Justin Timberlake curte a noitada no subúrbio de Nova York em clipe de "Take Back the Night"


Após finalizar os trabalhos com a primeira parte do platinado The 20/20 Experience, Justin Timberlake continua investindo na música com a segunda parte do projeto de visão com a ajuda do single Take Back The Night. A música não é aquela que você ouve e já vicia na primeira vez (nem na segunda, nem terceira... Está mais para a décima), porém dá sequência ao estilo que o cantor vem adotando (meio oitentista e, nesse caso, com batidas e melodia que lembram as composições de Michael Jackson).

Com direção do trio conhecido como The Uprising Creative (que deram toda sua criatividade para os peitos das mulheres em “Tunnel Vision”), o clipe de Take Back The Night mostra um JT mais familiarizado com o subúrbio e cheio dos passinhos de dança (tem paradas para dançar com um garotinho e com qualquer outra que se atrever a passar pela rua). Muitas cenas foram gravadas nas ruas mais turísticas e de pura cultura nova-iorquina, como Chinatown, ao mesmo tempo em que Timberlake também é acolhido pelo povão na balada – enquanto caminha vai cumprimentando todos que conhece. Para ser mais “sou-pobre-mas-sou-sucesso”, ele ainda exibe gravações feitas durante um show de sua turnê, onde aparece com um visual bem simplório (mas sempre JT). Tudo é maravilhoso quando você sabe recuperar a noite sem esquecer suas origens!

Veja o clipe (quem sabe num aprende alguns passos de dança feat. calçada):



Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Miley Cyrus continua #ozada e dançando mais twerk em nova versão (sem cortes) do clipe "We Can't Stop"


Ela prometeu, ela cumpriu! Após polemizar no clipe de We Can’t Stop, música que abre os trabalhos de seu novo álbum, Miley Cyrus liberou uma nova versão sem cortes da diretora Diane Martel para a produção após alcançar a marca de 100 milhões de visualização com o original. E bem, temos uma Miley bem abusadinha e cenas extras de “cair o queixo”, a boca, o pé e tudo mais (só que não).

Começando com os usuais nomes da produção em letras amarelas, que agora inclui o da diretora (com o alter-ego Diamond Martel), vemos a cantora curtindo ainda mais a louca, despojada e sensual festa, com mais bate bundas, zoeira (e encoxamentos) na piscina e movimentos libidinosos na cama (sala de estar, corredor e na varanda, com quase ‘mostra-peitos’). A cena adicional acontece quando todos os convidados (figurantes) resolvem fazer aquela sessão de karaokê – com vozes horríveis, vergonha alheia e bêbados vomitando – só no microfone vermelho - do Gugu -, enquanto azamigas rebolam e sensualizam atrás de você. Temos também Miley fazendo as preliminares com sua Barbie, dançando twerk na velocidade 3 e fechando o clipe com os cumprimentos mais abertos para os manos (só nas línguas, caretas e mãos), porém nada é muito diferente da versão que já conhecíamos antes e o ‘sem cortes’ ficou até que bem cortado (nenhuma referência a Demi, pfvr).

Assista ao clipe (e use e abuse do twerk):



Comentários
0 Comentários

0 comentários:

E se todas as animações da Pixar estivessem conectadas entre si? Venha conhecer a "Teoria da Pixar"


Quem nunca se viu envolvido numa estória da Pixar? O estúdio de animação 3D mais famoso do mundo, que inclusive é pioneiro na apresentação para os cinemas de filmes em 3ª dimensão, conquistou a todos (e mais um pouco), mas o sentido mais impressionante nem era os detalhes e a precisão de movimentos dos personagens, mas sim a criatividade. A Pixar sempre foi vista como um grande sinônimo de criar e inventar enredos fantásticos, que além de nunca antes pensados, nos fazem pensar e induzir nossa própria imaginação. Entretanto, e se alguém dissesse que todas as suas animações estão envolvidas num mesmo universo e espaço de tempo?


Desde os princípios básicos de Toy Story, com os brinquedos que criam vida e o primeiro filme lançado, até Valente, da cabeluda ruiva princesa Merida e último que chegou às telonas, a magia é o elemento mais oportuno utilizado para a elaboração de tramas ou explicações (até aceitáveis) dos motivos para tais criações existirem. O jornalista Jon Negroni resolveu partir do conceito de todos os enredos estão entrelaçados entre si e mostram um futuro e passado ambientado num propósito bem maior, interessante e reflexivo. Pode até parecer que tudo não passa de pressuposições que se encaixam, porém a “Teoria da Pixar” é complexa e ao mesmo tempo admirável, afinal traz realmente um sentido múltiplo para as animação compostas pelo estúdio.

Veja a teoria e tire suas próprias conclusões:

O texto faz parte da "The Pixar Theory", escrita por Jon Negroni

Todos os filmes da Pixar estão conectados. Eu explico como e, possivelmente, o porquê. Alguns meses atrás, eu assisti um vídeo bem divertido no Cracked.com que introduziu a ideia (pelo menos para mim) de que todos os filmes da Pixar realmente existem dentro do mesmo universo. Desde então, estou obcecado por esse conceito, trabalhando para completar o que eu chamo de "A Teoria da Pixar," uma narrativa de trabalho que une todos os filmes da Pixar em um cronograma coerente com um tema principal. Esta teoria abrange todas as produções da Pixar, desde Toy Story. Isso inclui: Vida de InsetoToy Story 2, Monstros S.A., Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille, Wall-E, Up, Toy Story 3, Carros 2, Valente e Universidade Monstros.


Todos os filmes estão ligados entre si e seus enredos influenciam os demais. Aqui vamos nós:

Valente é o primeiro e último filme na linha do tempo. Obviamente, este filme sobre um reino escocês durante a Idade Média é o período mais antigo apresentado pelos filmes da Pixar, mas é também o único filme da Pixar que realmente explica por que os animais do universo Pixar se comportam como seres humanos, às vezes.


Em Valente, Merida descobre que existe "mágica" capaz de resolver seus problemas, mas, acidentalmente, transforma sua mãe em um urso. Nós descobrimos que essa mágica vem de uma bruxa estranha, aparentemente ligada às misteriosas Will-of-the-tufos (conhecidas como chamas-de-fogo-fátuo). Não só vemos animais se comportando como seres humanos, mas também vemos vassouras (objetos inanimados), comportando-se como pessoas na loja (cabana/casa) da bruxa.


Sabemos também que esta bruxa inexplicavelmente desaparece toda vez que ela passa por portas, levando-nos a acreditar que ela não pode mesmo existir. Vamos aos poucos, depois voltamos para Valente. Vamos apenas dizer que, por enquanto, a bruxa é alguém que conhecemos de um filme diferente na linha do tempo.

