmeras repetições, pra no final do dia (?), ser uma doce nostalgia. A moça te faz crer que o álbum será mais animado que Love Song com a energia contagiante de Bravevale até sair dançando no meio da rua, no restaurante, noshopping – para te mostrar que, antes de qualquer coisa, The Blessed Unrest celebra a saudade, os primeiros amores e a doce e melancólica ilusão. Manhattan é uma baladinha sustentada por um piano melódico e a voz doce de Sara, oscilando entre os graves e agudos. Em Little Black Dress, a moça brinca com os saxofones e as batidas constantes que querem arriscar em retomar o som do debut, Little Voice, mas não em sua totalidade. E assim segue o disco, oscilando entre rupturas e retomadas ao passado.

The Blessed Unrest é o retrato de Sara Bareilles experimentando coisas novas, mas seguindo em frente pelas ruas de Manhattan. Ela presenteia os fãs com sua doçura, letras bem trabalhadas e o piano da inocente Sara lá do Careful Confessions e Kaleidoscope Heart, mas não se distancia do que poderia tocar nas rádios. Um disco cíclico, porque não poderia ser outra coisa, e que te faz sair cantarolando meio mundo de seu repertório.

Destaques: Manhattan, 1000 Times, December 

2º - Native (OneRepublic)

(Native, Interscope Records, 46:44)
Pouquíssimos artistas conseguem permanecer fiéis ao seu som característico, enquanto evoluem por três, quatro ou mais anos de carreira. O OneRepublic é uma dessas pouquíssimas bandas que, além de manter-se fiel à sua essência pop-rock, consegue inovar a cada novo trabalho, passeando facilmente por outros estilos. Com o Native não foi diferente, pelo contrário, foi nele que Ryan Tedder e companhia fizeram o que só uma em cada dez bandas consegue fazer: reunir em catorze canções um pouco significativo de cada um dos dois antigos álbuns (Dreaming Out Loud e Waking Up) com maestria. Numa primeira audição, Native pode parecer uma das melhores coisas que você já ouviu do OneRepublic até então, mas quando seus ouvidos se acostumam às batidas pop-rock flertando com o folk (e até com o soul), o disco pode ir ao status de carreira-triunfal-da-banda-resumida-em-um-disco-e-a-melhor-fase-criativa-e-inovadora-de-Ryan-Tedder.

O álbum resgata a sonoridade pop-rock e ainda consegue flertar com o folk e soul e traz um OneRepublic mais pop do que nunca. Counting Stars é um pop bem animadinho e bem conceitual, que abre incrivelmente o disco e já define sua cara. Au Revoir, uma das canções que mais se destaca, conquista por sua abertura com uma belíssima orquestra e pelo clima de mistério na sonoridade embalada por um piano (sem contar os vocais extremamente suaves de Tedder). Outras como Preacher, Something I Need e Life in Color são tesouros que provam que a genialidade de seu vocalista não tem limites. Native é a prova concreta de que quatro anos de hiato não é capaz de abalar as estruturas da boa música. (review escrita originalmente para o nosso parceiro O Anagrama)

Destaques: Au Revoir, Preacher, Something I Need

1º - Too Weird to Live, Too Rare to Die (Panic! at the Disco)

(Too Weird to Live..., Decaydance Records, 32:32)
8 de outubro foi o dia em que o Panic! at the Disco zerou o ano e anulou todas as chances de qualquer álbum ser considerado o melhor do ano. Imparcialidade mandou lembranças calorosas. Too Weird to Live, Too Rare to Die é o tipo estranho e genial, doce e azedo, água e vinho, inocente e selvagem. O misto de extremos construídos genialmente por uma banda que saiu de uma zona para se riscar no fracasso. E foi o contrário. É um disco que acende a ânsia por ouvir cada detalhe, sem saltar uma faixa sequer. Batidas ritmadas, ora ordenadas, ora desesperadas, os vocais inconfundíveis de Brendon Urie, corais harmoniosos, aberturas incomuns sumarizam o disco.

This is Gospel faz jus ao título de primeira faixa para mostrar logo de cara a que veio o Panic! com esse disco. Miss Jackson vem em seguida com suas batidas maciças, corais ressonantes e efeitos que rementem a um cenário sombrio e de destruição. Se Girl That You Love perde o clima de celebração e o ritmo leve e iluminado de Vegas Lights, Nicotine os recupera e completa com todo seu sentimento de transgressão e rebeldia, transformando-na na que pode ser uma das melhores faixas do trabalho. A banda brinca em Girls/Girls/Boys sem quebrar a atmosfera desobediente da anterior, e cria imagens de jovens protagonizando uma bebedeira num fim de madrugada em qualquer lugar do mundo. Far too Young to Die é, sem medo, a melhor canção do disco. Costumo associá-la a um poema cheio de representações, metáforas e antíteses, só que com uma melodia ao fundo. São dela as batidas mais consistentes de todo o tracklist e a palavra-chave principal. Com seus 3:30 minutos que mais parecem 1:30, The End of the Things encerra o trabalho celebrando a efemeridade das coisas.

