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As melhores leituras de 2013

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Um ano com poucas ou muitas leituras sempre rende algumas “daquelas leituras”. As que vão te envolver mais facilmente, as que vão dizer muito sobre você, ou as que vão tocar no âmago do seu “eu”. 2013 foi um ano pouco rentável pra nossa equipe, mas nem por isso deixamos de elencar nossos 03 melhores livros lidos neste ano e explicar porque o são, ou pelo menos tentar, porque, como dizem por aí, nunca conseguiremos dizer tudo o que desejamos sobre uma obra que possui um lugar especial no nosso coração. Confira:


Devo confessar que os meios aos quais tenho me inserido nos últimos meses fizeram irromper em mim a ânsia por leituras que há muito venho adiando. E ler Cem Anos de Solidão foi uma dessas gratas influências, que me arrastou para os cenários de Macondo para acompanhar, ao lado da matriarca dos Buendía, a saga de uma estirpe condenada à solidão.
Apesar de suas quase 500 páginas, a leitura flui facilmente e você se vê envolvido já nas primeiras páginas. Cem Anos de Solidão é o tipo de obra em que você vai sentir agonia quando Rebeca come terra compulsivamente, dor por ver José Arcadio Buendía largado embaixo do castanheiro, tristeza pela desolação de Aureliano quando perde sua frágil e pueril esposa, e estima por Úrsula, que sustentou a família até os seus mais de 100 anos. García Márquez parece ter escolhido cada palavra com tanto cuidado, porque cada uma tem sua importância na narrativa de realismo fantástico.
Gabo, através de sua narração que ultrapassa os limites da criatividade, consegue fazer reflexões politizadas acerca da sociedade do século XX, além de divertir, emocionar e fazer sonhar.
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Genial. O adjetivo que melhor caracteriza Neil Gaiman e sua mais recente obra, O Oceano no Fim do Caminho. Essencialmente nostálgico, Gaiman narra um dia de volta às memórias na vida de um homem que, ao retornar à casa em que viveu sua infância e encontra, no fim do caminho, a fazenda das Hempstock – outro lugar que o marcou em seus tenros anos –, se vê recordando o passado sentado num banco em frente ao oceano de Lettie, e ali fica até o início da noite.
Um livro curtíssimo – que causou frustração, afinal, queremos sempre mais Gaiman –, mas que entregou tudo o que prometeu. O autor, brilhantemente, usou-se de referências do cotidiano para inserir sua fantasia. O menino protagonista – sem nome, o que achei genial – é o típico aventureiro, receoso e leitor, que questiona tudo o que sua imaginação permite. Por exemplo, numa passagem menciona-se o fato de os adultos só o serem por fora, pois ainda eram crianças por dentro, com seus medos e ilusões.
Além do aspecto reflexivo e crítico, Gaiman carrega sua obra de ação, que começa lentamente com cenas mais leves até atingir o ponto máximo no embate entre o menino e Ursula Monkton. Essa característica de narrativa vagarosa, sem pressa nenhuma, Gaiman faz com maestria, para que seu leitor penetre nos personagens e sorva cada detalhe até o ápice da estória.
O Oceano no Fim do Caminho é a prova de que ainda é possível escrever fantasia sem cair no abismo dos clichês que depredam obras do gênero, e que só vem reforçar – ou relembrar – as razões pelas quais Gaiman é o maior nome da literatura fantástica da atualidade. 
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Ler George Orwell sempre foi uma urgência na minha vida de leitora, e A Revolução dos Bichos foi um acertado primeiro contato. Apesar de ser uma obra que destoe um pouco da narrativa do autor, em relação à linguagem, a obra talvez seja a mais adequada para encarar Orwell pela primeira vez – minha experiência com 1984 me permite afirmar isso. O livro é um “conto de fadas rural” – como o próprio autor o definiu – que narra a vida de luta pelo fim da resignação de um grupo de animais de uma fazenda. Quando Major, um porco velho, sente que sua hora está por vir, compartilha um sonho que teve na noite anterior, com a intenção de libertar os outros animais da fazenda da submissão ao fazendeiro explorador, Sr. Jones. A partir daí, inicia-se a revolução para a derrubada daquela hierarquia abusiva e instauração de uma sociedade igualitária.
A Revolução dos Bichos é uma leitura rápida e fácil, mas carregada de crítica, e disso todo mundo já sabe. Orwell usa-se de uma fábula – com todas as representações de bichos construídas genialmente – para narrar, de certa forma, as condições em que se encontrava a União Soviética nas décadas de 1930-40, quando no comando de Stalin, não democrático, totalitário e que pregava os ideais de um falso socialismo.  
Uma obra que consegue ser atemporal e de importância incalculável à sociedade, que sempre vai nos lembrar que de vez em sempre encontraremos um porco por aí.
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Menções honrosas
Apesar de ter sido um ano de poucas leituras, 2013 também foi um ano de ótimas leituras, por isso, seria injusto e um martírio pra minha consciência leitora se eu não citasse, ao menos, outros três livros que me marcaram de alguma forma.
- Os Sofrimentos de Jovem Werther, que há muito ansiava pela leitura, e foi decisivo num momento delicado da minha vida – sem citar o fato de ter sido uma volta à época em que me apaixonei pelo Romantismo, quando no primeiro contato.
- As Vantagens de Ser Invisível, uma obra delicada e que deve ser lida com os olhos da sensibilidade.
- Bubble Gum, o maior e mais prazeroso soco no estômago que levei durante o ano. Lolita Pille ganhou-me já nas primeiras páginas pra me dar um “acorda pra vida” mais à frente da narrativa. 