Algumas pessoas  apontaram que os animais em
Valente voltam constantemente a agir como animais, contestando a ideia de que esta é a origem dos animais que agem como seres humanos. Minha resposta é simples. Eles regredem porque a magia desaparece. Com o tempo, sua inteligência começa a evoluir naturalmente.

Séculos depois, os animais de Valente, que passaram pelo experimento da bruxa, acabaram se reproduzindo, criando uma população em grande escala de animais que foram ganhando lentamente personalidade e inteligência própria.

Existem duas formas de evolução: a evolução dos animais e a evolução da inteligência artificial. Os acontecimentos dos filmes seguintes mostram uma luta de poder entre os seres humanos, animais e máquinas. O palco para essa guerra em relação aos animais é exibido, respectivamente, em Ratatouille, Procurando Nemo e Up. Observe que deixei de fora Vida de Inseto, mas vou explicar o porquê depois. Em Ratatouille, vemos animais que experimentam essa personalidade humana de forma pequena e controlada. Remy quer cozinhar, algo que só os seres humanos fazem. Ele cria relações com um pequeno grupo de humanos e encontra seu sucesso. Enquanto isso, o vilão de Ratatouille, Chef Skinner, desaparece. O que aconteceu com ele? O que ele fez ao saber que os animais eram capazes de transcender seus instintos e executar tarefas melhores do que os seres humanos?


É possível que Charles Muntz, o antagonista de Up, tenha tomado conhecimento desse rumor surpreendente, tendo a ideia de criar dispositivos que conseguissem expor os pensamentos dos animais, como seus cães, através de suas coleiras tradutoras. Essas coleiras indicaram para Muntz que os animais são mais espertos e mais parecidos com os seres humanos do que nós pensamos. Ele precisava dessa tecnologia para encontrar o pássaro exótico que ele estava obcecado, e ele mesmo comenta sobre quantos cachorros ele perdeu desde que chegou à América do Sul.

Mas, então, Dug e o resto de suas experiências são libertadas depois da morte de Muntz, e não sabemos as implicações disso, mas o que sabemos é que o ressentimento entre os animais e os seres humanos se torna cada vez maior. Agora que os seres humanos descobriram o potencial dos animais, eles começam a cruzar a a tal linha. Para desenvolver essa nova tecnologia, os seres humanos começam uma revolução industrial introduzida em Up.

Alguns pessoas têm comentado que Muntz estava trabalhando na América do Sul antes dos acontecimentos de Ratatouille. Isso é verdade, mas nunca é mencionado como e quando foram desenvolvidos os colares. Além disso, sabemos que Ratatouille ocorre antes de Up por várias razões. Em Toy Story 3, um cartão postal na parede do Andy tem o nome e endereço de Carl e Ellie (incluindo seus sobrenomes). Isso confirma que em 2010, o ano em que se passa Toy Story 3, Ellie ainda estava viva ou então morreu há pouco tempo. Isso evidencia a ideia de que Up se passa anos depois.


No começo de Up, Carl é forçado a deixar sua casa para uma empresa porque eles estão expandindo a cidade. Pense sobre isso. Qual é a empresa culpada por poluir a terra e acabar com a vida em um futuro distante por causa de exageros tecnológicos?



Buy-n-Large (BNL), uma empresa que controla praticamente tudo quando assistimos a Wall-E. Na "História da BNL", comercial feito para o filme, somos informados de que BNL chegou até a assumir o controle dos governos. Você já deve ter entendido que essa empresa alcançou domínio global? Curiosamente essa é a mesma organização aparece, de relance, em Toy Story 3:


Em Procurando Nemo, temos uma população inteira de animais marítimas que se unem para salvar um peixe que foi capturado por humanos. A BNL aparece novamente nesse universo através em uma notícia que fala sobre um bonito mundo subaquático. Em Procurando Nemo, os mundos estão sendo ligados. Os humanos estão começando a se proteger contra os animais cada vez mais inteligentes. Pense sobre Dory de Procurando Nemo por um momento. Ela se diferencia da maioria dos outros peixes. Por quê? Ela não é tão inteligente. Sua perda de memória recente é o resultado dela não ser tão avançada quanto as outras criaturas do mar, que é uma explicação razoável para a rapidez com que essas criaturas estão evoluindo.


É provável que a sequência de Procurando Nemo, que será focado em Dory, trate desse assunto e ainda explique o porquê. Também devemos ter mais provas mostrando a situação de rivalidade entre seres humanos e animais.

Outras pessoas alertaram para o fato de Dory ser realmente inteligente ao mostra sinais de evolução devido à sua capacidade de ler e se comunicar com as baleias. Isso realmente mostra sinais de como os animais estão começando a mudar sua inteligência aos poucos.

E esse é o filme que mais passa longe da análise dos animais. Quando se trata de inteligência artificial, começamos com Os Incríveis. Quem é o vilão principal do filme? Você provavelmente pensou de Buddy, o Síndrome, que, basicamente, comete genocídio dos seres humanos com super-heróis.


Será mesmo que foi ele? Buddy não tinha nenhum poder. Ele usou a tecnologia para se vingar do Sr. Incrível por não levá-lo a sério. Parece um pouco estranho que esse homem tenha ido tão longe para cometer genocídio.

Muitos têm discutido sobre qual época realmente ocorreu Os Incríveis, pois vemos a tecnologia dos tempos modernos e mesmo parecendo se passar em 1980, tem uma vibe dos anos 1960. Essa consideração é feita por Brad Bird, o diretor, que diz que o filme se passa em um 1960 alternativo, o que significa que o filme começa na década de 1950.

E como Buddy mata os super-heróis? Ele cria a Omnidroid, um robô assassino que examina os movimentos de todos os super-humanos e se adapta. Quando o Sr. Incrível tem o primeiro contato com essa máquina, Mirage menciona que é uma inteligência artificial avançada, que é astuta/esperta. Sr. Incrível percebe então que a máquina se tornou esperta o suficiente para saber quais seriam suas decisões. Em certo momento, o Omnidroid se revolta contra Síndrome, o que nos leva a acreditar que ele estava sendo manipulado por máquinas o tempo todo, a fim de acabar com a maior ameaça da dominação robótica, os seres humanos super-poderosos. O filme ainda mostra cenas de super-heróis com capas sendo mortoss pelos objetos inanimados, como turbinas de avião... acidentalmente.


Alguém sugeriu que Randall voltando ao tempo teria inspirado Edna a criar o uniforme de invisibilidade da Violet. Além disso, alguns questionam se Síndrome foi ou não realmente manipulado por sua própria tecnologia. Perceba que o filme evidente ter ocorrido no passado. O começo parece acontecer no final dos anos 60 ou início dos anos 70, ou seja, os eventos do filme devem acontecer no final dos anos 80 ou início dos anos 90. Essa é uma introdução adequada para Toy Story, quando começamos a ver as máquinas que questionam o seu propósito na vida. É possível que Síndrome criou essa tecnologia para se tornar melhor do que o seu ídolo. Isso não explica a sua sede de vingança. Parece que ele acabou sendo consumido pelo ódio, e nos permite considerar que as máquinas queriam usá-lo para atender às suas necessidades, uma vez que são seus escravos. Ou isso, ou as máquinas sabiam que matar os heróis era a única fora de conseguir dominar o mundo pela BNL.