Um disco rápido cronologicamente e eterno psicologicamente. Uma celebração à efemeridade da vida, mas um alerta à dissipação inconsciente do curto tempo. 


5º - Yours Truly (Ariana Grande)

(Yours Truly, Republic Records, 46:28)
Ariana Grande entre os álbuns de maior destaque de 2013? Isso mesmo! Mesmo não tendo ganhado tanta repercussão nas premiações como “Artista Revelação” (Grammy errou feio), a compilação de músicas presente no Yours Truly merece, sim, seu reconhecimento.

A cantora que começou como atriz em séries infato-juvenis, apresentou esse ano sua faceta na música, e não é que ela se deu muito bem? Com faixas como Right There, Baby I, Better Left Unsaid e o carro-chefe The Way, ela conquistou nossos corações e garantiu um lugar na indústria musical. Comparações à parte com Mariah Carey, a voz e simplicidade que Ariana imprime em seus trabalhos transparece em sua personalidade e a torna aquela carinha meiga e adorável que nos encanta tão facilmente. É um álbum bom e bastante conciso em suas experiências (ingênua sim, boba nunca), atraindo um ritmo pop R&B que pode e deve dominar os charts futuros!


4º - Native (OneRepublic)

(Native, Interscope records, 46:44)
Tem mesmo alguém que saiba escrever e produzir músicas tão bem como Ryan Tedder? O cara é simplesmente um gênio quando se trata de unir uma melodia deliciosa a uma letra contagiante. Por trás de composições tão bem feitas (ele deu um jeito até nos agudos da Christina Aguilera em We Remain), OneRepublic não pode ficar do TOP 5 de álbuns de 2013.

O Native é tão gostoso de ouvir que realmente não tem nenhuma música que acaba te desagradando – mas tem aquelas que a gente tem uma quedinha maior. If I Lose Myself, What You Wanted, Something I Need e Preacher são apenas algumas das faixas que grudam na cabeça com seus refrões I-N-C-R-Í-V-E-I-S! Counting Stars é a grande maravilha do álbum, abusando de uma sistemática de ritmo impressionante, com variação de vocais (não tem como não gostar)! É um repertório para se ouvir, se identificar e sair cantando por aí (seja no chuveiro, na rua, no busão...). E o que dizer na capa? Uma das melhores do ano também.

Destaques: Counting Stars, If I Lose Myself, Something I Need

3º Beyoncé (Beyoncé)

(Beyoncé, Columbia Records, 66:35)
Tivemos pouco tempo para ouvir, mas já dá para amar! A atitude inovadora de Beyoncé em lançar um álbum inédito com 17 clipes do nada roubou a cena da música em 2013, mas de nada adiantaria se o repertório não fosse bom, certo? E não podia ser melhor! Temos aqui Bey de volta com seu ritmo pulsante do R&B em composições que podem até soar simples, mas muito engenhosas.

Beyoncé é tudo que pedimos diante de tantas farofadas que ainda vemos por aí – se bem que em 2013 tivemos uma bela desintoxicação. Tem como não cair de amores com Pretty Hurts? É, sem dúvidas, uma das melhores, mas são tantas boas que fica difícil escolher uma para chamar de sua. As petições vocais ~ fantasmagóricas ~ de Hunted, a viciante Drunk in Love, a deliciosa Blow, a inusitada Mine e a divertida XO. Por fim, sabemos que estamos ouvindo um dos melhores álbuns do ano por ser simplesmente aquilo que ele deve ser, sem exageros ou grandes revoluções. A ralé passa longe daqui!

Destaques: Pretty Hurts, Mine, XO

2º Pure Heroine (Lorde)

(Pure Heroine, Universal Music,  37:08)
Ela pode agradar ou não, precisar de produtos da Jequiti ou não, fazer uma de possuída no palco ou não e criticar, é claro, mas continua sendo uma das maiores descobertas da música em 2013 (menos um ponto para o Grammy em não indicá-la para “Artista Revelação”). Lorde apenas sucumbiu a todas as divas em todos os sentidos com suas músicas.

Pure Heroine está em 2º lugar porque realmente merece! As composições são ótimas e cheias de figuras de linguagem, só para destacar o intelecto de nossa lordezinha. Não somente de Royals ela vive, mas também de Team, Ribs, 400 Lux, Buzzcut Season e da mais que incrível Tennis Court – a música é só sua maior crítica a essa vidinhas falsas e infelizes. Detonando vidas com a primeira frase: “Don't you think that it's boring how people talk?”. Ela alcançou o topo da Billboard, mas suas músicas não foram feitas para agradar charts e sim para mentes que pensam (existem mais coisas entre nossa moral do que sonha nossa ética). Por isso, é um dos melhores repertórios (com 10 músicas), por não se render a mesmice ou a impetuosa desintegração rasa da música. É básico, inteligente e perspicaz com uma pitada de crítica malagueta!