Falar sobre as principais leituras que me chamaram a atenção em 2013 é um pouco difícil, visto que li alguns livros interessantes. No entanto, escreverei algumas linhas sobre três livros que se destacaram. 


O livro A Ordem do Discurso, de Foucault, enfatiza o lugar dos discursos e dos sujeitos, uma vez que nem tudo pode ser dito por qualquer pessoa ou em qualquer lugar, já que existe uma hierarquia discursiva e certos tabus no que pode ser dito ou não dito. 
Com a leitura desse livro pude perceber como os discursos constituem e como estes agem sobre os sujeitos, uma vez que os discursos estão ligados ao desejo e ao poder. Sendo assim, os indivíduos assumem diferentes identidades e posicionamentos de sujeitos, construindo, desse modo, constantes movimentos, transformando-se de acordo com o tempo e o lugar desse sujeito nos quais estiver inserido. Dessa forma, os discursos constituem os corpos e as instituições os sujeitos.

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A segunda obra que escolhi foi As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis. Esse autor é simplesmente incrível quando se trata do tema envolvendo fantasia. Porém, farei uma delimitação no livro e falarei apenas sobre o discurso religioso presente em todas as sete crônicas. Lewis traz o leão, Aslam, como a personificação de Jesus Cristo. Com toda ideologia da criação do mundo em sua obra, muitas vezes alguns personagens assumem papéis bíblicos.
Há temas relacionados às indiferenças, alegria, à justiça e ao perdão e a questão da irreligiosidade de Susana. Por ter usado a representação antropomórfica de Jesus Cristo, o autor foi avaliado como herege por alguns cristãos e organizações cristãs. De certa forma, Lewis aplicou esse discurso religioso no livro, tendo em vista que ele empregou a temática cristã de passagens bíblicas em histórias ficcionais. Mas como disse o próprio Lewis: "I wrote the books I should have liked to read. That's always been my reason for writing." 
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As vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky vai muito além de um conflito adolescentes, já que o autor traz na temática não só primeiras relações amoras, mas também dramas familiares e novos amigos, sonhos e caminhos.
Chbosky retrata a importância da amizade e principalmente a fuga da vida cotidiana, dando aos personagens a oportunidade de se sentirem infinitos e buscar novos horizontes. Dessa forma, essa obra é a transição da adolescência para a vida adulta, do ensino médio para a faculdade. É, portanto, a busca constante de se encontrar e se firmar como sujeito numa contemporaneidade em pleno movimento. 