Mas então por que as máquinas queriam se livrar dos seres humanos? Sabemos que animais não gostam de seres humanos porque eles estão poluindo a Terra e fazendo experimentos com eles, mas por que as máquinas teriam um problema? Surge assim Toy Story. Aqui vemos os seres humanos usando e descartando "objetos" que são claramente consciente. Sim, os brinquedos amam seus donos, mas ao longo das sequências de Toy Story, vemos brinquedos ficando cansados e insatisfeitos. O que isso quer dizer? Brinquedos e objetos inanimados não são necessariamente máquinas, assim como eles têm algum tipo de inteligência? Síndrome tem a resposta. Ele diz ao Sr. Incrível que seus lasers são alimentados por energia de ponto zero. Esta é a energia electromagnética que existe no vácuo. É a energia invisível que encontramos em comprimentos de onda e uma explicação razoável para como brinquedos e objetos do mundo Pixar criam vida.


Pelos acontecimentos dos filmes de Toy Story, partimos da década de 90 até 2010. Passaram-se cerca de 40 à 50 anos ou mais desde os acontecimentos de Os Incríveis, dando tempo de sobra para a BNL desenvolver essa inteligência artificial.

Enquanto isso, a Pixar está demonstrando insatisfação entre os moldes de civilizações dos brinquedos. Os brinquedos se revoltam contra Sid no primeiro filme. Jesse fica ressentida de sua dona, Emily, por tê-la abandonado. O Urso Lotso odeia os seres humanos no terceiro filme. Brinquedos, obviamente, não estão satisfeitos com sua condição de importância, fornecendo uma razão para máquinas e objetos semelhantes estarem prontos para liderar.

Então, lá pela década de 2000, os super-humanos perderam força e a humanidade fica vulnerável. Assim, os animais acabam tendo a chance de dominarem o mundo, algo como mostrando em Planeta dos Macacos, mas não vemos isso acontecer. Nem mesmo as máquinas acabam por assumirem o controle dos seres humanos por meio da força. Por que isso acontece? É provável supor que as máquinas assumiram o controle, mas não como esperávamos. As máquinas acabam usando a BNL, uma corporação sem rosto (que tem sua figura de líder vista como a natureza), tentando dominar o mundo desde a década de 1960 com a Omnidroid, que não consegue derrotar os Incríveis.

Cada um dos filmes de Toy Story deixa claro que os objetos conscientes confiam inteiramente nos humanos para tudo. Para sua satisfação e até mesmo como fonte de energia. É indicado que os brinquedos perdem a vida quando são guardados, a menos que eles estejam em um museu que permita serem vistas por seres humanos.


Com isso, as máquinas decidem controlar os seres humanos, usando uma empresa que atenda todas as suas necessidades, levando a uma revolução industrial que eventualmente leva à ... poluição. Quando os animais se rebelam contra os humanos para impedi-los de poluir a terra, quem poderá salvar os humanos? As máquinas. Sabemos que as máquinas vão ganhar a guerra, afinal depois animais nunca mais são vistos na Terra. Quem sobrou?


Porque as máquinas deixam tudo fora de controle, e a Terra se torna um planeta impróprio para seres humanos e animais, de modo que os seres humanos restantes são colocados em Axiom, como um último esforço para tentar salvar a raça humana.



Em Axiom, os humanos não têm nenhum propósito além de ter suas necessidades atendidas pelas máquinas. As máquinas fizeram os seres humanos dependerem deles para tudo, porque foi assim que foram tratados quando eram "brinquedos." É tudo o que sabem fazer.


Enquanto isso na Terra, as máquinas são deixadas para trás para povoar o mundo e continuar com o ciclo, explicando como as tradições e construções permanecem presentes em Carros. Não existem animais ou seres humanos nessa versão da Terra, porque todos eles se foram, mas nós sabemos que o Planeta tem ainda muitas influências humanas. Em Carros 2, os carros vão para a Europa e Japão, esclarecendo que tudo isso está ocorrendo na Terra que conhecemos. Então, o que aconteceu com os carros? Nós sabrmod até agora que os seres humanos são a fonte de energia para as máquinas. É por isso que eles nunca se livraram delas. Em Wall-E, eles apontam que a BNL tem a intenção de trazê-los de volta quando o planeta estava limpo de novo, mas eles falharam. As máquinas acabaram morrendo na Terra, embora não saibamos como.



O que sabemos é que há uma crise de energia em Carros 2, com o petróleo sendo sua única fonte apesar de seus perigos. Nós até sabemos que a empresa Allinol estava usando "energia verde" como um catalisador para uma guerra de combustível, a fim de distanciarem os carros de fontes alternativas de energia. Esse combustível "limpo" poderia ter sido usado para acabar com muito rapidamente com a maioria dos carros.


Uma pessoa revelou que "all in all" (Allinol) significa a mesma coisa que "by and large" (BNL), fazendo a ligação entre Carros e Wall-E ainda mais coerente.

O que nos traz de volta à Wall-E. Alguma vez você já se perguntou por que Wall-E era a única máquina que "sobreviveu"? Sabemos que o filme começa 800 anos depois que os humanos deixaram a Terra para Axiom, governado pelo piloto automático (outra inteligência artificial). Será que o fascínio de Wall-E com a cultura humana e sua amizade com uma barata permitiu que fosse capaz de manter sua personalidade? É por isso que ele era especial e libertou os seres humanos. Ele lembrou dos momentos em que humanos e máquinas viviam em paz, longe de toda a poluição causada por ambos os lados.


Depois de Wall-E libertar os seres humanos e trazer a sociedade de volta à Terra, o que acontece então? Durante os créditos finais de Wall-E, vemos o sapato que continha a última semente de planta do Planeta. Ela cresce vira uma grande árvore. Uma árvore que notavelmente se assemelha a árvore central na Vida de Inseto.





Isso está certo! A razão pela qual os seres humanos não existem em Vida de Inseto é porque não há muitos. Sabemos por causa da barata que alguns dos insetos sobreviveram, o que significa que eles se recuperaram um pouco mais rápido, mas o filme tinha que ser distante o suficiente da linha do tempo para que os pássaros voltassem bem.

Eu admito, a semelhanças das árvores não é o suficiente para suportar a ideia de que Vida de Inseto tenha ocorrido depois de Wall-E, mas há definitivamente mais razões pelas quais isso é provável. No entanto, vou deixar a árvore de novo para depois, porque ela aparece em Up também.