Destaques: Tennis Court, Team, Royals

1º - The 20/20 Experience - The Complete Experience (Justin Timberlake)

(The 20/20 Experience, RCA Records, 70:02)
Dentre tantos retornos, o que mais abalou a continuidade do mundo da música foi, sem dúvidas, Justin Timberlake! Após seis anos afastado dos palcos, JT resolveu nos presentear não só com uma, mas sim com duas compilações de sua última investida na música. Ele trouxe de novo aquele frescor que tanto precisávamos para nossos ouvidos – corrompido pela generalização do dubstep.

The 20/20 Experience é realmente uma grata experiência (não visual como a de Beyoncé, mas do melhor bom gosto auditivo). Com faixas cada vez mais cativantes e um ritmo R&B digno dos anos 70-80, temos a impressão de estarmos viajando para o passado trazendo conosco todo o presente como uma junção do melhor das épocas. O primeiro volume pode ser mesmo a melhor das duas, contudo é impossível negar que uma complementa a outra. Suit & Tie , Tunnel Vision, Mirrors, Let the Groove Get In, Gimme What I Don’t Know (I Want), True Blood, Cabaret e Murder é tudo que nós pedimos e muito mais para ter essa essência, são melodias, ritmos, letras e notas todas entrelaçadas para o bem maior do que uma composição. No final das contas, quem sai ganhando com tudo isso somos nós com a sensação do que a música tem o melhor para oferecer.


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Britney Spears sofre caladaney em clipe de "Perfume"

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Após pisar nas outras divas após o lançamento do tão esperado e farofendo Work Bitch (só que não), Britney Spears estreia no VEVO o clipe para o mais novo single do álbum Britney Jean. Está rolando na internet uma petição para que o diretor Joseph Kahn (Toxic e Womanizer) libera a sua versão da produção após o mesmo revelar que teve que fazer cortes na edição final por pedidos da gravadora e da cantora. Segundo ele, sua versão é bem melhor. Neyde oprimida!


Assim como já falamos em nova review, Pefume é uma das composições da australiana Sia e pode não ser a melhor escolha para trabalhar com o repertório do disco, entretanto a gente dá nosso voto de confiança. O vídeo da baladinha mostra os momentos românticos de Brit com seu amado até o primeiro refrão e depois parte para uma série de cenas de recalqueney quando ela percebe que ele estava se encontrando com outra. Parece aqueles filmes de suspense bem fajuto em que a qualquer momento ela vai partir para a agressão, mas não é. Neyde sofre calada, mas não deixa de marcar seu território com uma bela mijada seu perfume. A produção é mesmo muito bem feita (cheia de foco de luz), mas sentimos falta um pouco da safadeza habitual que tanto esperávamos. É todo um drama bem choroso, mas dá pra convencer!

Assista (Cadê a nossa Britney de “1, 2, 3, Not only you and me”?):



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Review: Britney Spears e seu presente íntimo para os fãs em "Britney Jean"

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O que vem a nossa mente quando pensamos em Britney Spears? Baby, One More Time..., careca, paparazzi, louca, drogas, ToxicPor um bom período, o nome da cantora esteve sim envolvido em várias polêmicas, que resultaram em torná-la a tão comentada Princesa do Pop. Foram brigas com fotógrafos, crises de personalidade (?) e várias fotos que comprovam o momento instável pela qual ela passou, fazendo com que precisasse ter um responsável legal para cuidar tanto de sua conduta quanto de seu estado financeiro. Mas convenhamos alguém já parou para pensar na pressão que ela deve ter passado?

Entre tantos empecilhos, seu nome ficou manchado e seu lado como pessoa passou a ser mais importante do que a artista em si. E não é para menos, atualmente Britney é nada mais do que uma das celebridades mais assediadas publicamente do mundo, onde tudo aquilo que coloca as mãos vira notícia. Por isso, não podemos culpá-la inteiramente por seu surto emocional e pessoal, que também reflete sua busca pela identidade. Identidade essa que ela parece já ter encontrado.

Quando lançou o álbum Britney em 2001 (que trouxe hits como I'm A Slave 4 U), os holofotes estavam prontamente direcionados para conhecermos a real cantora da geração. O trabalho foi preciso e rendeu outros milhões, no entanto cadê a Britney que nós tanto procurávamos? O resultado foi, sem dúvidas, avassalador, imprimindo suas condições de uma mulher sexy e destemida, contudo sentimos falta de conhecer mais seu íntimo, mais daquilo que ela gosta e pensa. Com isso, aparece Britney Jean, o novo e quentíssimo álbum de Spears, que pretende também não exibir um patamar de situações vivenciadas por ela, mas sim situar como um presente íntimo para os fãs. E deu certo!