Cá estou tentado lembrar como conheci Jogos Vorazes. Tenho certeza de que enganei meus amigos para irmos ao cinema, fingindo que a sessão de outro filme seria justamente na mesma que de THG. Só não poderia imaginei que estaria não apenas vendo um filme distópico cheio de efeitos especiais, mas também o que viria a ser uma das minhas sagas favoritas.
Dado interesse, comprei o livro e comecei a lê-lo (por indicação de, logicamente, Amanda – que era só elogio para o romance de Suzanne Collins). A trama em si nunca me causara tamanha afabilidade com Katniss Everdeen, mas bastou ler alguns capítulos e pronto, já estava encantando com essa jovem durona e destemida.
O livro é uma ótima leitura para quem deseja se aventurar por um mundo pós-guerra onde o governo é o seu opressor. Pode-se dizer que Jogos Vorazes é uma das sagas mais bem escritas para jovens publicadas até hoje, não por seu apelo que foca menos em triângulos amorosos melosos ou o risco de apontar um massacre entre jovens, mas sim pela forma como consegue reter críticas a Capital (nosso governo) e seu controle contra a população. Seríamos nós meras peças nos planos de um perverso e poderoso Presidente? Pode apostar que sim. Outro assunto a ser destacado é o modo como Collins dialoga essa manipulação da mídia, fazendo uma assimilação aos reality-shows (“Survivor” mandou lembranças) com esses apresentadores sarcásticos e divertidos (é o dom de Caeser Flickerman em te fazer rir ou se emocionar). Os diálogos são bem construídos (e não estão só ali para servir de enfeite), assim como seus personagens, e apesar de ter uma narrativa um pouco limitada por ser em 1ª pessoa (tudo acontece pelos olhos de Katniss), nos prende de tal maneira que é impossível não ansiar pelos próximos acontecimentos. Trata-se de um livro para introduzir mesmo a trama, deixando um pouco de lado toda essa parte sócio-política – o pontapé inicial para atrair adolescentes a saírem do modismo de vampiros e ter um olhar mais crítico, mesmo que superficial.
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Depois de se deleitar com o aperitivo que é Jogos Vorazes, nada mais justo do que aproveitar a refeição deliciosa que é Em Chamas. A trama continua envolvente e agora temos em maior âmbito a realidade cruel dos distritos e a superficialidade da Capital. Katniss é o tordo e medidas devem ser tomadas.
Não há dúvidas de que Em Chamas tem um teor político muito maior do que seu antecessor e por isso pode muito bem deixar um pouco todas aquelas emoções dos jogos à parte, tendo um início até que lento quando analisarmos pelo conjunto completo (mas que se dá necessário para nos ambientarmos na situação). Foi uma bela jogada de Collins em trazer os jogos novamente para o enredo, fazendo com que os jovens leitores (injustamente o público-alvo) não se entediem. Contudo, é bom deixar claro como o livro amadurece e traça novas reflexões para nós mesmos. “Lembre-se quem é o verdadeiro inimigo”. Esse pode ser a ponta entre o começo e o final, mas talvez seja o melhor (repleto de momentos incrivelmente aguardados para serem transmitidos nas telonas). É válido ressaltar que a autora se importa em fazer com que seus leitores compreendam sua mensagem, não deixando demasiadas pontas soltas na trama (nós sabemos o que deve acontecer, só não sabemos exatamente como). Quem diz que não gostou ou esperava mais, infelizmente não entendeu a real proposta da saga.
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A autora estreante Veronica Roth se tornou rapidamente a queridinha das listas de best-sellers dos Estados Unidos e não é para menos, Divergente é uma criação que merece reconhecimento. Ela não possui nenhum aprofundamento como Jogos Vorazes (mas calma, ainda estou no primeiro livro), entretanto já mostra novos conceitos de interpretação e se torna plausível a partir do momento em que percebemos como nossa população poderia realmente se dividir em facções.
Roth acerta em cheio em trazer uma trama adolescente em que o foco é simplesmente a iniciação da facção escolhida por Beatrice (ou Tris, para os íntimos). Não falta ação, mistério e nem mesmo romance (para os necessitados). É tudo ainda uma introdução, mas a leitura é tão envolvente que quando você vai perceber já leu mais capítulos – que não são lá muito grandes – do que imaginava. Outro ponto forte da escrita da autora são suas descrições, rápidas e objetivas. As emoções e pensamentos também não se prolongam muito, o que, vide o público-alvo, é um ótimo sinal. Os personagens também são construídos de forma com que nos identifiquemos (embora algumas mortes lá e cá ao longo da trama não nos afetem muito). É um livro despretensioso – à primeira vista – e que pode render bons frutos se suas sequências corresponderem ao enredo forte e centrado na personagem principal. Só espero que não caia naquele típico amor adolescente cheio de drama ou num fraco plot de encerramento. E cá entre nós, todos somos Divergentes!

