Especial #1: As 10 músicas mais tocadas em 2012

por Amanda Prates e Léo Balducci


2011 e 2012 foram os anos dos melhores álbuns, e deles extraídos ótimos e péssimos singles, aqueles que ficaram na função repeat por muito tempo e outros que só impregnaram em nossas cabeças pelos refrãos melosos e nada criativos. E neste clima de fim de ano, foi divulgada, no último dia 12, a lista das músicas mais executadas nas rádios estadunidenses. Rihanna e Flo Rida abarcam as primeiras das 50 posições. Adele, Justin Bieber e Katy Perry não lideram, mas garantem seus nomes listados mais de uma vez. Por isso, retiramos as dez primeiras colocadas para analisar alguns aspectos. Confira: 

1ª We Found Love - Rihanna feat. Calvin Harris
"RiRi canta “We found love in a hopeless place” e repete incontáveis vezes com seus vocais extremamente bem desenvolvidos (o que nunca vi em nenhuma outra música deste tipo). Apesar da falta de letra (e isso é óbvio), a canção, juntamente com “You Da One”, abrilhanta o Talk That Talk e confirma o sucesso da junção “Rihanna+Calvin Harris”, com seu dance-pop capaz de te fazer mexer nos dez primeiros segundos de audição." (Amanda Prates)

"É inevitável pensar em Calvin Harris e lembrar de sua parceria com Rihanna, que de longe se destaca como uma das melhores músicas do ano, não por ser apenas uma bela “farofa-para-o-feijão”, diga-se de passagem, ela também consegue unir um eletro muito bem composto com versos pop que conseguem animar qualquer festa. É uma das poucas músicas que não me canso de ouvir!" (Léo Balducci)
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2ª Good Feeling - Flo Rida
"E como não poderia faltar, Flo Rida vem pra fazer aquela requentada no “feijão com farofa”, só que ao contrário do single de RiRi, sua faixa pode até ser influente, mas nenhum pouco original ou envolvente, muito pelo contrário, trata-se daquela música que você ouve algumas vezes e depois esquece que está no seu repertório. Chega até a ser uma “farofa” interessante de ser analisada, mas nada além disso!" (Léo Balducci)

"Está mais do que claro que a junção de rap com eletrônica só tem que dá em muita farofada, umas que dão pra ouvir, outras que provocam repulsas. Na farofinha ensurdecedora do Flo Rida não consigo saber se o pior é a letra (com repetições que provocam bocejos), a batida (que não faz muito sentido com a composição) ou aqueles vocais do refrão. Dada a falta de criatividade e originalidade em todos os aspectos da canção, o rapper ainda conseguiu reinar sobre muitas pistas de dança pelo mundo." (Amanda Prates)
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3ª Glad You Came - The Wanted
"Essa canção é daquelas que provocam o interesse de ouvir, talvez te faça balançar a cabeça com as batidas e já enjoa antes mesmo de chegar ao fim. É com ela que o The Wanted fará o percurso de toda e qualquer boy band: o estouro com um single de batidas eletrônicas (ou não), um ou dois anos até lançar um álbum completo e inédito (ou mais de um a cada ano, o que pode justificar a falta de qualidade de tais), mas nenhuma canção que consiga elevar-se em comparação à primeira, e talvez, um possível esquecimento definitivo. E assim espero!" (Amanda Prates)

"Foi com essa música que a boy band ganhou fama mundial, porém durou tanto que chega a ser enjoativo ouvi-la de novo. Não há como negar que a influência que ela adquiriu nas baladas e festas de quintal foi ótimo para esses aspectos, mas não serve necessariamente para mais nada além de entreter. Os versos se repetem tantas vezes que até aquela tia que mal sabe falar português direito, consegue pronunciar até meio fluentemente. Mas no fundo a gente gosta, e muito!" (Léo Balducci) 
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4ª Lights - Ellie Goulding 
"Dessa vez, Ellie alcançou seu mérito por uma composição que consegue unir o pop que toca nas rádios com versos muito bem impostos na melodia. Não contém nenhum estilo evidente de “farofa” e muito menos recorre a um limite no ritmo. Foi uma produção muito bem explorada e dá para curtir na balada num remix feito pelo DJ Farofada." (Léo Balducci)

"Mesmo tendo sido lançada como single há mais de um ano, “Lights” foi a escolha certeira de Ellie para fazer estourá-la mundialmente. Com sua melodia baseada no primeiro plano em baixo e batidas, e incorporada por elementos eletrônicos no segundo, a canção parece ter sido minunciosamente trabalhada, desde a composição até a última nota. Os vocais são combinados perfeitamente com toda a estrutura da música, e ela entoa um refrão que gruda parcialmente “You show the lights that stop me turn to stone/You shine It when I'm alone”." (Amanda Prates) 
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5ª Somebody That I Used to Know - Gotye feat. Kimbra
"Este é, sem dúvidas, o dueto mais amor do ano! Relacionada de forma lírica aos seus antigos relacionamentos (amorosos ou não), Gotye não poderia ter escolhido cantora melhor do que a neozelandesa, Kimbra, para compor parte da interpretação da música. Aparentemente o que surpreende de início é a sonoridade peculiar e muito bem colocada na sua essência indie; canção que deu vida a um dos melhores clipes indie de 2011 (senão o melhor!)." (Amanda Prates)