O disco abre com a tão aguardada Alien, formando uma baladinha calma e totalmente simples. As batidas se encaixam muito bem no ritmo gostosinho da faixa, que possui um pré-refrão bem convincente. Viciados na frase "Not Alone" (muitos aí pensando que era “naralon”)? Uma das preferias para os fãs para virar single (assim como por quem vos escreve), trazendo um pouco desse peculiar som que gostamos de escutar na voz de Brit. Suave e sem dubstep pesado. Deixando nossas cabeças piradas, somos levados direto para as batidas cruas e incisivas de Work Bitch. O carro-chefe do álbum é nada mais do que uma farofa muito bem produzida, por sinal (pontos para Will.Sou.Eu), porém achamos meio distorcido e confuso em meio ao repertório tão singelo composto por baladas. Assim entra Perfume para diminuir o ritmo e podemos dizer que amamos essa oscilação da cantora com seus graves. Essa sim podemos pautar o não uso de auto-tune condizendo com a melodia suave. Tudo parece se encaixar bem, apesar de considerarmos a letra um pouco mal explorada – isso levando em conta que é uma composição da australiana Sia, responsável pelos hits tão bem escritos como Diamonds de Rihanna e Titanium de David Guetta. É boa e dá para o gasto de persuadir os charts como um single.


Voltando para esse dubstep impregnado, temos It Should Be Easy. A música estava prevista para adentrar no disco de Will.I.Am, mas foi descartado após vazar na internet (o que é uma grande pena – só que não). Ela soa bem repetitiva e em nada contribui para controlar os motivos para conhecer o lado mais Britney e menos comercial. Mais uma vez, Will precisa deixar essas vozes auto-tunadas horríveis – esse foi o fator principal para estragar a música, que já não é boa. Entretanto, depois de Gretchen tanto reclamar da falta de uma base urban conceitual no repertório, vem Tik Tik Boom para nossa alegria. A faixa continua abusando nas batidas e de um refrão bem repetitivo, contudo a parceria com T.I. quebra essa tensão individual. A canção é uma daquelas que ouvimos e já entramos facilmente em seu lado lírico. Quanto à Body Ache, vamos usar uma frase bem Neyde para descrever: “Só digo uma coisa: Não digo nada. E digo mais: só digo isso”. Ela soa bem como uma reciclagem bem barata de Scream And Shout, parceria de Britney com olha-ele-aí-de-novo Will.I.Am.. Nada de novo, nada de bom, mais do mesmo!

E tudo leva a crer que a parte comercial está prestes a dar espaço para o lado minimista e íntimo de Britney, mas não antes de Til It’s Gone. A música não é ruim, muito pelo contrário traz uma ótima singularidade com frases silábicas (já ouvida antes em outras faixas da própria cantora), mas seu refrão ainda na base eletrônica cansa se somado ao repertório na íntegra. Cantamos e sofremos um pouco para finalmente chegar a uma das composições mais bem feitas: Passenger. Com uma introdução quase nostálgica das trilhas sonoras de videogames, temos aqui um dos melhores refrões do álbum, que passa por essa sensibilidade e melodia das antigas músicas de Neydoca. Ela não faz mais a muda, ela agora canta (e sem tanto auto-tune). Nossa aposta para single é com certeza essa. E se tudo esta caminho para o melhor, essa expectativa só aumenta quando ouvimos Chillin’ With You, parceria com sua irmã Jamie Lynn Spears. Além de flertar com a percussão do country, encontramos versos tão singelos ao ponto de nos fazer cair de amores quando Jamie entra para cantar. Sua voz mais grossa e meiga faz uma belíssima combinação com o ritmo – ainda mais quando chega ao refrão.

Já na décima faixa do disco, damos de cara com um título bem provocativo a um tal de JT. Don’t Cry realmente soa como uma responde muito bem dada ao hit do cantor de POP e R&B, Cry Me A River. Com o coração partido, Britney canta sobre estar pronta para superar aquela relação e pede para seu parceiro não chorar (apesar de ela mesma assumir que não conseguiu conter as lágrimas). Acabou a versão standard, porém não chorem já que Brightest Morning Star vai tocar na Deluxe. Dona de uma das melodias mais deliciosas, a forma como as frases são ditas tornam tudo mais lindo. Trocaríamos sem medo qualquer uma das farofas acima por ela. Não tem como não amar o ritmo já mesmo na primeira ouvida. Hold On Tight também tem um refrão muito animador e confiante, embora os versos na primeira estrofe em si não acrescentem muito. Finalizando, Now That I Found You é uma bela e até descarada mistura de Wake Me Up do Avici com Timber do Pitbull e Ke$ha. O break eletrônico é nitidamente igual aos citados e não restam dúvidas de que houve sim uma inspiração (pelo menos do primeiro), mas nada que estrague o sentido mais country e puro da canção. E apenas desnececyrus uma versão remix de Perfume no final da tracklist!

Então, o que podemos dizer sobre Britney Jean? Começamos com a afirmação mais do que necessária de que o álbum homônimo não representa completamente a personalidade de Britney Spears, afinal fica evidente o controle da gravadora e dos produtores envolvidos em terem um segundo plano comercial caso as melhores faixas não se derem bem nas paradas musicais – o que, ocasionalmente, pode acontecer. Serve apenas como pressuposto de uma parte da estrela (que tem co-autoria em todas as faixas) e um símbolo de carinho e amor para seus fãs. Como ela já havia comentados anteriormente, o disco foi feito pensado em seus fãs e não somente em seus sentimentos e experiências. Não pode ser considerado nenhum marco em sua carreira (o que em um ano de grandes retornos, parece estar sendo bem complicado de alcançar), contudo simboliza um amadurecimento musical - mesmo que mínimo. O ícone de muitos também tem uma vida e essa deve ser uma de suas prioridades. Afinal, se você quer ser uma Princesa do Pop, “you better work, bitch”!