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Promoção: “As Vantagens de Ser Invisível”, de Stephen Chbosky

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Aproveitando o sucesso duradouro do recente livro de Stephen Chbosky e de sua adaptação cinematográfica, o O Que Vi Por Aí resolveu sortear dentre leitores e não-leitores do site UM EXEMPLAR DE “AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL”.

Para participar é muito simples: basta preencher o formulário do Rafflecopter (não é obrigatório preencher todas as opções - com exceção das quatro primeiras, que servem como entradas para validar a participação -, mas quanto mais lacunas completadas, mais chances de ganhar!) e atender a TODOS os pontos apresentados no regulamento.

a Rafflecopter giveaway

REGULAMENTO
• Para validar sua participação, é necessário seguir TODAS as instruções deste regulamento;
• A promoção é válida apenas para pessoas residentes em território nacional;
• Autores e colunistas estão isentos da promoção (colaboradores e parceiros estão livres para participar);
• Não serão considerados perfis falsos ou criados para somente participar de sorteios;
• O sorteio será realizado no dia 20/08/2013 (com flexibilidade de datas permitida) por meio da ferramenta  Rafflecopter;
• O prêmio será enviado em até 40 dias a partir da data do sorteio;
• Esta promoção é de TOTAL RESPONSABILIDADE da equipe O Que Vi Por Aí;
• Leia todos os termos deste regulamento antes de participar da promoção, pois você estará automaticamente concordando com tais;
• O ganhador terá 48 horas para responder o email enviado pela equipe;
• No caso de dúvidas, contate-nos por meio do email oqueviporai@gmail.com (ou amandaa.prates@live.com);
• O resultado será divulgado nesta página e em TODOS os perfis das redes sociais do blog.

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5 livros (nacionais) obrigatórios para amantes de zumbis

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Vamos encarar os fatos: vampiros já eram; a moda agora são zumbis. Comer cérebros, vagar por aí sem consciência e causar o fim do mundo é a nova onda do momento, e vem com tudo nesse inverno. Sério mesmo, olha aí a postagem sobre World War Z. Só que muita gente está com um pé atrás desde Meu Namorado É Um Zumbi, com medo de que o que fizeram com vampiros seja feito também com nossos amigos mortos-vivos. Mas vampiros, zumbis, lobisomens e essa bicharada toda não são, praticamente, parte de um grande folclore mundial? E não é característica do folclore que ele mude, na mesma medida em que o povo muda?

Para os que reclamam que o personagem Edward Cullen, da Saga Crepúsculo, não morre no sol: vocês sabiam que os vampiros, originalmente, não morriam ao sair na rua de dia? O primeiro dentuço da história que virou pó quando viu o sol foi o Conde Orlok, em Nosferatu, filme alemão de 1922, que é uma adaptação do romance Drácula, de Bram Stoker. Na história original, o Conde Drácula morria com uma estaca no peito, mas resolveram mudar o desfecho no filme para não parecer uma cópia tão descarada da obra, que já era bastante famosa na época. Hoje, Nosferatu é visto como uma adaptação do romance de Bram Stoker para o cinema, mas na época era plágio, e a viúva do autor ordenou que queimassem todas as cópias da película alemã. Pois é, o Conde Drácula não morria com a luz solar. Mas também não brilhava, aí já é outra história...

Agora, sobre zumbis, é a mesma coisa. Talvez mudem com o tempo, talvez não, mas estejamos abertos a possibilidade de mudança. Até porque, os zumbis que conhecemos hoje já sofreram mudanças do que eles eram quando foram criados.

Senta que lá vem história.