Há algo muito diferente em Vida de Inseto quando comparado as outras animações da Pixar de animais, o que me leva a acreditar que ela aconteça no futuro. Ao contrário de Ratatouille, Up e Procurando Nemo, os insetos têm muitas atividades humanas semelhantes, o que os ratos de Ratatouille estavam apenas experimentando. Os insetos têm cidades, bares, sabe o que é um bloody mary, e até mesmo tem um circo itinerante. Tudo isso pressupõe que o filme está em um período de tempo diferente.


Outro fator que diferencia Vida de Inseto dos outros filmes da Pixar é o fato de que ele é o único, além de Carros e Carros 2, que sequer chega a citar humanos.


Tudo bem ,existem muitos desentendimentos sobre a ideia de que Vida de Inseto seja pós-apocalipse, mas vejam bem. A razão pela qual eu estou tão influenciado a cogitar essa ideia é por causa do quão diferente o mundo dos insetos é dos filmes com os demais "animais". Nenhum outro filme da Pixar tem animais vestindo roupas, fazendo loucas invenções, criando máquinas ou teno tanta influência humana como bares e cidades. Em Procurando Nemo, a coisa mais humana que vemos é uma escola, e até que é bastante simples. Mas em Vida de Inseto, temos um mundo onde não há a presença explícita de humanos. Em um ponto, uma das formigas diz a Flik para não deixar a ilha, porque há "cobras, pássaros e insetos maiores lá fora." Ele nem sequer se refere a seres humanos. Sim, existem alguns seres humanos, como o garoto que supostamente pegou as asas do inseto sem-teto, mas que ainda se encaixa em um mundo pós-Wall-E. Além disso, os insetos devem ter alguma radiação para poderem viver por tanto tempo. A média de vida de uma formiga é apenas 3 meses, mas essas formigas conseguem sobreviver a um verão inteiro e deixam a hipótese de estarem lá já faz algum tempo. Uma das formigas ainda diz que "se sente com 90 novamente." Isso é aceitável se você aceitar que as formigas são mais resistentes devido à evolução e genes mutados.

Há um outro filme da Pixar que era para ser lançado em 2012, mas foi cancelado e substituído por Valente. Esse filme foi chamado Newt e eu acredito que ele poderia se encaixar nessa parte da linha do tempo pós-Wall-E. O suposto enredo do filme: "O que acontece quando as últimas salamandras masculinas e femininas de patas azuis do planeta são forçadas pela ciência a ficarem juntas para salvar a espécie, sendo que elas não podem ficar umas com as outras?"



Um filme sobre uma espécie em extinção se reproduzindo poderia funcionar muito bem nessa teoria, mas uma vez que o filme nunca foi lançado, só estou especulando.

Então o que acontece? Humanos, máquinas e animais cresceram em harmonia até o nascimento de uma nova super espécie. Monstros. A civilização de monstros é, na verdade, a Terra no futuro bem, mas bem distante mesmo.


Algumas pessoas especularam que em Universidade Monstros, o colégio foi fundado em 1313. Se estamos realmente no futuro, então isso significa que os monstros podem ter começado uma sociedade do zero e começou a usar o seu próprio calendário. Isso poderia significar que Monstros SA acontece 1400 (ou mais) anos após Vida de Inseto.

De onde que eles veem? É possível que os monstros sejam simplesmente os animais evoluídos modificados devido a uma forte radiação em torno de 800 anos. Mas não durante Wall-E. Eu acho que ele levou centenas de anos depois de Wall-E para que os animais se tornassem monstros. Outra alternativa poderia ser o cruzamento entre seres humanos e animais para que pudessem sobreviver. Nojento, eu sei, mas plausível, já que as linhas de separação entre os animais e os seres humanos estão constantemente em aberto na Pixar.


Seja qual for o motivo, todos esse monstros se parecem com animais horrivelmente mutantes, só que maiores e civilizados. Eles têm cidades e até faculdades, como vemos em Universidade Monstros.

Um problema que alguém descobriu é que isso não explica adequadamente o que aconteceu com os seres humanos. Não descobri uma teoria que eu realmente gosto, mas eu estou propenso a acreditar que monstros e máquinas, eventualmente, se esqueceram de que eles precisam de seres humanos e se livraram deles novamente, não percebendo o seu erro até que todos os seres humanos desaparecessem, levando a necessidade da viagem no tempo. Outra explicação é que os seres humanos simplesmente não poderiam sobreviver mias na Terra.

Em Monstros SA, que tem uma crise de energia, porque eles estão em uma Terra num futuro distante em que não existem seres humanos. Os humanos são a fonte de energia, mas graças às máquinas, mais uma vez, os monstros encontrar uma maneira de usar as portas para viajar para o mundo humano. E não dimensões diferentes.



Os monstros estão voltando no tempo. Eles estão coletando energia para evitar sua própria extinção, indo de volta para quando os seres humanos eram mais proeminentes. O pico da civilização, se você quiser. Embora muito tempo tenha se passado, a rivalidade entre os seres humanos nunca mudou entre animais/monstros. Monstros devem ter contado como instintos anti-humanos que apenas um toque em uma pessoa poderiam destruir seu mundo. Então, eles assustam os humanos para coletar a sua energia até que eles percebem que o riso (energia verde) é mais eficiente, pois é de natureza positiva.

Uma explicação alternativa que se encaixa ainda melhor (feita por comentários): As máquinas e monstros criaram as portas de viagem no tempo, mas perceberam que mexer com o tempo poderia apagar a sua existência e mudança na história. Então, eles treinaram monstros para acreditar que os seres humanos são tóxicos e de outra dimensão, tornando-se o suicídio de um monstro se interagissem muito com seu mundo.

Nós até percebemos uma conexão entre a Vida de Inseto e Monstros SA, através do trailer que vemos em ambos os filmes. Como você pode ver, o trailer parece exatamente o mesmo, exceto que o de Vida de Inseto é visivelmente mais velho e sujo, enquanto o de Monstros SA, onde Randall é enviado através de uma porta, tem humanos e parece mais novo.


Olhe para a foto acima. À esquerda está o trailer de Vida de Inseto e da direita é de Monstros SA. O da esquerda parece mais antigo e mais decadente. Mesmo a vegetação é visivelmente mais seca e muito pouca. O trailer da direita tem os seres humanos e a foto mostra grama alta e uma árvore.


Alguns argumentaram que o trailer em Vida de Inseto deve ser nada além de poeira. Eu discordo com base em quão mal intactas outros edifícios estavam em Wall-E. Também falaram sobre a armadilha elétrica para insetos. A armadilha poderia facilmente ser movido a energia solar, assim como Wall-E. Os insetos poderia muito usar a fonte de luz como sinalização para outros insetos sobre a localização da Cidade dos Insetos. Além disso, o trailer em Vida de Inseto não é tão iluminado como o de Monstros SA.

