Os clipes do mês de Maio que passaram despercebidos por aqui


A gente já fez isso aqui uma vez e nada como um período de reformas (sim, o blog volta hoje lindo, loiro e cheiroso!) de quase um mês pra nos obrigar a fazer novamente. Enquanto a gente mexia em HTML pra cá, em Photoshop pra lá, a internet era bombardeada por ótimos (outros nem tanto assim) clipes – teve de Sara Bareilles a NX Zero! E por isso, pra não deixá-los de lado aqui no blog, resolvemos voltar deste período looongo – mas prazeroso – com todos os clipes lançados no mês de Maio (e de quebra a gente mostra pra você o que achamos de cada um). Dá só uma conferida:

Dear Darlin’ – Olly Murs (12/05) [por Amanda Prates]

Olly Murs já bancou o garanhão sedutor que persegue a mocinha desastrada por onde ela vai em “Troublemaker”, se duplicou dezenas de vezes e recrutou seu próprio exército de si mesmo em “Army of Two” e agora quer te mostrar seu lado sensível em Dear Darlin’, seu mais recente single – o terceiro extraído do álbum Right Place Right Time – que ganhou clipe no início do último mês. A canção foi composta pelo próprio Murs e co-composta por Ed Drewett, conhecido por seus trabalhos com The Wanted e Professor Green.

No vídeo, o britânico reflete sobre um relacionamento fracassado e os bons e maus momentos vividos com sua ex-namorada.  As cenas que se confundem entre o passado e o presente do casal mostram um Olly Murs mais maduro e sensível ao ponto de te fazer acreditar que ele realmente se inspirou em algum momento marcante de sua vida (tanto na letra como na própria interpretação no vídeo).

Ele, que vem ganhando mais espaço e reconhecimento em terras americanas, deve iniciar em muito breve uma nova turnê pelo Reino Unido, desta vez em parceria com Diana Vickers.


Brave – Sara Bareilles (14/05) [por Amanda Prates]

Eis que a cantora/compositora mais incrível do meio pop/soul volta e lança o clipe mais divertido do ano! Sim, nós estamos falando de ninguém menos que Sara Bareilles! A moça que há mais de três anos não lançava disco novo (desde o Kaleidoscope Heart), decidiu dar continuidade ao EP do ano passado, Once Upon Another Time, e divulgar Brave como primeiro single do novo álbum que já tem nome e data marcada: The Blessed Unrest, o quarto trabalho de estúdio com lançamento previsto para 16 de julho próximo.

No clipe, dirigido por Rashida Jones, Sara e outros personagens da vida real aparecem e surpreendem ao começar a dançar, do nada, no meio da rua, do restaurante, do shopping, da biblioteca... e por aí vai, até atraírem pessoas para a “causa”. Além de arrancar boas risadas de quem assiste, o vídeo consegue traduzir com maestria a mensagem de motivação da canção e, claro, traz Sara Bareilles em boas doses pra matar a saudade.

Love Somebody – Maroon 5 (21/05) [por Léo Balducci]

Se Daylight não se deu muito bem nas paradas, é a vez de Love Somebody tentar restaurar o bom trabalho com o repertório de Overexposed. Assim, o Maroon 5 tratou logo de divulgar o clipe, dirigido por Rich Lee, todo inspirado em Ghost à lá Demi-Moore-no-barro.

Logo somos introduzidos ao Adam Levine, que se torna o Homem Invisível (do Chaves? Quem dera!), que tem suas formas aparecendo conforme ele mesmo vai se modelando na tinta azul. Num clima bem sexy, ele também vai formando a sua amada enquanto os integrantes de sua banda (também com falta de tinta para formarem algumas partes de seu rosto) vão seguindo a batida da tinta, quer dizer da música. Não é nada futurístico nem muito abstrato, apenas simbolismo da sensação de ser o complementar de seu amor e, mesmo com esse clichê barato feat. Brega, temos uma produção até bem aceitável no conceito tinta azul no meu Chroma verde.

My Favorite Girl – P9 (26/05) [por Léo Balducci]

Pegando carona no movimento de retorno das boybands, os garotos do P9 parecem estar bem preparados para enfrentar o mercado internacional e a prova disso está no clipe de My Favorite Girl, primeiro single dos caras. Criado numa fórmula bem proposital de hit, a música tem um refrão bem chiclete (que pode sim grudar na cabeça dos gringos), mas eles terão que se esforçar bastante para conseguir alcançar o estrelato nos States (principalmente, nesse verão do hemisfério norte). Visualmente a produção é bem feita, reunindo cenas editadas numa boa fotografia que parte desde andando pelas ruas das favelas do Rio até surfando e curtindo com a galera numa pista de skate. Como se trata de Brasil, não dá para apontar nada, porém o caminho pode ser promissor - pra quem sabe fazer um P com o 9.

Chloe (You’re The One I Want) – Emblem3 (27/05) [por Léo Balducci]

Saindo do The X Factor e usando seu estilo praiano (só no boné e nas tocas), o Emblem3 finalmente lançou o primeiro single (já conhecido pelos espectadores do reality) de seu álbum de estreia, administrado pelo empresário e (queridinho da Demi) Simon Cowell. Não muito diferente do que a maioria das boybands – ou grupo, pois é assim que gostam que os chamem – costumam abordar em seus clipes de “inauguração”, contando uma estoriazinha bem modesta (e com bullying). Cada garota que se sentia ofendida ou ignorada, ganhava um bottom com o nome da música – e dava direito a assistir ao show deles.

Por sua vez, os garotos só badernavam no camarim e empurravam um ao outro na frente das câmeras. A música até que boa, a produção também, só que não temos tanta confiança assim na escolha como um primeiro single, que deveria explodir na boca do povo. De qualquer modo, está bom, está digno e dá para curtir legal enquanto esperamos pelo Fifth Harmony (sem estresse, por favor, né!).