Na década de 30, os soldados americanos tiveram bastante contato com a cultura voodoo, originária do Haiti. Uma das crenças do povo haitiano era a de que existia a possibilidade de ressuscitar mortos para ajudar os vivos, através de rituais que grandes feiticeiros possuíam o poder de realizar, com a ajuda e aprovação dos deuses. Com base nessas e outras histórias relatadas pelos soldados que voltaram para casa, a indústria cinematográfica norte-americana resolveu aproveitar a oportunidade que tinha ali.

Em 1932, o primeiro filme com zumbis era produzido. White Zombie, de Victor Halperin, conta a história de um feiticeiro voodoo que tinha mortos-vivos como seus serviçais. Nada a ver com os filmes de zumbi que assistimos hoje.

Agora, o primeiro longa que tratava os zumbis como um perigo global a ponto de causar o fim do mundo foi A Noite dos Mortos-Vivos, de George Romero, de 1968, em que a causa da infestação zumbi era a radioatividade de armas nucleares. Ainda um pouco diferente do que estamos acostumados hoje, em que a maioria dos filmes tem como causa da infestação um vírus, ou algo do tipo. Esse tipo de explicação só foi aparecer nas histórias de zumbis nas décadas de 80 e 90, e se popularizou com o jogo Resident Evil, em 96.
E hoje, como estão as coisas?

Hoje os zumbis estão de volta com tudo, com algumas mudanças sutis aqui e outras ali, mas nada muito sério e drástico ainda. Mas podem ir esperando coisas novas pela frente, e a nós cabe apenas aceitar certas mudanças, sendo elas positivas ou não. De qualquer modo, muitas pessoas ainda os adoram - a grande maioria, aliás. Mas, se você ainda sim tem receio em relação ao que ainda está por vir, eis aqui uma lista para te dar esperanças, e te lembrar do que nos faz amar tanto os zumbis: o que eles causam em nós, seres humanos.

Os 5 itens da lista são de autores brasileiros.

1 - Zumbis: Quem Disse Que Eles Estão Mortos? , de Ademir Pascale
Este livro é uma coletânea de 20 contos de autores diferentes, todos com a mesma temática: zumbis. Você é levado desde o gore e o trash até o sentimentalismo e o que a luta pela sobrevivência pode causar nas pessoas e em suas relações interpessoais. Vale a pena conferir, e a diversidade dos contos garante que o livro agrada a qualquer um.

2 - Protocolo Bluehand: Zumbis, de Abu Fobiya

Livro descrito como "Guia Definitivo Contra os Mortos... E os Vivos!", o Protocolo Bluehand: Zumbis é uma obra exclusiva do blog Jovem Nerd, escrito por Abu Fobiya, com o intuito de ficar o mais próximo possível a um Guia ou Protocolo no caso de um incidente como este. O Guia é cheio de dicas e explicações sobre tudo o que você vai precisar não só para se defender dos mortos, como também dos vivos, que, como você descobrirá ao longo da sua leitura, podem se tornar um empecilho maior do que os próprios comedores de cérebros.




3 - Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, de Alexandre Callari
Diferente de outros livros que conhecemos do gênero, este trata mais de um cenário pós-apocalíptico, em que o pouco da humanidade que sobrou depois dos eventos catastróficos de uma infestação zumbi vive numa distopia em busca de uma melhoria dentro de uma comunidade chamada Quartel. Em Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, acompanhamos a história de Manes, responsável por grande parte da ordem do Quartel, que um dia sai para resgatar algumas pessoas que saíram dos muros da comunidade e não voltaram. Em sua ausência, surge o antagonista Dujas, que gera uma crise e incia o caos dentro do Quartel, deixando tudo isso para ser resolvido por Manes.

4 - Terra Morta - Fuga, de Tiago Toy

Este livro é mais um daqueles em que nós vemos que diante de uma catástrofe como um apocalipse zumbi, os vilões continuam sendo as pessoas. A história de Terra Morta se passa em São Paulo, mas tem início em Jaboticabal, com Tiago, que sempre sonhou em viver numa metrópole até que se vê obrigado a fazê-lo quando zumbis começam a tomar conta do mundo. A partir daí, acompanhamos sua jornada contra zumbis e, por vezes, humanos, e seus questionamentos e dificuldades de conviver e confiar em qualquer um que apareça.