Dito isso, Monstros SA é até agora o filme mais futurista da Pixar. Ao final, os seres humanos, animais e máquinas finalmente encontraram uma maneira de entender uns aos outros e viver em harmonia. E temos a Boo. O que você acha que aconteceu com ela? Ela viu tudo acontecer em uma Terra do futuro onde o "gatinho" era capaz de falar. Então, ela se tornou obcecada em descobrir o que aconteceu com seu amigo Sully e por que os animais em seu tempo não eram tão inteligentes quanto os que ela tinha visto no futuro. Ela lembra que "portas" são a chave de como ela encontrou Sully, e acaba virando...


A BRUXA.

Sim, Boo é a bruxa de Valente. Ela descobre como viajar no tempo para encontrar Sully, e volta à fonte: as chamas de fogo-fátuo. Aqui foi onde tudo começou, e como uma bruxa, ela desenvolve essa magia em uma tentativa de encontrar Sully, criando portas que voltam ou avançam no tempo.

Só para esclarecer: A teoria é que Boo tenha descoberto uma forma de usar as portas para viajar no tempo sozinha, possivelmente através do desenvolvimento de magia por conta própria. Ela provavelmente voltou no tempo para a Idade das Trevas para obter mais magia das chamas de fogo-fátuo.

Como podemos saber disso? Em Valente, você pode rapidamente um desenho na casa da bruxa. É Sully.


Nós até mesmo podemos ver o caminhão do Pizza Planet esculpida como um brinquedo de madeira em sua loja, o que não faz sentido a menos que ela já o tenha visto antes... (e eu tenho certeza que ela viu, afinal o caminhão está em quase todos os filmes da Pixar). Se você olhar de perto, você pode ver o caminhão esculpido abaixo.


Você se lembra de Merida abrindo portas e a bruxa constantemente desaparecendo? É porque as portas são feitas da mesma forma que as de Monstros SA. Elas transportam ao longo do tempo e é por isso que Merida não conseguia encontrar a bruxa.

Várias pessoas têm comentado como esses easter eggs (objetos ou referencias, como o próprio caminhão) estão espalhados por todos os filmes da Pixar. Menciona poucos deles, mas uma grande teoria oferecida por alguns que eu acredito é que estes easter eggs foram colocados pela Boo, intencionalmente ou acidentalmente, enquanto ela viaja no tempo para encontrar Sully. Outra evidência para isso é o fato de que essas referências em Valente estejam na casa dela.


Mas espere. Como foi que Boo fez essas viagens no tempo, e por que ela está obcecada com a madeira? Boo deve ter descoberto que a madeira tem sido a fonte de energia o tempo todo, e não apenas os seres humanos. As máquinas e monstros em Monstros SA usam portas porque eles são feitos de madeira e encontraram uma maneira de usar essa energia para viajar no tempo. Obcecado em encontrar Sully, Boo viajou por todo o universo Pixar usando portas.

É até possível que a madeira da árvore em Vida de Inseto seja a fonte de criatividade do Flik, devido ao seu fascínio e respeito por sementes que crescem em árvores. A árvore também carrega uma semelhança ao que Carl e Ellie frequentavam em Up, o que poderia ser a fonte de criatividade do Carl no uso de balões para o transporte de sua casa. Isso também explica o motivo de Flik e Heimlich de Vida de Inseto aparecerem em Toy Story 2. Boo estava tentando ir para o futuro e poderia ter ficado aquém, indo até o tempo pós Wall-E. Ela precisaria de madeira para manter o tempo de viagem, mas não há muita volta, no entanto, para que ela se depare com a árvore em Vida de Inseto. Ela poderia ter acidentalmente trazido de volta alguns insetos com ela quando viajou para o passado.

Então, Boo voltou para a Idade das Trevas, provavelmente porque ela poderia usar muita madeira lá para seus experimentos ou para estudar a chamas de fogo-fátuo  Sabemos que seu primeiro encontro com Mor'du terminou com ela transformando-o em um urso monstruoso, mas ele regride. Ela provavelmente quis transformá-lo em um urso porque Sully se assemelha a um urso, e ela ainda está tentando descobrir onde Sully está.


Será que Boo chegou a encontrar Sully? Eu gosto de pensar assim. Ele certamente se reuniu com ela pelo menos uma vez como uma criança no final de Monstros SA, mas, eventualmente, ele teve que deixar de visitá-la. Mas seu amor por Sully é, afinal, o ponto crucial de todo o universo Pixar. O amor de diferentes pessoas de diferentes idades e até mesmo espécies diferentes encontrando maneiras de viver na Terra sem destruí-la por causa de um desejo de energia.

E essa é a Teoria Pixar. Mais será adicionado a ela, sem dúvidas, quando o próximo filme da Pixar, The Good Dinosaur, ser lançado em 2014.


The Good Dinosaur supostamente mostra um universo alternativo onde os dinossauros nunca foram extintos porque um meteoro nunca atingiu a Terra. Eles têm os seres humanos como animais de estimação nessa realidade alternativa. Minha teoria é que esse "universo alternativo", explica por que tantas coisas no universo da Pixar são diferentes dos nossos. É porque a evolução nunca foi interrompido por uma catástrofe mundial. Os seres humanos evoluíram para heróis e animais ganhar consicência rapidamente, acelerando o apocalipse para os recursos que poderiam fazer o mesmo com o nosso cronograma. Ah, e Dinoco de Toy Story é uma conexão muito provável para podermos especular.

Para ler a matéria completa e em seu idioma original (com atualização que acontecem frequentemente), clique aqui. O texto foi adaptado pela equipe O Que Vi Por Aí (se for utilizar, por favor, credite).

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Review: Dois olhares sobre "Segredos de Sangue"

As preliminares do suspense em "Segredos de Sangue"
por Léo Balducci


O que define o suspense? Uma trilha sonora cheia de agudos, cenas de gritos, mortes aterrorizantes e uma descoberta surpreendente? Se talvez Hollywood não tivesse estereotipado tantos elementos para o gênero, a maioria dos amantes de levar sustos em frente à tela poderiam se deixar levar pela base cultural e singela que caracteriza o uso do suspense. Segredos de Sangue surge para mudar esse conceito padronizado e refletir pensamentos, ilusões e atração numa arquetípica trama familiar – e conturbada ao extremo.

A introdução é apresentada pela narração da jovem India Stocker (Mia Wasikowska), que por trás da contraposição do que aparentemente está falando, anda pelo campo de flores atingindo as pétalas das flores minuciosamente tingidas de um tom vermelho e branco. Logo temos em tela os créditos iniciais que abusam da arte de edição ao mostrar cenários e transições de nomes tão ilustrativos que chegam até a representar um ato cultural numa das melhores cenas editáveis. Na verdade, a maior parte da produção se preza em exibir momentos e símbolos que atribuem esse sentido mais alusivo, que parte desde realçar a personalidade da personagem principal como também de trabalhar os diálogos bem propostos do roteiro. Em relação à direção, trata-se da primeira obra do coreano Park Chan-wook em solo norte-americano, dando sensibilidade a seus modos de exprimir o sexo, violência e morte.

