Os 15 melhores álbuns de 2012 lançados até outubro (Parte III de III)
por Amanda Prates
05º
Overexposed – Maroon 5
Não há dúvidas
de que o Overexposed veio pra firmar,
definitivamente, a nova etapa na sonoridade do Maroon 5, adotada timidamente no Hands All Over. A banda que antes se
encaixava no grupo rock, hoje se rendeu ao pop. O disco de 12 faixas, lançado em junho último, brinca com canções mais agitadas e outras nem tanto. Só é
preciso ouvi-lo duas ou três vezes para que os refrãos se impregnem na sua
cabeça. O quarto trabalho da banda, que parece girar em torno da popularidade
de seu vocalista, Adam Levine, é um (ótimo) trabalho mais comercial, fato que
se reforça na intensão dos envolvidos em nomeá-lo como tal, devido à demasiada
exposição de Levine na mídia pop. O álbum dividiu a crítica, mas mostra ser bem
aceito pelo público, já que algumas de suas faixas ocupam as primeiras posições
em importantes charts, como o Billboard Hot 100.
Ouça: Sad
04º Fall to Grace – Paloma Faith
Há amor de cima
a baixo no novo Fall to Grace, da
cantora, compositora e atriz britânica, Paloma Faith, que com suas 12 faixas
(mais 5 versões acústicas na edição deluxe) traz uma pegada mais soft pop,
diferente do seu primeiro álbum, totalmente soul. A moça dos cabelos exóticos
aparece mais madura e aposta em canções mais melancólicas e confessionais. Em “Just
Be”, todos esses elementos estão em harmonia, além de trazer toda a potência
vocal de Faith mais bem desenvolvida, já que é acompanhada por somente um piano
melódico. O disco, lançado em maio, é, sem dúvida, a aposta acertada de Paloma,
desde a mudança para o pop até a produção da videografia, o que o faz um dos
melhores álbuns do ano.
Ouça: Just Be
03º …Little Broken Hearts – Norah Jones
A dona de uma
das vozes mais encantadoras do jazz está de volta renunciando ao título de “musa
da dor de cotovelo”. Em ...Little Broken
Hearts, Norah Jones nos oferece um misto de sensações em suas 12 canções
únicas, desde a melancolia e a possibilidade de um perdão até a felicidade de
liberdade e o desapego. A criatividade de Jones e do seu produtor Danger Mouse
paira de ponta a ponta no disco, que mistura soul a pop e folk, e tem sua capa
inspirada no pôster do filme Mudhoney, de Russ Meyer. A guitarra, o piano e a
voz de Norah estão em perfeita harmonia, mostrando que a moça doce e brilhante de Come Away With Me mantém a sua
essência soul, mas que ainda se permite pequenos passeios a gêneros diversos.
Ouça: She's 22
02º Electra Heart – Marina and The Diamonds
Vulnerabilidade
e voracidade talvez resumam o novo e brilhante trabalho da galesa Marina Diamandis.
Diferentemente de seu primeiro álbum de estúdio, The Family Jewels, o Electra Heart
aparece extremamente pop, com suas 12 faixas e produzido em parceria com
grandes nomes como Rick
Nowels, Dr.
Luke, Cirkut, Diplo, Stargate e DJ
Chuckie. Mais fatal
e teatral do que nunca, Marina usa e abusa do pop e cria personagens diversos. Em “Teen Idle”, ela aparece rebelde (sem uma causa definida,
aparentemente), cantando “Instead of
being sixteen and burning up the bible/Feeling super super super suicidal”. Força, controle, fragilidade e desilusão entram em foco
em algumas canções, que grudam feito chiclete. O empate com o Born to Die, da Lana Del Rey, é visível,
mas talvez o que torna este último o álbum do ano seja a maior recepção pelo
público.
Ouça: Lies
01º Born to Die – Lana Del Rey
2012 é, definitivamente, o
ano para Lana Del Rey. A moça norte-americana que apareceu como Lizzy Grant no
meio musical com seu álbum homônimo, estreia triunfantemente com o Born to Die, uma espécie de “lado
inverso” do primeiro. O disco de 12 faixas está calcado em uma sonoridade
expressiva e de contornos épicos, dando uma sensação de infelicidade, concomitantemente;
o que o torna brilhantemente estranho. Na faixa-título, sombria e misteriosa,
ela canta “Choose your last words/This
is the last time/'Cause you and I/We were born to die”, e repete constantemente que nascemos para morrer.
Lana se destaca em meio aos outros nomes femininos por seu estilo e voz singulares,
e mostra que veio pra se firmar e destacar-se no cenário musical hype.
Ouça: Summertime Sadness