5 - Morgan: O Único, de Douglas Eralldo
Agora, para quebrar paradigmas e te fazer ter uma visão completamente diferente do que você está acostumado quando se trata de zumbis, Morgan: O Único traz como protagonista o primeiro zumbi do mundo. Após sua morte, Morgan ressuscita como um morto-vivo e tem uma situação totalmente inusitada a sua frente: uma nova vida, como um zumbi. Como a sociedade veria um zumbi, nem morto, nem vivo, andando pelas ruas por aí, se já há tanto preconceito entre quem é vivo? É isso que você vai ficar sabendo na intrigante obra de Douglas Eralldo.

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Resenha: “As Vantagens de Ser Invisível”, ou um retrato doce e singelo de toda uma geração

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Stephen Chbosky pode não ter sido lá dos mais exímios roteiristas/diretores na década de 90 – quando dirigiu o fracasso The Four Corners of Nowhere –, mas em sua estreia como escritor de livros conseguiu captar a essência de uma geração que é capaz de bem resumir a nossa. As Vantagens de Ser Invisível é um retrato singelo, doce e realista da juventude que sofreu com o primeiro dia de aula no ensino médio, que via em músicas, livros e filmes as melhores fontes de inspiração, e que vivia cada segundo, independente da maneira como o fazia.

Charlie, um garoto introspectivo e observador de 15 anos, é o nosso personagem da vida real aqui. O high school sempre foi motivo de preocupação e muita pressão para Charlie, até esse dia chegar e ele ver sua vida ser transformada quando conhece Patrick – um garoto mais velho de sua turma de Artes – e Sam – pseudo-irmã de Patrick. Toda a história é contada pelo próprio Charlie por meio de cartas endereçadas a um amigo anônimo (e talvez imaginário), tão cheias de sentimentos que podem nos dar a impressão de terem sido escritas para nós leitores.
Quando chegamos ao fim do túnel, Sam deu um grito muito divertido, e foi isso. Chegamos ao centro. As luzes nos prédios e todo o resto eram maravilhosos. Sam se sentou e começou a rir. Patrick também riu. Eu comecei a rir. E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos.
O livro é carregado de referências a importantes escritores e bandas, como F. Scott Fitzgerald (Este Lado do Paraíso e O Grande Gatsby), e. e. cummings e Jack Kerouac (Na Estrada), bem como os Smiths e Billie Holliday, respectivamente. Bill é o principal responsável por despertar em Charlie o desejo enorme pela leitura que, além da simples condição de professor de literatura, o empresta livros e pede que faça análises destes.

As Vantagens de Ser Invisível é um daqueles livros pra guardar no coração e jamais esquecê-lo, é um livro que te faz sentir diferente. Os personagens são complexos, reais e palpáveis. A sensibilidade de Charlie ultrapassa as páginas do livro e te toca. Patrick alegra, entristece, angustia, liberta, tudo num caldeirão de sentimentos em fervor . Sam é o espelho do jovem que, concomitantemente, sabe e não sabe o que quer ou fazer. Então, dificilmente você não irá se sentir num desses retratos.

Se quer entender o ser humano da maneira mais realista, mas não crua, leia esse livro e (talvez) se sinta infinito.

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Resenha: Nicholas Sparks aponta pro romance pouco clichê, mas erra o alvo em “Querido John”

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“O que significa amar verdadeiramente uma pessoa?” É essa a pergunta que dá início ao best-seller – do romancista estadunidense Nicholas Sparks – Querido John. Publicado em 2007, o livro conta a história de amor vivida entre John Tyree e Savannah Lynn, que logo é interrompida por uma simples carta, responsável pelas mudanças no destino de ambos.

O drama é narrado por John, iniciado com breves descrições de sua infância e adolescência, desde o seu envolvimento com a coleção de moedas do seu pai até seus primeiros relacionamentos amorosos na fase de rebeldia. Se vendo forçado psicologicamente a tomar um rumo na vida, John encontra no exército o meio pelo qual alcançaria o amadurecimento.