Se por um lado tudo parece muito apreciativo, por outro temos o decorrer do enredo que parte com o aniversário de 18 anos de India e a repentina morte de seu pai. No funeral, a garota se depara com um homem bem apessoado que é dito como o tio que jamais havia conhecido, limitando seus contatos já introvertidos com familiares. Quando sua viúva mãe Evelyn (Nicole Kidman) convida o então tio Charles (Matthew Goode) para passar um tempo nas comodidades de sua casa, India prevê as inusitadas situações que terá que lidar enquanto percebe as estranhezas e mistérios por trás do atraente tio. A partir daí, o filme se flagra e se desenrola de forma oriunda, calma e singela, analisando os fatos e provando que tanto a atuação quanto o roteiro tiveram uma busca incessante por conhecimentos nas mais precisas ilusões.

Segredos de Sangue desmitifica os típicos elementos do suspense e traz consigo a sedução, vista no simples ato de tocar piano num deslizar de dedos e cordas para atingir as notas, o imaginário elusivo, com a tênue aranha subindo pelas pernas, e a violência atrativa, utilizada pela simbologia do cinto. No fim, você apenas compreende que tudo e nada pertence a você, afinal a construção de sua própria personalidade parte de uma inspiração!

STOKER: “Assim como a flor não escolhe sua cor, não somo responsáveis pelo que viemos a ser.”

Segredos de Sangue é um filme dirigido por Chan-wook Park, diretor que faz parte de um seleto grupo sul-coreano que vem brilhando e cujo talento seria impossível de traduzir em outras mãos. Após o estrondoso sucesso da trilogia vingança composta por Mr. Vingança, Oldboy e Lady Vingança, Park teve finalmente sua estreia no cinema norte americano.

A estória se passa quase que inteiramente numa dessas mansões gigantes e imaculadas em que vivem certas pessoas ricas que escondem segredos. É aí que a frágil e instável viúva Eve (Nicole Kidman) e sua filha India Stoker (Mia Wasikowska), uma adolescente introspectiva e solitária que acaba de perder seu pai (um aristocrata local e talvez seu único elo com o mundo real), moram e passam maior parte de seu tempo. Desamparada e desorientada, India chega aos dezoito anos abatida pela tragédia familiar, mas também não consegue entender sua própria natureza, o que acaba melhorando quando seu tio Charlie (Matthew Goode) aparece e resolve se instalar na imponente casa. Tratando-o a princípio com frieza, India apresenta uma estranha sintonia com o tio. Já Eve, que antes de enviuvar mantinha-se presa num casamento infeliz, vê em Charlie a juventude perdida em seu marido e nutre uma espécie de desejo carnal pela enigmática figura daquele homem sedutor e solista. Os dias vão passando e India começa a descobrir alguns detalhes sobre o passado de seu tio, e quanto mais sórdido ele se apresenta, mais ela parece ficar mais envolvida e vai aos poucos desenvolvendo uma intensa atração.

Num primeiro momento, India é uma menina aparentemente mimada, apática e até mesmo petulante. A partir do momento em que ela passa a receber certa influência, a princípio involuntária de seu tio, a moça começa a despertar sua libido, encontrando seu verdadeiro “eu” e marcando a sua transição para uma fase adulta. Esse rito de passagem só nos satisfaz de acordo com a bela atuação de Mia Wasikowska, a atriz não se nega a dramatizar temas com alto teor libidinoso após cenas que são chaves da trama. Nessa questão, o mundo que Park nos apresenta é composto por cores dessaturadas, é cinzento, gélido. Peles pálidas, movimentos de câmera lentos, olhares que falam mais que palavras, diálogos estilizados e as imagens formam uma atmosfera assustadora. Chan-wook se apropria com graça do roteiro de Wentworth Miller (que claramente foi influenciado por A Sombra de Uma Dúvida, de Alfred Hitchcock), e desde as primeiras cenas apresenta seu apuro técnico e estético marcado especialmente por reviravoltas na trama que são necessárias e asseguram o estranhamento e mistério. O filme tem pitadas de Allan Poe, onde marca a maldade como característica consanguínea, sendo que talvez o título original, Stoker, seja uma analogia ao Drácula de Bram Stoker. Para contar esta estória, Park precisou de atores que fizessem muito com pouco, por isso foi servido por um elenco impecável, onde apesar de cada um deles ser poderoso o suficiente para segurar uma cena sozinhos, as partes em que os três aparecem juntos são uma exposição de arte. Ainda amparado pelo diretor de fotografia Chung Chung-hood, o compositor Clint Mansell e a supervisão de Ridley Scott como produtor, Park Chan-wook faz um intrigante estudo da concepção da psicopatia.

Pode-se perceber que Segredo do Sangue não se assemelha em muito aos antigos trabalhos do diretor, é um filme que mira o intimismo, a violência de outrora assume outras possibilidades mais sutis, comedidas em termos de exposição, porém esta mesma vivacidade pode ser percebida diversas vezes na forma com que o filme nos conduz a pensar. Ao final India percebe que assim como a flor não escolhe sua cor, não somo responsáveis pelo que viemos a ser.





Stocker
Diretor: Park Chan-wook
Páis de Origem: EUA, Reino Unido
Elenco: Mia Wasikowska , Nicole Kidman, Matthew Goode
Distribuidora: FOX Filmes
Ano de Lançamento: 2013
Duração: 1h 40min

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Shane Filan num guia de como encarar um desastre com bom humor no clipe de "Everything to Me"


Shane Filan tem mostrado que sua carreira pós Westlife vai muito bem obrigado. O moço, que liberou seu lead single, Everything to Me, no início deste mês (e que a gente anunciou aqui),  lançou hoje (27) seu clipe pra lá de divertido e com uma mensagem otimista e muito bonitinha: não importa seu problema, esteja feliz sempre!

O vídeo ensina como reagir quando se é sobrevivente de uma queda de avião: muito humor, sorriso no rosto, curtição, música e... aeromoças. Apesar de simples e por vezes prolixo, o clipe tem uma fotografia incrível e soube bem como traduzir o sentimento de otimismo. Eu só posso dizer que Filan ainda tem muito o que surpreender.

Everything to Me será lançada no Reino Unido e na Irlanda em 25 de agosto, junto a um EP com três outras canções inéditas, Everytime, Once Today’s not Yesterday.


Comentários
0 Comentários

0 comentários:

E o Feminismo? Vai bem, obrigado!


