Review: Tem alguém que ainda ri com "Todo Mundo em Pânico 5"?
Quando
produtores surgiram com a ideia de satirizar os tão aclamados filmes de terror,
ninguém podia imaginar que iria dar tanto sucesso no modelo mais sujo que a comédia
de cultura americana pode fazer. Logo, a franquia Todo Mundo em Pânico se
tornou sinônimo de uma comédia levado ao mais puro teor sexual com uma pitada
de loucura e cenas sem o menor sentido. E agora, perguntamos: o que aconteceu
com toda essa comédia? Bem, os anos foram passados e os filmes de terror foram
ficando cada vez mais escassos de praticar a real essência para o que nasceram:
assustar e dar medo. Hoje, a comédia também não é lá essas coisas e um modelo
que faz de praticamente tudo (desde espancar bebês até cortar pernas e braços
de pessoas que continuam vivas) não devem tirar mais do que apenas alguns risos
forçados.
E nem adianta argumentar que o fracasso de Todo Mundo em Pânico 5 veio pela falta de Anna Farris no elenco, pois desde o 4º filme já se via sinais de um desgaste por parte do público e talvez até um descaso pelos roteiristas – que, em maneira alguma, apresentaram algo digno de gargalhadas. Dessa vez, nada muda (como de costume) e temos mais um enredo construído a partir dos recentes (ou não) produções aterrorizantes (só que não), que usam Mama como trama principal para as sátiras de Atividade Paranormal, A Morte do Demônio, A Origem, Cisne Negro e Planeta do Macacos: A Origem – sendo os dois últimos os que menos tem relação como gênero e origem da franquia. É inquestionável a descrença da própria Dimension Films no filme, fazendo diversas alterações (adiamentos) na data de lançamento, por isso não é de surpreender com o fraco lucro nas bilheterias de apenas US$ 30 milhões (o menor da franquia).
E nem adianta argumentar que o fracasso de Todo Mundo em Pânico 5 veio pela falta de Anna Farris no elenco, pois desde o 4º filme já se via sinais de um desgaste por parte do público e talvez até um descaso pelos roteiristas – que, em maneira alguma, apresentaram algo digno de gargalhadas. Dessa vez, nada muda (como de costume) e temos mais um enredo construído a partir dos recentes (ou não) produções aterrorizantes (só que não), que usam Mama como trama principal para as sátiras de Atividade Paranormal, A Morte do Demônio, A Origem, Cisne Negro e Planeta do Macacos: A Origem – sendo os dois últimos os que menos tem relação como gênero e origem da franquia. É inquestionável a descrença da própria Dimension Films no filme, fazendo diversas alterações (adiamentos) na data de lançamento, por isso não é de surpreender com o fraco lucro nas bilheterias de apenas US$ 30 milhões (o menor da franquia).
E para ficar ainda pior, percebemos que as participações especiais de Lindsay
Lohan e Charlie Sheen de nada acrescentaram para nos fazer rir, muito pelo
contrário, afinal foram cenas tão previsíveis – ao estilo mais dinâmico que Todo
Mundo em Pânico pode ser – que viraram totalmente descartáveis, onde nem mesmo
o talvez dito “humor negro” praticado contra LiLo fizesse algum efeito. No
entanto, vale ressaltar que o longa consegue nos fazer dar algumas risadinhas,
seja nas de duplo sentido (sexual) ou no simples fato de ser tão ridículo que
dá graça. Além disso, a trama teve uma boa procura de cenários, que condiziam
quase perfeitamente com o original, abusando de elementos a mais que
conseguiram prevalecer com o conteúdo adotado pela franquia diante de tantas produções
semelhantes (ou cópias) – que conseguem ser bem mais mal-feitas. Não te jeito,
crianças enfiando material agudo em si mesmas, o rabo de um gato que pode ser
confundido com um pênis, um especialista trapaceiro e fanfarrão de fantasmas,
sonhos apelativos ao sexo com Christian Grey de Cinquenta Tons de Cinza e
cabeças de bebes pegando fogo não tem mais graça quando o mundo deixou de ter
somente as produções audiovisuais como formas de rir (na internet se encontra
muita coisa melhor e rápida).
Está tudo muito fora de ordem em Todo Mundo em Pânico 5, mas isso não seria problema caso houvesse um sentido para rir, mas como não há, fica tudo a mercê dos desgostos dos produtores. E assim a franquia se encerra com uma comédia que além de fraca chega a ser imensamente inútil, não menosprezando o trabalho da equipe, mas sim a falta de vontade em desenvolver algo, pelo menos, aceitável. Serve apenas para assistir com os amigos e rir mais da zoação alheia do que com o próprio filme. E respondendo a pergunta do título: têm sim pessoas que riem (forçadas), porém dificilmente soltarão as tão inusitadas e almejadas gargalhadas!
Está tudo muito fora de ordem em Todo Mundo em Pânico 5, mas isso não seria problema caso houvesse um sentido para rir, mas como não há, fica tudo a mercê dos desgostos dos produtores. E assim a franquia se encerra com uma comédia que além de fraca chega a ser imensamente inútil, não menosprezando o trabalho da equipe, mas sim a falta de vontade em desenvolver algo, pelo menos, aceitável. Serve apenas para assistir com os amigos e rir mais da zoação alheia do que com o próprio filme. E respondendo a pergunta do título: têm sim pessoas que riem (forçadas), porém dificilmente soltarão as tão inusitadas e almejadas gargalhadas!
Scary Movie 5
Diretor: Malcolm D. Lee
País de Origem: EUA
Elenco: Ashley Tisdale, Simon Rex, Lindsay Lohan
Distribuidora: Dimension Films / Imagem Filmes
Ano de Lançamento: 2013
Duração: 1h 29min