Review: O clássico revive no enredo sombrio de "Branca de Neve e o Caçador"
A indústria cinematográfica está
cheia de favoritismos e busca constantemente de reviver histórias já contadas,
o que é visivelmente explorado em “Branca de Neve e o Caçador”. Diferente dos
traços impostos nas releituras em “A Garota da Capa Vermelha”, a versão do
diretor Rupert Sanders, estreante no cinema, não toma por base o conto de fadas
criado por cima de Walt Disney, mas sim visa aproveitar ao máximo o lado
sombrio da originalidade dos irmãos Grimm. O trabalho se torna bem interessante
a partir do momento em que as características marcantes dos personagens passam
a ser desmistificadas!
A mercê de toda uma parte sombria, temos a linda Branca de Neve no mesmo enredo
de sempre, mas contado com muita mais maldade e de modo preciso a deixar uma
marca no conto. Não há dúvidas de que o roteiro é muito bem engajado para
telespectadores que gostam de um bom diálogo com cenas de ação relevantes, que
organizam a trajetória conturbada da caça a princesa do Reino.Um dos atos notáveis
é quando presenciamos a belíssima atuação de Charlize Theron, que parece saber
exatamente como usar sua voz no tom de Rainha em profunda magia negra, fazendo
com que, numa obsessão por ser a mais bela, acaba sugando toda a beleza das
pobres camponesas e sérvias que se sentem presas e sob o domínio da soberana
alteza. O passado dado a personagem trabalha de forma brilhante para render uma
compreensão dos motivos para seus planos de querer o Reino somente para si –
atribuindo flashbacks para serem absorvidos numa comoção de seus sentimentos. Em
contrapartida, não temos nenhuma surpresa quanto a Kristen Stewart! A atriz
demonstrou não estar preparada para interpretar uma personagem tão dotada de
habilidades e sutilezas, onde tudo soa como uma Branca de Neve bem superficial
para os tempos modernos. Mas pelo menos ela cumpre o legado de deixar à mostra uma garota confiante com um ar de heroína, sem perder a feminilidade.
Por parte dos atores, Chris Hemsworth perde qualquer destaque que poderia
ganhar ao longo da trama, sendo a todo instante colocado como apenas um
guardião para a Princesa. No entanto, é preciso admitir que o roteiro soube
arquitetar um passado bem condizente com as expectativas de um caçador e ainda
vivenciar isso na relação de aceitar a proposta da Rainha má. Além disso, temos
a pré-suposição de que a ideia central era induzir os telespectadores a
consagrarem a produção por mais um triângulo amoroso, construído por Branca de
Neve, o Caçador e o Príncipe (Sam Claflin). Porém, os acontecimentos seguem de maneira muito
rápida para que um romance seja criado ao redor da trama – o que pode ser tanto
um lado positivo quanto negativo, já que ao final o beijo não convence.
Temos também os Sete Anões, que diferentes dos bons e velhos amigos do conto de fadas, atuam mais como uma gangue que não vê precedentes para sua ganância – é claro que os nomes dados a eles por características são predominantes. Outros destaques devem ser levados em conta, como a ilustre fotografia, que elabora um ambiente personalizado para cada elemento apresentado, e os efeitos especiais, que descendem desde a introdução desnecessária do troll (que serviu apenas como complementar para a ação) até a floresta encantada. Um fascínio por guerra é controlado durante a produção, o que gera cenas relativamente previsíveis (mas boas de se ver). Por outro lado, a grande repercussão se deu mais precisamente pelo caso de traição por parte de Kristen com o diretor Sander, provocando uma ira nas fãs de "Crepúsculo" por deixar Robert Pattinson como um "coitado vampiro com chifres".
Temos também os Sete Anões, que diferentes dos bons e velhos amigos do conto de fadas, atuam mais como uma gangue que não vê precedentes para sua ganância – é claro que os nomes dados a eles por características são predominantes. Outros destaques devem ser levados em conta, como a ilustre fotografia, que elabora um ambiente personalizado para cada elemento apresentado, e os efeitos especiais, que descendem desde a introdução desnecessária do troll (que serviu apenas como complementar para a ação) até a floresta encantada. Um fascínio por guerra é controlado durante a produção, o que gera cenas relativamente previsíveis (mas boas de se ver). Por outro lado, a grande repercussão se deu mais precisamente pelo caso de traição por parte de Kristen com o diretor Sander, provocando uma ira nas fãs de "Crepúsculo" por deixar Robert Pattinson como um "coitado vampiro com chifres".
Não esperem
encontrar mais um filme para crianças e muito menos um longa-metragem empregado
de essências grandiosas para adultos, trata-se apenas de uma produção empenhada
em trazer as contradições impostas ao longo dos anos através dos livros
infantis. “Branca de Neve e o Caçador” é meramente ilustrativa, no mais
algumas horas gastas de entretenimento puro de efeitos especiais e falas bem
aprimoradas (o silêncio, na maioria das vezes, é fundamental), exercendo a
influência de nos colocarmos a frente do que nós mesmos ouvíamos quando
crianças!
*** (3/5)
Snow
White And The Huntsman, EUA, 2012