Artista: Britney Spears
Álbum: Britney Jean
Lançamento: 3 de Dezembro de 2013
Selo: RCA / Sony
Produção: will.i.am, Anthony Preston
Duração: 51 min
Gênero: POP

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Demi Lovato é a baladeira do pedaço em clipe de "Neon Lights"

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Mas o que é isso, minha gente? É Neyde muda dançando? É Miley soltando as línguas e ousadias da vida? É Kátia abusando do fogo? Gaganás renovando o pacto? Não, é o SAMBA da Demi Lovato. Isso mesmo, a cantora prometeu um clipe lindamente incrível (só abusado na nudez e luzes de neon) para Neon Lights, novo single do álbum DEMI, e o resultado não poderia ser diferente.

Temos Demi abalando nossas estruturas e divando na cara da sociedade e das inimigas em uma balada. Ela aparece sensualizando toda pelada na água (pontos para a piscina), fazendo uma propaganda básica do novo relógio inteligente da Samsung (o celular só pode ter travado, porque não saia daquela foto de jeito nenhum), colocando as poses com caras e bocas para funcionar e, de quebra, caindo na pista. Só nó que não nos convencemos com esse estilo baladeiro de Demi? No entanto, o bom mesmo é que ela não força essa imagem de garota que só curtir a vida na pista de dança e por isso que amamos tanto (tem até espaço para trajes mais alternativos). O certo mesmo é se divertir do seu jeito – seja ele pelado e fluorescente ou não!

Vem cá conferir (Vídeo não recomendado para menores de 18 anos. Contém: cenas de orgasmo):



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Katy Perry pega fogo, sofre na neve e é atropelada em clipe mais que lindo de "Unconditionally"

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Confessamos que quando Katy Perry resolveu investir em uma baladinha para o segundo single do álbum PRISM, não ficamos nem um pouco animados, mas é aí que entra Katia e suas peripécias únicas e lança esse clipe lindo e maravilhoso. A produção audiovisual de Unconditionally foi lançado nessa quarta-feira (20/11) para o mundo, trazendo a direção impecável de Brent Bonacorso, e podemos dizer que estamos incondicionalmente prismados de encanto!

O clipe parece até ser um Firework 2.0, mas traz muita originalidade e condiz com o conceito da música. Até a transição de cenas segue perfeitamente o ritmo da melodia e as batidas, o que torna nossa visão como espectadores ainda mais admiráveis. A cantora recita os versos entre intensas danças coreografadas por seus dançarinos, que utilizam de trajes de época para deixar mais fascinante o modelo real adotado. O modo como o fogo é retratado, tanto no corpo de Katy quanto na cama, fortificam o sentido da faixa. É impressionante os detalhes visíveis, como a neve percorrendo e cabelo escuro de Katia e as penas da coruja. No final, toda a intensidade do ‘amor incondicional’ é demonstrado pela colisão com o carro, onde podemos notar o vidro do retrovisor se espatifando diante da força do sentimento dela. Muitas cenas em slow-motion também mostra a dedicação extraordinária para edição e aplicação de efeitos especiais (quem não queria pular lá como o menininho?). É uma produção digna de filmes e todos os envolvidos merecem vários Applauses!

Assista (:o):



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Review: Jennifer Lawrence é o tordo de "Jogos Vorazes: Em Chamas"

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Vivendo sobre um momento de muitos conflitos e manifestos da população reivindicando melhorias nas condições de vida, Jogos Vorazes: Em Chamas nunca se fez tão oportuno. Logicamente que o lançamento do filme no Brasil antes de todo o mundo não passou de uma feliz coincidência com as causas relacionadas à revolta das multidões, afinal a estreia no feriado sempre foi o principal alvo da distribuidora. A adaptação para os cinemas da obra de Suzanne Collins traça uma maturidade e assertividade muito mais eficaz que outras grandes sagas consagradas (Harry Potter é o único que se igual em função de qualidade) e começa aqui a adquirir sua personalidade própria tanto no cinema como na literatura norte-americana.

Para os amantes de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), a sequência traz a personagem exibindo mais vigor de suas características e um censo mais abrangente de suas decisões, que afetam toda a Panem. Após vencer o massacre de jovens dos 74º Jogos Vorazes e, de certa forma, burlar o sistema da Capital, Katniss se transforma em uma esperança para as pessoas que vivem nos distritos se rebelarem e lutarem para ter seus direitos dignos de convivência. Ela só percebe o alcance desse poder quando participa da Turnê da Vitória, que tem como função apresentar o vencedor (nesse caso, vencedores) dos jogos e induzir a população sobre a influência da Capital, ao lado de Peeta Mellark (Josh Hutcherson), com quem vive uma falsa relação de amor em prol da aceitação do público. Sendo uma eminente ameaça, o presidente Snow (Donald Sutherland) não tem alternativa a não ser eliminá-la, só que de uma maneira bem mais discreta e avassaladora. Acontece, portanto o Massacre Quartenário, uma edição especial dos jogos, que escolhe para voltar à arena os vencedores anteriores. Com isso, Katniss agora terá que não somente desafiar a Capital, mas também a si mesma.