Wild – Jessie J (28/05) [por Amanda Prates]

Há muito ansiávamos pela divulgação de algum trabalho para dar início às divulgações de um novo disco e, depois de pouco mais de dois anos, eis que Jessie J anuncia o lançamento de um novo single e, em menos de 24 horas para a liberação oficial, cai na internet canção e clipe juntinhos de Wild, provável primeiro trabalho do futuro novo disco (ainda sem nome e data de lançamento revelados).

O vídeo, sob direção de Emil Nava, é todo P&B e traz Jessie toda selvagem (sem trocadilhos, pfvr) ao lado dos rappers Dizzee Rascal e Big Sean sensualizando frente a uma câmera numa salva vazia... e só. Não fosse pela qualidade da canção – que traz uma pegada mais eletrônica e os vocais excelentes característicos a Jessie –, não muitas fichas seriam apostadas para o retorno da cantora inglesa. Ausência de criatividade à parte, Jessie J sabe bem como permanecer entre as grandes vozes do meio pop.

People Like Us – Kelly Clarkson (28/05) [por Amanda Prates]

Aproveitando o espaço de inéditas do Greatest Hits: Chapter One, Kelly Clarkson lançou People Like Us como single e dele fez um clipe no mínimo bizarro (pra não dizer decepcionante e chorar lágrimas de crocodilo). A moça, na esperança de obter a mesma reposta por Catch My Breath (posições na Billboard de fazer inveja a Dark Side), fez do clipe propaganda descarada da Nokia e BMW.

No vídeo, Clarkson aparece como uma cientista num mundo em preto-e-branco que, ao lado de outros cientistas, examinam uma garota colorida. Mas, encantada pelo excesso de cor, decide fugir com a “menina anormal”, com direito a uma corrida ao estilo vídeo-game (e exibindo, como quem não quer nada, a logo da famosa montadora de automóveis). Como inspiração pra os que vivem “apagados”, o clipe é uma bela mensagem de que só um Nokia amarelo e uma BMW vermelha de último design pra colorir nossa vida. Mais sorte e menos apelação pra ex-American Idol da próxima vez.


Ashtrays & Heartbreaks – Snoop Lion ft. Miley Cyrus (30/05) [por Léo Balducci]

O nosso querido (ou não) Snoop Dogg (agora Lion, mas também Dogg! Está confuso!) continua investindo em seu reggae na “vibe-vida-loka-2.0” e lançou o clipe para Ashtrays & Heartbreaks, sua parceria com Miley Cyrus – que está na promessa de seu novo single We Can’t Stop. Enquanto vemos um Snoop bem descontraído, temos uma Miley bem largada como uma rapper-$uja (que roupão branco é esse?) no clipe, que aparece mais pombas do que os próprios artistas. É digno pensar que eles resolveram tratar da vivência do subúrbio, extraído típicas cenas de uma vida simples – que é nada mais do que fumaças e vidros embaçados -, mas ficamos com a impressão de sempre querer algo mais além do 4:20 do Snoop-Dogg-Lion. Dá para viajar legal na câmera lenta e detalhes de alguns objetos, mas só isso. É, não foi dessa vez que nossos cinzeiros viraram corações-quebrados!

Counting Stars – OneRepublic (31/05) [por Amanda Prates]

Ryan Tedder é, talvez, um dos produtores/cantores/músicos mais geniais da última década e, por enquanto, está bem longe de deixar de ver seu nome ser citado entre as melhores produções musicais do momento. Com Feel Again, o OneRepublic anunciou seu retorno com o trabalho de inéditas Native (lançado em Maio), depois de um hiato de quase quatro anos. Como terceiro single, Counting Stars ganhou clipe no último dia 31, só pra reforçar a prodigiosidade do líder da banda.

Sob direção de James Lees, o clipe mostra um OneRepublic mais pop e satírico do que nunca. Enquanto a banda canta e dança num porão, acima deles um culto de “descarrego” – que mais parece uma festa estranha – é realizado, até o teto desabar com um senhor. A culpa disso tudo ou é da infiltração ou do jacaré que desfila pelo porão nos quase cinco minutos de clipe.

Simplicidade na medida certa, elementos que, deixando a brincadeira da infiltração e do jacaré de lado, dão representações e significação à sátira e o pop eletrônico tão bem arranjado fazem deste, sem generalizações, um dos melhores clipes da banda, ao lado da canção dentre as demais do Native.

It Don’t Mean Thing – Matthew Morrison (31/05) [por Amanda Prates]

Se você, assim como essa que vos escreve, achava que Matthew Morrison ficaria apenas no debut album, saiba que estávamos redondamente enganados. O tão amado Mr. Shue de Glee anunciou recentemente seu novo álbum de inéditas, Where It All Began (lançado no último dia 04) e, há pouco mais de uma semana, liberou na web o clipe para o primeiro single. Ao contrário do primeiro trabalho auto-intitulado, It Don’t Mean Thing e todo o novo disco fazem a linha jazz de raiz e trazem um Morrison dos palcos da Broadway. No clipe, o moço é a felicidade em pessoa (alou Michael Bublé!) enquanto desfila pela calçada e corteja belas mulheres. Lá pela metade do vídeo, Morrison e um grupo de dançarinos fazem um número de dança (como se num flash mob).

A canção e todo o álbum são, na verdade, regravações de clássicos da Broadway e do West End, como homenagem ao começo da carreira de Morrison nos teatros. O moço que, desde Glee já vêm conseguindo mostrar sua versatilidade e facilidade em passear entre diferentes estilos, prova com este clipe porque sua imagem é quase indissociável dos palcos teatrais.

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