Em sua primeira licença, ele conhece Savannah, e logo se veem envolvidos. Ambos mantêm o relacionamento – mesmo tendo o exército como empecilho – até uma singela e patriota decisão de John ser o motivo de uma carta, que mudaria tudo.

Apesar de a obra ser altamente dosada em clichês, Nicholas Sparks consegue envolver o leitor aos personagens, por meio de uma linguagem simples e acessível, fazendo com que sintamos desde o prazer de John ao perceber que seu amor por Savannah era recíproco, até sua dor e angústia ao se ver impedido de tê-la novamente.
[...] finalmente compreendi o que o verdadeiro amor realmente significa. Tim havia me dito, e me mostrado, que o amor significava pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha.
Uma sucessão de fatos – bem colocados aqui por Sparks, porém tão previsíveis – levam John a responder à pergunta feita na abertura do livro, a partir do momento em que toma uma difícil decisão pelo seu único e verdadeiro amor.

É preciso dar créditos, ainda, ao autor pela maneira como trata a Síndrome de Asperger e as relações comparativas entre o Autismo. Sparks utiliza-se da sensibilidade, sua maior arma, e quase triunfa, não fosse os rodeios que circundam todo este núcleo da narrativa.

Apesar de não ser muito conhecedora de sua obra, Nicholas Sparks, em sua maioria, segue a mesma linha de Diário de Uma Paixão, um de seus primeiros romances. Assim como Querido JohnUm Amor para Recordar e Um Homem de Sorte conseguem ser tão semelhantes que parecem se originar entre si, como se fossem subtramas iguais, porém com personagens e ambiente diferentes.

Mesmo não sendo surpreendente, capaz de deixar seus leitores boquiabertos, Querido John não chega a ser tediante e é uma boa ocupação quando não se tem algo mais importante a fazer.

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Review: Não há desafios ou dores que ofusquem o poder do amor em "Um Amor para Recordar"

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por Leanne Pereira

É comum nos depararmos com romances parecidos, aqueles que quando terminamos de ler parece  ter sido cópia de outros livros sempre com finais felizes. “Um amor para Recordar” é totalmente diferente de qualquer leitura que eu já tenha feito. Nicholas Sparks usou e abusou de sua criatividade numa história linda e totalmente comovente, que é capaz de fazer o leitor se apaixonar ainda nos primeiros capítulos.

Este livro fará você se emocionar com a história de Jamie Sullivan e Landon Carter, um casal que inicialmente não tem nada em comum, mas que irão descobrir o amor da maneira mais simples e improvável. Ela, filha de um pastor e muito religiosa, moça recatada, amável e adorada por toda cidade; e ele, filho de um congressista rico que vive afastado de sua família por causa do trabalho, o que para Landon foi o motivo de ter se tornado um pouco rebelde, o que não o impedia que de ser um bom garoto.

A história é narrada pelo próprio Landon, ele fala do início, de quando conheceu Jamie e como depois de tanto tempo foi capaz de se apaixonar por ela. Ainda adolescentes, mas conscientes do amor que sentia um pelo outro, Jamie e Landon irão enfrentar o peso do preconceito, da religiosidade, aprender a lidar com a doença e ainda a dor da morte e da perda, que mostrará um amadurecimento por parte dos dois, principalmente de Landon, até então um típico adolescente.

Sparks mostra neste romance que o amor pode não ser pra vida inteira, mas o quanto ele durar, pode se tornar imortal, pois alguém que é especial em certo momento em nossas vidas pode nos ensinar coisas que ficarão para sempre, mesmo não estando ao nosso lado, e que amar não é ser feliz para sempre e sim ser feliz enquanto durar, fazer pelo ser amado tudo que é possível no momento, de se emocionar quando vir os olhos de alguém brilhar pelo simples fato de estar ali, de estar sempre do lado, para segurar quando ela for cair, de sorrir mesmo com a dor dilacerando o peito. O verdadeiro amor não se ausenta, ele se apresenta. E você, é capaz de amar assim?

***** (5/5)
Título original: A Walk to Remember
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Edição: 1/2011
Páginas: 238

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