Não há como negar que Jogos Vorazes exerce uma intensa dominação sobre o público jovem, que lotam salas de cinema para vibrar a cada cena, porém é importante ressaltar em como o enredo central é envolvente e condiz com nossa realidade. Será que só as pessoas da Capital convivem com o apelo sensacionalista da televisão? O governo corrupto e superficial só existe em Panem? A reflexão que tantos temas voltados para nossa sociedade pode causar não é apenas um fruto da imagem heroica de Katniss Everdeen, mas também um conceito mais amplo que atribui o sentido da força e presença efetiva da mulher.



A junção dessa base predominante de revolução com a de produções hollywoodianas, traz um longa-metragem repleto de sentidos de coragem, persistência e gêneros de ação, aventura e um suspense linear que nos guiam para a interpretação das razões pela qual a protagonista faz suas decisões. Muito mais personificado que o primeiro (afinal o orçamento quase que dobrou, com 140 milhões de dólares), os elementos mais perspicazes presente nas páginas do livro de Collins reflete intensamente nas telas, incluindo falas épicas e as descrições dos cenários. Contudo, por ser uma sequência é impossível assimilar certos fatos sem um conhecimento prévio e mesmo com o primeiro filme em mente, algumas atribuições chegam a ser jogadas para o espectador – visando que seja o mais inteligente possível para compreender sem aquela explicação à lá papinha de bebê. Por isso, a trama estabelece um patamar ainda mais sólido e dialoga com as pessoas que assiste da maneira mais aceitável.

Atuações como a de Sam Claflin como Finnick Odair, que deve ter tirado muitos suspiros das garotas, Jeffrey Wright como Beette, que mostra que a inteligência nata vale mais que músculos na arena, Jena Malone como Johanna Mason, que chegou a surpreender muitos fãs com a personalidade rebelde e incisiva (roubando a cena), e de Lynn Cohen como Mags, que aposto ter tirado muitas lágrimas, dão todo o sentido para nos identificar e criarmos laços de afetividade – que é o fator principal para um envolvimento maior. Créditos grandes também para o trio, composto por Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson e Liam Hemsworth. Mais do que nunca, ele mostraram que conhecem seus personagens e souberam contextualizar perfeitamente com as emoções e aflições transpassadas para o telão. Nesse caso, destaque para a vencedora do Oscar (seu salário foi de 500 mil do primeiro filme para 10 milhões), que se tornou o verdadeiro tordo para a franquia – capaz até mesmo de salvar qualquer falha que, por ventura, venha surgir. Aplausos para Woody Harrelson como o excêntrico Haymitch (e suas ótimas sacadas para um alcoólatra que nos faz rir, docinho), Elizabeth Banks como a adorável Effie (quem não se comoveu vendo ela disfarçar as lágrimas no momento da colheita?) e Lenny Kravitz como o incrível Cinna (“Lembre-se, eu ainda continuo apostando em você, garota em chamas”, _|||_).

O diretor Francis Lawrence conduziu muito bem as fimagens, dando a cada ator o desejo de trabalhar prontamente para seu personagem. Como não vibrar com as cenas e cenários impecáveis? Os efeitos especiais são de primeira e nos permite realmente acreditar no que está sendo mostrando, como a névoa trazendo à tona queimaduras vívidas e doloridas e os macacos mutantes preparados para atacar. A fotografia e trilha sonora dão esse ar sombrio que o filme pede e registra a amplitude como as cenas são passadas.

Compartilhando de muitas emoções, Em Chamas pode sim ser considerado muito superior ao original, deixando o espectador ainda mais atento e seduzido pela obra. Não restam dúvidas de que a saga tem muito a oferecer, não só como entretenimento, mas também como um abrangente símbolo de esperança (este o título do último livro, que por questões lucrativas, será dividido em duas partes nos cinemas). Está aí um ótimo filme que não tem medo de lutar, acreditar e ousar quando necessário. Afinal, agora todos nós somos os tordos!



The Hunger Games: Catching Fire
Diretor: Francis Lawrence
País de Origem: EUA
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth
Ano de Lançamento: 2013
Distribuidora: Lionsgate / Paris Filmes
Duração: 2h 26min

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A aflição e desespero de Rihanna em clipe de "What Now"

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Passando pelo abstrato e sombrio Diamonds, emotivo Stay e twerkeiro Pour It Up, Rihanna estreou no começo a tarde dessa sexta-feira (15/11) o tão esperado vídeo para “What Now”, escolhido como 4º single do álbum Unapologetic (sim, mesmo sem ter clipe, a farofa Right Now tocou nas rádios dos EUA). Já comentamos que o disco possui muitas outras faixas que podiam ser melhores aproveitadas, mas não é que What Now caiu bem nessa fase mais baladinha de RiRi.

