Por que assistir "American Horror Story"?

por Léo Balducci

Não é novidade para ninguém que atualmente um dos gêneros que mais dá lucro, principalmente no ramo do cinema, é o terror. Milhares de pessoas se acomodam nas aconchegantes poltronas dos cinemas para levar sustos e roer as unhas de ansiedade para saber o que o tal “moçinho” vai fazer para escapar da morte. Mas já pensou em ter toda essa sensação multiplicada na sala de sua casa semanalmente? Bom, isso é só uma parte do que “American Horror Story” pode proporcionar.

A aposta de Ryan Murphy e o do canal FX vem de uma história bastante envolvente, que propicia as melhores cenas de terror da história da televisão norte-americana. A série consegue resumir em 12 episódios uma total loucura de alucinação, medo, ansiedade e ao mesmo tempo uma psicologia mais do que profundamente explorada – o que o diga a segunda temporada, que está atualmente sendo exibida. Nada mais é do que uma forma de prender telespectadores durante 1 hora na frente da TV para presenciar cenas desagradáveis, motivadas por um enredo descrito como espetacularmente elaborado e que consegue, sem necessidade de se refugir a partes irrelevantes, trazer uma experiência denominada como surreal e inacreditável.


Por mais que utilize elementos sobrenaturais, a premissa da série atinge exatamente o ponto que cerca as pessoas entre realidade e imaginação, mas sem perder a qualidade do terror e os imensos diálogos reveladores. Diferente das demais produções, “American Horror Story” não tem sua história contínua em temporadas, na verdade, cada uma delas narra uma história completamente diferente, mas que provavelmente tem uma intensidade bem maior do que a anterior. Na primeira, somos introduzidos a uma família que resolve se mudar para um casa, que guarda segredos especialmente macabros, e que são rodeados por elementos de terror extremo e uma vizinha que parece saber bem mais da casa do que a corretória de imóveis. Através disso, acontecimentos marcam a trajetória da série, resultantes de mais cenas de horror para os fascinados pelo gênero.

Por fim, AHS não é apenas uma narração de uma história de terror da América, tudo se engrandece a uma rebelião de sensações e emoções que saem de dentro da TV e consumem o espectador de tal maneira que o ponto final parece insuficiente para nossa própria satisfação como meras pessoas que exigem entretenimento (às vezes de qualidade e outras vezes não). Mais do que mexer com o psicológico de suas personagens, a produção de Murphy explora o ponto mais íntimo de cada um e transmite tudo isso num único significado: reflexão. Não precisa ter coragem para assistir, apenas vontade de entrar dentro de um mundo cheio de pensamentos inexplicavelmente profundos.


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