Correm nas bocas miúdas que feminismo é coisa de mulher mal amada, solteironas que nunca tiveram um Homem com H maiúsculo para chamar de seu: elas odeiam os homens, sussurram por aí, querem ser iguais a eles, acreditava-se na década de 20 e ainda acreditam, em meio a tantas inverdades, para não chamar de outra coisa, pois a ética não permite, surge a questão:  O que é o feminismo? E quem ele representa? Cansada do que se tem proferido durante anos sobre nós, decidi expor aqui algumas considerações. Não esperem do texto uma enxurrada de teorias, escritas por pessoas de caráter dúbio, que acreditam que somente teoria é necessário para resolver problemas, problemas esses que pulsam de tão reais. O texto é apenas o desabafo, que desde já não intenta agradar ninguém, e se esses “ninguéns” representarem os falsos moralistas que insistem em proliferar uma ordem, ordem de rebanho, tenho dito, aí sim ficarei feliz em saber que meu texto não os agradou.

Em primeiro lugar, não queremos ser homens, é irreal imaginar que hoje em plena pós-modernidade, exaltada por todos, onde acredita-se que estamos evoluindo, pessoas ditas evoluídas pensem que queremos nos igualar aos homens, quando vamos as ruas e gritamos de forma incansável e exaustiva: direitos iguais,  queremos que sejamos colocadas no lugar que nos foi tirado quando os homens ditos “bons” impuseram uma moral, que nada mais era que seus interesses pessoais, e foi essa moral que nos colocou no lugar de inferior, não pense que fomos nós mulheres que nos colocamos lá, ou alguém acha que em um dado momento mulheres se reuniram e decidiram que elas eram inferior? Um pouco difícil de acreditar. Simone Beauvoir escreveu em seu livro O Segundo Sexo: Fatos e Mitos que os homens colocaram a mulher como inferior e que para tanto justificaram suas atitudes em mitos como o de Pandora e a história de Eva.

Posto isso, pulamos para a parte que somos mal amadas. Em parte, essa afirmação sobre as feministas surgiu por muitos acreditarem que nós somos contra o casamento ou a mulher ter filhos. Não somos contra, não queremos que sejamos referenciadas somente como mãe ou esposa, a nossa condição biológica não pode determinar quem somos, se fôssemos contra a mulher ter filhos estaríamos infringido a sua liberdade e esse não é o âmago do movimento. Quanto ao fato da mulher ser esposa, essa era uma visão errônea de algumas feministas, a luta é contra a submissão, já é tempo de deixar de ser o ego do homem e sair da sua sombra, se o casamento lhe faz feliz, que assim o seja.


A necessidade de feministas defenderem suas convicções é fruto da má interpretação do movimento. Há anos tomam-se as ruas para lutar por direitos que irão influenciar a vida daquelas que, inclusive, não se intitulam feministas. Vivemos em uma cultura de atribuir culpabilidade para com a mulher, seus trajes determinam se irão ser estupradas ou não, é como se eu precisasse ter um guarda roupa somente com roupas que não fossem “insinuantes” para evitar que eu seja estuprada. Na Índia, mulheres são instruídas a andar armada como forma de se proteger dos estupros, uma máxima antiga diz “o que os olhos não veem o coração não sente”, porque boa parte dos estupros, das várias violências pela qual a mulher passa, seja ela física, emocional, institucional, são afastadas de nós, em parte por uma mídia tendenciosa e que se intitula “livre”, não nos preocupamos, não nos importamos. Se os jornais anunciam um tal de estatuto nascituro, que alega-se ser para proteger mulheres estupradas, não estamos interessadas; se a as igrejas pregam a submissão das mulheres alegando que a saída dessas para o mercado do trabalho causaram a desestruturação das famílias, quando foi a saída das mulheres para o mercado de trabalho durante o apogeu do capitalismo que foi crucial para as indústrias; aceitamos um Papa “pop”, dizer que não devemos usar anticoncepcionais, afinal o que se quer é que a mulher se afunde em fraldas e roupas para passar e fortaleça o rótulo de mulher dona de casa; isso tudo não importa, não ligamos se nossa mídia não nos mostra esse lado das lutas feministas, afinal  o que todos querem é que o dia acabe para irmos  rumo às nossas casas e, como dizia o cantor-filósofo Raul Seixas, “sentar em uma poltrona com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar", assistir ao senhor distinto nos desejar boa noite e ansiando que comece a novela para saber quem matou quem ou quem vai ficar com quem.

Nessa última parte não focarei exatamente nas feministas ou falarei diretamente sobre o feminismo, escreverei para as mulheres, não irei usar discurso cheio de floreios, o foco é a realidade. Não se deixem enganar, o que queremos não é influenciar ninguém com nossos ideais, apenas queremos conscientizar, olhem ao redor e vejam como a sociedade age conosco, percebam como a ordem somente favorece aos homens, qual de vocês nunca ouviu “tais coisas não combinam com as mulheres”, ou então “essas são atitudes que não condizem com mulheres”? Quem determinou tais leis? Como surgiram? Em minhas observações diárias ouço mulheres dizendo “ele te persegue porque te ama”, ou então “você apanhou porque o amor que ele sente por você é intenso”, em que mundo abominável o amor é sinônimo de violência? Amar é cuidar, é querer bem, e se esse bem não está ao seu lado, aí sim deve-se agir conduzido pelo amor e deixar esta pessoa livre.

Colocadas todas as questões que eram da minha intenção, espero que deixem de confundir sexismo com um movimento rico e de tanta importância para que a causa da mulher não seja inaudita. De resto, peço o que sempre peço e nunca cansarei de pedir, mesmo quando quiserem que me cale: lutem, não interpretem luta como ir às ruas e queimar sutiãs, a luta não é só armada, apesar de ela ser importante para as conquistas, lutem no seu cotidiano, na sua realidade, sempre conteste, duvide, coloque à prova, não aceite nada como verdade, nada é verdade se não vem de algo puro, se pergunte sempre, para quê e para quem essa verdade?.

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Uma Joss Stone apaixonada sofre pelos momentos com seu antigo amor em clipe de “The Love We Had”


Quinto single do The Soul Sessions Vol. 2 e tão incrível quanto os demais. A aposta certeira de Joss em The Love We Had só tinha que resultar num dos mais incríveis clipes de sua carreira, que teve seu lançamento oficial hoje (24). Desde sempre, a videografia da moça vem revelando sua veia teatral: a ótima disposição frente às câmeras mostrou uma Joss perdida e mística em The High Road e, agora, uma mais emocional e intimista.