Pelas prévias divulgadas, tudo indicava que vinha por aí um provável Disturbia 2.0, cheio de contorções (O Exorcista que se cuide!) e sofrimentos (sentimos também uma pitada de Russian Roulette). Apesar disso, Rihanna não está para criar novas referências de seus clipes, mas sim exibir toda essa aflição e desespero que a letra da música carrega. Temos seus movimentos sendo acelerados e trechos de outros cenários em preto e branco, contribuindo para a imersão nesse caso de filme de terror feat. drama romântico (alguém mais achou que ela em uma daquelas salas isoladas de um hospício?) recheado de emoções propositais de RiRi. No final, gostamos mais do que a rebolada de grana de Pour It Up e o banho bem tomado em Stay.

Vem cá ver (e tente não focar na testa):



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Review: "ARTPOP" é ou não o álbum do milênio?

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É inegável a força que Lady Gaga exerce atualmente em seus fãs e na música pop, de maneira geral, tornando-se um verdadeiro ícone da nossa geração. Ela é para os jovens de hoje como Madonna foi para muitos na década de 80-90. A referência à Rainha do Pop (cá entre nós, uma rainha nunca perde sua coroa, leia aqui) não pode ser considerada como um insulto tendo em vista que ambas marcaram/marcam suas épocas. A questão de não expressar afeição por uma ou outra não significa que um amante de música pop está sendo poser, mas não tem como deixar de reconhecer que ambas deixam um legado a cada passo que dão em suas carreiras.

Foi assim quando Gaga explodiu com os hits do álbum The Fame, até hoje considerado por muitos como seu melhor repertório. A ascensão cresceu muito rapidamente e, nesses casos, é comum ser amargurado pela vítima do segundo disco. Isso não aconteceu com o Born This Way, trazendo uma legião de admiradores e um conceito todo poético e repleto de referências sobre quem devemos ser (resposta: nós mesmos). Apesar de o disco ter se dado bem em vendagens, faltou àquela motivação e espontaneidade de antes, não caindo tão bem no gosto popular. Agora com o ARTPOP, ela não quer fazer promessas, apenas espalhar sua musica – o que para nós já é o suficiente. Voltando a usar cabeças de Bob Esponja, fazendo os clipes mais loucos e exibindo seu talento incontestável, temos um álbum repleto de arte no POP ou vice-versa.

A tentativa de trazer arte para as músicas cai bem com Aura, faixa que abre o repertório. Alguém mais se sentiu em filme de terror com essa introdução apavorante? Ela recita os versos de forma tão descontraída em meio ao dubstep pesado, que é impossível não cair de amores. Temos a presença de Zedd nas batidas contagiantes e a melodia mais Djada possível da dupla israelense Infected Mushroom. É aquela oportunidade de oltar na pista dançando ao seu “modo estranho de ser”.


E o que falar de Venus? Já podemos mudar de planeta? A música, na verdade, já começa no estilo dançante e nos parece conduzir para sermos abduzidos por Gaga invocando a deusa do Amor, Vênus. Mitologia, astronomia, é muito amor para uma música só.  Deixando as inimigas no chão, a faixa é de composição e produção unicamente da cantora, que parece ter aprendido bastante batendo cabelo nos estúdios. O tom que ela impõe em sua voz é viciante e somos fisgados por sua vibe futurística!

Como se já não estivesse tudo muito bom, G.U.Y. faz a reserva em nossas cabeças! Quando somos introduzidos ao refrão, a repetição das letras gruda como chiclete em nossos pensamentos e se torna impossível não se render ao eletrônico que ela traz – Zedd acerta mais uma vez. Os versos só intensificam como Gaga faz a relação entre a igualdade de sexos e constrói essa intertextualidade com as siglas (GUY = Girls Under You) e ainda dá aquela deixa (uma piscadinha, diga-se de passagem) para aproveitarmos a noite na cama.

Preparando o terreno para cair de vez no sensual, temos a ótima e pervertida Sexxx Dreams. É nada mais que aquela música que você faz quando está em seu momento íntimo com você mesmo. Cheia de pensamentos sexuais e batidinhas fortificantes, não é aquela que você gosta já na primeira ouvida, mas se acostuma (como tudo na vida). O que seria de um ARTPOP se não houvesse as confissões safadinhas de Gaga? Sentimos o cheiro de couro desde Venus!

Com Jewels N’ Drugs, a cantora sai um pouco de sua zona de conforto, mas nada de surpreender muito. O refrão da música traz uma melodia de arrepiar com vocais bem interpretados, porém tudo soa muito artificial diante de tantos palavrões e versos meramente ilustrativa. É uma faixa suja e os rappers que nela cantam (Nicki Minaj #xatiada por não ter sido convidada) só contribuem para deixá-la sem essa dinâmica tão boa que estávamos ouvindo. É a música Lost, que não devia estar ali!

Por favor, alguém promove MANiCURE logo para single! É tudo que a gente pede para Gaganás nos cultos de POP (afinal todo mundo tem pacto hoje em dia!). É a chiclete que amamos cantar o dia inteiro no ônibus, fazendo faxina, trabalhando, estudando e até dormindo. A introdução e pós-refrão com toques de guitarra são perfeitas, fazendo uma relação com o duplo sentido do título (É manicure para o feminismo ou uma cura para um homem? Os dois!).


