5 livros (nacionais) obrigatórios para amantes de zumbis
Vamos encarar os
fatos: vampiros já eram; a moda agora são zumbis. Comer cérebros, vagar
por aí sem consciência e causar o fim do mundo é a nova onda do momento, e vem
com tudo nesse inverno. Sério mesmo, olha aí a postagem sobre World War Z. Só que muita gente está com um pé atrás desde Meu Namorado É Um Zumbi, com medo de que o que fizeram com vampiros seja feito também
com nossos amigos mortos-vivos. Mas vampiros, zumbis, lobisomens e essa
bicharada toda não são, praticamente, parte de um grande folclore mundial? E
não é característica do folclore que ele mude, na mesma medida em que o povo
muda?
Para os que reclamam que o personagem Edward Cullen, da Saga Crepúsculo, não morre no sol: vocês sabiam que os vampiros, originalmente, não morriam ao sair na rua de dia? O primeiro dentuço da história que virou pó quando viu o sol foi o Conde Orlok, em Nosferatu, filme alemão de 1922, que é uma adaptação do romance Drácula, de Bram Stoker. Na história original, o Conde Drácula morria com uma estaca no peito, mas resolveram mudar o desfecho no filme para não parecer uma cópia tão descarada da obra, que já era bastante famosa na época. Hoje, Nosferatu é visto como uma adaptação do romance de Bram Stoker para o cinema, mas na época era plágio, e a viúva do autor ordenou que queimassem todas as cópias da película alemã. Pois é, o Conde Drácula não morria com a luz solar.
Senta que lá vem história.
Na década de 30, os soldados americanos tiveram bastante contato com a cultura voodoo, originária do Haiti. Uma das crenças do povo haitiano era a de que existia a possibilidade de ressuscitar mortos para ajudar os vivos, através de rituais que grandes feiticeiros possuíam o poder de realizar, com a ajuda e aprovação dos deuses. Com base nessas e outras histórias relatadas pelos soldados que voltaram para casa, a indústria cinematográfica norte-americana resolveu aproveitar a oportunidade que tinha ali.
Em 1932, o primeiro filme com zumbis era produzido. White Zombie, de Victor Halperin, conta a história de um feiticeiro voodoo que tinha mortos-vivos como seus serviçais. Nada a ver com os filmes de zumbi que assistimos hoje.
Agora, o primeiro longa que tratava os zumbis como um perigo global a ponto de causar o fim do mundo foi A Noite dos Mortos-Vivos, de George Romero, de 1968, em que a causa da infestação zumbi era a radioatividade de armas nucleares. Ainda um pouco diferente do que estamos acostumados hoje, em que a maioria dos filmes tem como causa da infestação um vírus, ou algo do tipo. Esse tipo de explicação só foi aparecer nas histórias de zumbis nas décadas de 80 e 90, e se popularizou com o jogo Resident Evil, em 96.
E hoje, como estão as coisas?
Hoje os zumbis estão de volta com tudo, com algumas mudanças sutis aqui e outras ali, mas nada muito sério e drástico ainda. Mas podem ir esperando coisas novas pela frente, e a nós cabe apenas aceitar certas mudanças, sendo elas positivas ou não. De qualquer modo, muitas pessoas ainda os adoram - a grande maioria, aliás. Mas, se você ainda sim tem receio em relação ao que ainda está por vir, eis aqui uma lista para te dar esperanças, e te lembrar do que nos faz amar tanto os zumbis: o que eles causam em nós, seres humanos.
1 - Zumbis:
Quem Disse Que Eles Estão Mortos? , de Ademir Pascale
2 - Protocolo Bluehand: Zumbis, de Abu Fobiya
3 - Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, de Alexandre Callari
4 - Terra Morta - Fuga, de Tiago Toy
5 - Morgan: O Único, de Douglas Eralldo
Este livro é uma coletânea de 20 contos de autores diferentes, todos com a
mesma temática: zumbis. Você é levado desde o gore e o trash até o
sentimentalismo e o que a luta pela sobrevivência pode causar nas pessoas e em
suas relações interpessoais. Vale a pena conferir, e a diversidade dos contos
garante que o livro agrada a qualquer um.
2 - Protocolo Bluehand: Zumbis, de Abu Fobiya
Livro descrito como "Guia Definitivo Contra os Mortos... E os
Vivos!", o Protocolo Bluehand: Zumbis é uma obra exclusiva do blog Jovem
Nerd, escrito por Abu Fobiya, com o intuito de ficar o mais próximo possível a
um Guia ou Protocolo no caso de um incidente como este. O Guia é cheio de dicas
e explicações sobre tudo o que você vai precisar não só para se defender dos
mortos, como também dos vivos, que, como você descobrirá ao longo da sua
leitura, podem se tornar um empecilho maior do que os próprios comedores de
cérebros.
3 - Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, de Alexandre Callari
Diferente de outros livros que conhecemos do gênero, este trata mais de um
cenário pós-apocalíptico, em que o pouco da humanidade que sobrou depois dos
eventos catastróficos de uma infestação zumbi vive numa distopia em busca de
uma melhoria dentro de uma comunidade chamada Quartel. Em Apocalipse Zumbi - Os
Primeiros Anos, acompanhamos a história de Manes, responsável por grande parte
da ordem do Quartel, que um dia sai para resgatar algumas pessoas que saíram
dos muros da comunidade e não voltaram. Em sua ausência, surge o antagonista
Dujas, que gera uma crise e incia o caos dentro do Quartel, deixando tudo isso
para ser resolvido por Manes.
4 - Terra Morta - Fuga, de Tiago Toy
Este livro é mais um daqueles em que nós vemos que diante de uma catástrofe
como um apocalipse zumbi, os vilões continuam sendo as pessoas. A história de
Terra Morta se passa em São Paulo, mas tem início em Jaboticabal, com Tiago,
que sempre sonhou em viver numa metrópole até que se vê obrigado a fazê-lo
quando zumbis começam a tomar conta do mundo. A partir daí, acompanhamos sua
jornada contra zumbis e, por vezes, humanos, e seus questionamentos e
dificuldades de conviver e confiar em qualquer um que apareça.
5 - Morgan: O Único, de Douglas Eralldo
Agora, para quebrar paradigmas e te fazer ter uma visão completamente diferente
do que você está acostumado quando se trata de zumbis, Morgan: O Único traz
como protagonista o primeiro zumbi do mundo. Após sua morte, Morgan ressuscita
como um morto-vivo e tem uma situação totalmente inusitada a sua frente: uma
nova vida, como um zumbi. Como a sociedade veria um zumbi, nem morto, nem vivo,
andando pelas ruas por aí, se já há tanto preconceito entre quem é vivo? É isso
que você vai ficar sabendo na intrigante obra de Douglas Eralldo.