Review: Audácia, perversão e emoção em Shame

por Aline Santos

Brandon, interpretado pelo ator Michael Fassbender, vive um solitário na cidade de Nova York com uma carreira estabilizada, porém, procura no sexo, muitas vezes não convencional, a solução dos seus problemas, mas com a chegada de sua irmã Sissy, interpretada por Carey Mulligan, sua vida de sexo intenso e desregrado é abalada.


Em meio a essa atmosfera, o filme traz alguns questionamentos: Do que você se envergonharia? De um segredo do passado? De suas origens? Essa é a proposta do filme Shame, que lança para o público um atípico protagonista sem nenhuma vergonha de sua natureza egoísta ou de seus desejos que não se encaixam no padrão da sociedade. O filme não é para aqueles que vão para o cinema à procura de entretenimento, uma diversão no domingo à noite. Shame é um retrato da sociedade contaminada por uma doença invisível, mas que vaga silenciosamente na nossa sociedade desde a classe mais baixa até a mais alta: a hipocrisia.

A temática do filme interessa àqueles leitores que preferem filmes intrigantes é para aqueles que não se chocam com a mais pura verdade e que não segue os melindrosos padrões da nossa sociedade que nos nunca sabemos a quem beneficia, ou sabemos, mas preferimos nos silenciar, essa é a proposta de Shame, que peca um pouco pelo excesso de cenas de sexo e selvageria, mas que são necessárias para enfatizar os assuntos trazidos. O filme não é indicado para moralistas ou falsos moralistas, pois como dizia Nietzsche “A moral limita o homem”.

***** (4,5/5)
(Shame, Reino Unido, 2011)
Direção:  Steve McQueen
Elenco: Michael Fassbender, Carey Mulligan e James Badge Dale
Duração: 1h 39min

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