Chegou o momento R&B que A-D-O-R-A-M-O-S! Do Want U Want, a princípio, parece ter aquela carga sexy e de liberdade, contudo também passa como um desabafo para cantora sobre o assédio da mídia. Então, basta fazer o que quiser com nossos corpos! O arranjo bem oitentista se mistura com as batidas constantes e nós sentimos aquela imensa vontade de dançar. O estilo sambista que a faixa carrega só melhora quando Gaga se junta aos vocais de R. Kelly, que canta aqui como pressuposto do caso da cantora. Conhecendo ela pelo bom e velho eletrônico, é uma boa forma de continuar induzindo essa sua ideia de inovação. Vamos nos entregar nessa noite deliciosa?

 A melodia crescente de Artpop, música que dá título ao álbum, nos faz viajar em sua vibe muito gostosa e sem pretensões aparentes. Você pode festejar a arte que você tem e acredita! Pode até não ser a melhor do repertório, porém é inegável que traz o significado mais puro e sedutor do POP. O estilo que tanto amamos é descrito e exemplificado nos versos de maneira tão eficiente que somos transportados para esse pensamento de que arte não é somente o que você vê, ouve e sente, mas também o que te inspira!

O eletrônico vem com tudo em Swine! Enquanto tantos implicam com as farofas que ouvimos diariamente, aqui temos uma melodia crua do dance que nos instiga a querer mais. O poder de destruição da faixa é tanta que se bem desenvolvida nos charts da vida, não só acaba com carreiras, mas enterra muitas divas por aí! Gente, é HINO para dançar loucamente nas baladas.

Donatella é como aquela sua prima chique da capital que vem te visitar no interior. Gaga faz uma ilustre homenagem a sua amiga e uma das estilistas mais poderosas, Donatella Versace. É aquela que você quer ostentar para os ricos, fashions e recalcados. A base eletrônica ainda é bem presente na faixa e embora tenha um refrão bem complicado de se compreender (é para os fortes), dá para curtir legal, sem exagerar no brega e expandir seu amor pela moda!

Como toda boa artista com várias facetas, a moda também faz parte de Lady Gaga. Entendemos isso muito bem na faixa anterior, porém ela cisma em repetir isso em Fashion!. Com um dubstep até bem controlado, é uma grata surpresa não ser uma farofa mirabolante vindo to time de produtores que tem (David do Gueto, Will.Sou.Eu e Giorgio Tuinfort). Não é nenhuma revolução nas passarelas, mas já tem corpinho ideal para desfilar!

Por que não reforçar o pacto? Deixando mais abordagem para as polêmicas, Gaga canta sobre maconha e sua visita frequente ao papis para continuar desfrutando das coisas boas da vida, em Mary Jane Holland. Descrito como outra parte de seu alter-ego,  a faixa não empolga e muito menos salva. Se o refrão é uma chatice que só, no pós-refrão caímos no sono (nada que Lana Del Rey precise se preocupar!). Digamos que está em um nível bem abaixo das outras!

A maravilhosa Dope é apoiada no piano e mostra uma Gaga fragilizada, cheia de arrependimentos e declarações de amor. A baladinha tem seu valor e ouvir essa voz praticamente nua da cantora não tem preço! É tão sentimental que conseguimos nos envolver em seus versos tão bem compostos. Sem nenhum toque de batidas cansativas ou dubstep, é a Gaga crua que tanto sentimos falta com o passar dos anos.

Vamos fazer petição para Gipsy virar single já? A faixa lembra bastante a grandiosa The Edge Of Glory e não tem como ouvir e simplesmente deixar pra lá. Produzida por RedOne, é a mais fácil para cair de amores e correr pela casa correndo. A emoção meio Shakira feat. Liberdade Waka Waka é ótima de se sentir e suplicamos para um clipe decente AGORA!


 Para finalizar da melhor forma possível, só dando esses Applause na cara! O carro-chefe do ARTPOP é divertido e descompromissado, não entregando todo o conceito do álbum e contribuindo para essas frases tão “inteprete-como-quiser” de Lady Gaga. Para que ficar pensando em problemas? Viva o momento e seja um artista, almejando aplausos e mais aplausos. A parte artística que a faixa busca representar tem muito mais fundamento diante do repertório, que mais do que aplausos, tem como objetivo, encantar, inspirar e motivar!

Concluindo, ARTPOP é como aquela criança sapeca que nos divertem tanto. E respondendo a pergunta do título dessa review, aqui não temos o álbum do milênio, mas temos um pedacinho de toda Lady Gaga que queremos e simplesmente por isso já valerá a pena mergulhar nessas letras, melodias e ritmos. As 16 faixas não tentam trazer uma obra-prima cultural, apenas entreter e passar sua mensagem: ARTE, viva pela ARTE!




Artista: Lady Gaga
Álbum: ARTPOP
Lançamento: 11 de Novembro de 2013
Selo: Interscope / Universal
Produção: Gaga, Vincent Herber, Zedd
Duração: 47min
Gênero: POP


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