"O indie virando pop, quem diria? Gotye diria, pois se arriscou ao ir completamente contra o que os ouvintes de rádio pretendem, no entanto revelou um ritmo pouco explorado, mas que pode dar muito certo a partir de agora. A letra é absolutamente incrível (nem vou citar o clipe) e o modo como a melodia mais calma, impondo algumas batidas, rima com os versos perfeitamente. O vocal também merece reconhecimento!" (Léo Balducci)
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6ª Call Me Maybe - Carly Rae Jepsen 
"Alguns podem dizer que se cansaram de ouvir, mas na verdade, não podem começar a escutar Hey, I just met you” que já entram no clima desse chiclete que tem uma vaga no pódio. Carly escolheu a música perfeita para se mostrar ao mundo e um senso teen bem mais predominante do que o normal. É o tipo de single que você ouve todo dia porque, afinal, se sente bem, sem contar que já dá ânimo para o dia todo!" (Léo Balducci)

"Se eu deixasse meu ódio falar por mim nesta mini review, eu me permitiria exclamar o quão incrível é o fato de uma música tão ruim atingir os níveis de sucesso como o hit (e parece ser o único) da canadense Carly Rae atingiu. Mas, meu último desejo é causar discussão entre os amantes da canção-chiclete-barato que lerem este post. A combinação de tons, batidas, instrumentos e letra (tão teen pop que chega a dar nojo) é suficientemente capaz te deixar com o refrão na cabeça por dias, só numa primeira audição." (Amanda Prates)
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7ª We Are Young - Fun. feat. Janelle Monàe
"Apesar de o primeiro álbum (Aim & Ignite, meio ignorado pela crítica) ter sido lançado em 2009, o Fun. foi a melhor coisa pop indie que ouvi neste ano. A parceria com Janelle Monàe não poderia ter sido melhor no primeiro single do disco, que mesmo com uma participação muito tímida, rendeu a posição da Billboard Hot 100 na semana de lançamento (posto fixo até então de Justin Bieber, com "Boyfriend"). A canção começa lenta, com batidas pop-rock alternativo, e se eleva no refrão (grudento), “Tonight, we are young”, e faz um convite, clichê, para aproveitarmos a juventude enquanto há tempo."  (Amanda Prates)

"Impressionante foi o que a banda Fun. conseguiu expressar nessa música de rock alternativo que estimula todos a voltarem a viver jovens. Eles já têm bagagem e mostraram para que veio, exercendo a função de tirarem um pouco mais das rádios todo o eletro-farofa-nunca-mais-vou-ouvir-depois. É bom escutar uma faixa assim, pois você percebe que enquanto a música continua evoluindo (tanto para o bem quanto para o mal), ela traz essa essência de sentimentos, lembranças e mais um turbilhão de sensações positivas!" (Léo Balducci)
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8ª Payphone - Maroon 5 feat. Wiz Khalifa
"letra pode até ser meio “brega” ou não fazer nenhum sentido, entretanto é uma música tão pegajosa que se torna impossível não dar “repeat”. Ela alcançou o lugar mais alto do pódio nos charts e continua mostrando que ainda resta fôlego para dar sequência ao trabalho do Maroon 5. Adam Levine assume a canção totalmente para ele, que nem percebemos quando Wiz Khalifa é introduzido, numa melodia com rimas fáceis, mas que resumem uma trajetória de bons trabalhos para a banda." (Léo Balducci)

"Carro-chefe do melhor e mais pop álbum da carreira da banda, tem sua melodia harmonizada pelas guitarras e sequência de pianos, e a presença menos importante (ou desnecessária) do rapper Wiz Khalifa. A canção fala de uma separação (o que pode fazer alusão ao recente divórcio do vocalista) em que a voz de Adam Levine é mais marcante e envolvente do que nunca. Pode não agitar baladas como grande parte da tracklist do Overexposed, mas provoca uma vontade de querer cantá-la em alto e bom som." (Amanda Prates)
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9ª Stronger (What's Doesn't Kill You) - Kelly Clarkson
Mais clichê que a letra de Stronger, impossível! Mas a batida do pop eletrônico e incrível voz da moça salvaram a canção e, talvez, a carreira da Idol, que lhe rendeu seu nome junto ao single nas paradas de importantes charts. Depois de fracassos atrás de fracassos, Kelly Clarkson finalmente acertou num álbum que realmente te faça ouvir até o fim e que recentemente atingiu a marca de 1 milhão de cópias vendidas. (Amanda Prates)

"Extraída da primeira temporada do “American Idol”, Kelly renasceu das cinzas com essa música após lançar alguns materiais que não deram tão certo nos charts. Além do refrão forte e imponente, podemos notar também um ritmo muito bem produzido. Uma união que caiu como primeira posição por semanas e que conquistou muitos por seus versos que fazem com que qualquer um queira cantar pois mostram superação e determinação para seguir em frente!" (Léo Balducci)
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10ª Starships - Nicki Minaj 
"Farofa acompanhada de uma feijoada bem pesada… Essa é a impressão que temos quando ouvimos tantas vezes essa música. Ela com o tempo acaba soando como muito enjoativa e realmente bem pesada, não apenas pelos palavrões desnecessários, mas também pelas batidas insistentes do refrão que se tornam muito inadequadas. Por si só, ela já é uma bagunça, mas é o que a rádio consume, principalmente, quando os ouvintes só se interessam pela batida e não pela letra (vamos xingar todo mundo, afinal o que importa é ganhar dinheiro em cima de umas batidinhas eletro!)." (Léo Balducci)

"Se pudéssemos eleger as piores canções-farofa por meio de uma premiação, Nicki Minaj, com certeza, seria a mais indicada a levar o troféu. Tudo em "Starships" me incomoda: sua letra sem-pé-nem-cabeça, a batida pop misturada ao hip hop e a própria intérprete. As únicas finalidades da música são fazer dançar e te deixar com o refrão pegajoso na cabeça por algumas horas (mas não se preocupe, você esquece rápido!), mais nada." (Amanda Prates)
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