Review: Não tem ressaca que aguente “Se Beber, Não Case! Parte III”
Se você riu e se
divertiu no primeiro filme e teve uma ressaca de desgosto no segundo, é bem
provável que em Se Beber, Não Case! Parte III os sintomas se repitam com uma
dose de risadas forçadas e cansaço dos acontecimentos. É verdade que o diretor
Todd Philips tentou imprimir a melhor caracterização de seus personagens, porém
o resultado foi inverso e deixou alguns bem mais sem graça do que deveriam – a
começar pelo tão simpático, louco e desumano Alan (Zach Galifianakis).
Enquanto o trailer praticamente evidencia cenas que são interpretadas como bem engraçadas, o contexto deixa a desejar e contribui para o desalinhamento de mais uma aventura do bando de lobos – agora já desgastados pelo cotidiano dos casamentos. Stu (Ed Helms) já não é mais o dentista inseguro e cheio de conflitos com as pessoas que conhecemos e Phil (Bradley Cooper) deixou de ser o galã insensato e despreocupado com a vida, e embora isso seja um ponto positivo para a evolução dos personagens, torna-se um dos furos do roteiro, que tenta investir nos mesmos casos banais e soluções rápidas – sem um motivo eminente para cada situação. A questão de sequestro foi altamente usada nos filmes anteriores e, dessa vez, vira o alvo de toda a trama, afinal para quê serve o Doug (Justin Bartha) do que para ser pego pelos chefões da máfia?!
Lembrando que agora não tem casamento nem ressacada – para deixar sem sentido o próprio título original e o brasileiro -, mas tem um Chow (Ken Jeong) que foge da prisão e talvez esteja nesse momento que temos uma das cenas mais épicas e deslumbrantes da trilogia, por trabalhar com o humor de forma irreverente e sem ser forçado – sem mencionar a rebelião muito bem arquejava nas expressões dos rotos dos detentos e do tal diretor do lugar.
Enquanto o trailer praticamente evidencia cenas que são interpretadas como bem engraçadas, o contexto deixa a desejar e contribui para o desalinhamento de mais uma aventura do bando de lobos – agora já desgastados pelo cotidiano dos casamentos. Stu (Ed Helms) já não é mais o dentista inseguro e cheio de conflitos com as pessoas que conhecemos e Phil (Bradley Cooper) deixou de ser o galã insensato e despreocupado com a vida, e embora isso seja um ponto positivo para a evolução dos personagens, torna-se um dos furos do roteiro, que tenta investir nos mesmos casos banais e soluções rápidas – sem um motivo eminente para cada situação. A questão de sequestro foi altamente usada nos filmes anteriores e, dessa vez, vira o alvo de toda a trama, afinal para quê serve o Doug (Justin Bartha) do que para ser pego pelos chefões da máfia?!
Lembrando que agora não tem casamento nem ressacada – para deixar sem sentido o próprio título original e o brasileiro -, mas tem um Chow (Ken Jeong) que foge da prisão e talvez esteja nesse momento que temos uma das cenas mais épicas e deslumbrantes da trilogia, por trabalhar com o humor de forma irreverente e sem ser forçado – sem mencionar a rebelião muito bem arquejava nas expressões dos rotos dos detentos e do tal diretor do lugar.
Quando Alan finalmente aparece e
conduz a morte repentina de seu pai, seus amigos (ou não) tentam realizar uma
intervenção para que ele encare seus problemas - pessoais, emocionais, mentais
e vai saber mais o quê! -, que é (inesperadamente) aceito, porém a caminho da
nova jornada de Allan, eles são jogados para fora da estrada pelos capangas de
Marshal (John Goodman), um mafioso que exige que eles encontrem Chow para poder
recuperar suas barras de ouro roubadas – que desencadeia em fatos que surgem
desde o primeiro filme. A partir daí, esse bando de lobos tem um prazo para
entregar seu fugitivo de olhos puxados favorito, que se esconde desde Tijuana,
no México, até Las Vegas. Aparentemente, o roteiro apresenta uma boa proposta,
mas que não atinge o ponto mais explorado da saga: a comédia. Contudo, a
fotografia e posições de câmera continuam sendo as melhores jogadas da edição,
que não se opõem em relação aos baixos índices de risadinhas soltadas ao longo
das horas de exibição.
Esperamos um final épico do filme cômico recordista de bilheterias, mas infelizmente tivemos mais uma má sequência de uma narração tão atrativa para o público. A única gargalhada fiel ocorre apenas no final do filme, mais precisamente na cena extra que vem após a parte inicial dos créditos. Contrariando os argumentos citados acima, o diretor Phillips não desmerece nenhuma congratulação, afinal, por mais que tenha sido uma investida que não deu muito certo, ele foi inteligente e ousado em tentar ocasionar novos acontecimentos para o enredo além da típica ressaca de sempre. A 3ª aventura de Se Beber, Não Case! não foi das melhores, mas garantiu uma mudança de direção para os personagens – que vai além de bebedeira, palavrões e constrangimentos sexuais.
Esperamos um final épico do filme cômico recordista de bilheterias, mas infelizmente tivemos mais uma má sequência de uma narração tão atrativa para o público. A única gargalhada fiel ocorre apenas no final do filme, mais precisamente na cena extra que vem após a parte inicial dos créditos. Contrariando os argumentos citados acima, o diretor Phillips não desmerece nenhuma congratulação, afinal, por mais que tenha sido uma investida que não deu muito certo, ele foi inteligente e ousado em tentar ocasionar novos acontecimentos para o enredo além da típica ressaca de sempre. A 3ª aventura de Se Beber, Não Case! não foi das melhores, mas garantiu uma mudança de direção para os personagens – que vai além de bebedeira, palavrões e constrangimentos sexuais.
The Hangover Part III
Direção: Todd Phillips
País de Origem: EUA
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis
Distribuidora: Warner Bros.
Ano de Lançamento: 2013
Duração: 1h 40min