No vídeo, Joss chora pelos bons momentos vividos com seu amor no passado, e declara constantemente “how I wish that you were here”. A dor da saudade é representada pela tempestade dentro de sua casa: garrafas de vinho, xícaras de café, discos e porta-retratos são destruídos pela força da chuva, até, no final do vídeo, a moça perceber que o fim era inevitável, mas o amor que eles tiveram sempre estará em sua mente. A disposição das cenas, uma série delas em slow motion, a fotografia e, claro, a atuação de Joss foram mais do que suficientes para narrar uma história de amor e dor, sem se render à artificialidade e aos clichês que tanto vemos por aí.

Corre no player abaixo ver Joss do primeiro ao último segundo ():  


Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Review: Preparem-se, pois Selena Gomez vem para encabeçar as pistas com o álbum "Stars Dance"


Após lançar 3 álbuns evolutivos pelos acompanhados da banda The Scene, Selena Gomez lança agora seu primeiro projeto musical totalmente solo (mas nunca forever alone). Stars Dance (nada contra o título meio livro para crianças meio Dança dos Famosos do Faustão) surge com o propósito de firmar de uma vez por todas o nome da cantora na indústria da música como uma figurante do gênero pop ou electro-pop. Descrevendo-o como seu último trabalho como cantora (só que não, né Selena!), ela mostra um amadurecimento natural e cômodo para os ouvintes do não tão radiofônico assim Kiss & Tell e exibe, até aqui, seus melhores vocais, além de partir de uma inspiração bem conceitual do proposital In The Zone de Britney Spears (Neyde aprova!).

Há quem diga que Selenita não tem potentes vocais, e bom, estão certos! Porém, é inegável não admitir que sua voz suave e singela não seja agradável (#autotunelike), afinal para quem se motiva em Neyde, não usar playback é um grande avanço. Paremos com as provocações com nossa cabeçuda e de Britney “Vagina Louca” e vamos ao que interessa: o CD!

Abrindo o repertório, temos nada mais nada menos do que Birthday, fazendo talvez uma linha introdutória com o lançamento do próprio álbum (um dia após seu aniversário de 21 anos). Aqui, Gomez aborda frases mais adultas e modernas – no ritmo das batidas -, fazendo mesmo uma espécie de comemoração pelo que esta por vir. Seguindo por uma Slow Down cheia de dubstep, a faixa parece se encaixar perfeitamente e joga para cima esse estilo ao mesmo tempo latino e baladeiro de Selena. E para quem achou muito infantil, Stars Dance surge para retirar qualquer rótulo que não seja de ‘estrelas dançando’ num suavizar de amor, que mesmo com as batidas presentes, nos encanta por sua simplicidade de versos. Quem te viu quem te vê! Algo meio reggae e dance chega dominando sua cabeça só no “ram pa pa pam” de Like A Champion. Saindo de sua zona de conforto, Selena aposta até mesmo num hip-hop  meio tímido, que nos lembra bem o “mamãe-matei-um-homem” de Rihanna com Man Down. É viciante e um pouco contraditório, sendo que o tal ritmo reggae pode ficar bem ofuscado devido às batidas.


Fazendo só pose para as invejosas, Come & Come It chega só nas batidas orientais e nos “na na na”, fazendo com que gostemos ainda mais da carro-chefe do disco diante do repertório. Forget Forever é a falecida Rule The World, que mesmo com seu título alterado, continua a mesma. É uma forte concorrente para virar single, já que começa aqui à visão de Selena no break eletrônico em versos calmos que se não fosses pelas batidas insistentes, passaria muito bem como uma baladinha. E se todos estavam esperando por esse momento mais relaxado, preparem-se, pois tudo foi somente a preliminar para a balada! Eleita como uma das favoritas dos fãs (e também pelo que vos escreve), Save The Day adota precisamente os ritmos de Come & Get It, abusando mais do refrão chiclete recheado de palavras silábicas típicas de músicas à lá indianas (Sentimos cheiro de single). Se tudo pode ser sobre a batida, por que não uma faixa com esse nome? B.E.A.T. é a mais dinâmica, brincando ainda com as sílabas e repetições viciantes (Dev mandou lembranças).

Como na balada, continuamos sem nenhuma pausa para ir ao banheiro! É aqui que as coisas começam a esquentar e Write Your Name sabe bem disso, afinal quem nunca escreveu o nome de seu amor na árvore, caderno ou pedacinho de pão (João e Maria, não mais!)? Talvez escalada para ser uma baladinha, os versos não deixam a enganar pelo estilo bem eletrônico e um espaço para um rap mais confiante – apesar de não ser também nada de mais. E está aqui nossa aposta de single! Undercover é aquela música que gruda na cabeça, onde você tenta cantar tanto o ritmo quanto imitar o break eletrônico. Aqui, os produtores continuam priorizando os vocais, só que buscando mais aperfeiçoar o ritmo contagiante e até mesmo meio familiar. Sabendo das lembranças deixadas por uma paixão, Selena nos apresenta suas vivências em Love Will Remember, que entra como uma das melhores faixas de todo o álbum por ser tão sentimental que permite que muitos se identifiquem (#JustinBieberXatiado). Partindo das versões extras, temos Nobody Does It Like You, Music Feels Better, Lover In Me e I Like It That Way, que podem até passar despercebidas, porém são boas acompanhantes para finalizar o álbum.

Por fim, Selena Gomez não somente ‘dança com as estrelas’, mas dança com todo mundo, desde Rihanna a Beyoncé ou Christina Aguilera a Adele. O contexto é muito bem empregado e temos a conclusão de que são músicas muito bem produzidas (com focos em batidas e vocais um pouco auto-tunados) e colocadas em seu devido lugar no repertório. Com isso, sabemos que estamos bem preparados para encabeçar nas pistas (sem trocadilhos, pfvr) e só na esperança de que esse seja o último do primeiro novo álbum de Selena!




Artista: Selena Gomez
Álbum: Stars Dance
Lançamento: 23 de Julho de 2013
Selo: Hollywood Records/Universal Music
Produção: The Cataracs, Stargate, Rock Mafia
Duração: 43min
Gênero: Pop

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

One Direction aprontam todas em clipe de "Best Song Ever"


Preparando o terreno para lançar o documentário This Is Us, os garotos do One Direction tratam logo de divulgar o clipe do single promocional Best Song Ever, que mesmo estando longe de ser a melhor música de todas, até que grua na cabeça. O diretor escolhido para seguir adiante com o projeto é Bem Winston, que realmente soube explorar os melhores pontos deles para a criação de personagens um tanto quanto inusitados.

Com o ar cômico, temos os estereótipos com Louis e Niall bem ao estilo velho empresário (carequinhas e bajuladores) e um Zayn só na secretária sexy (que não tem bunda), enquanto Harry viva o nerd publicitário e Liam incorporava o coreógrafo gay (só nas caras, bocas e passos exorbitantes). Além disso, temos as básicas referências ao estilo dos Backstreet Boys, Village People e até mesmo The Wanted (só para colocar mais lenha de provocações na fogueira dos tweets). É tão divertido que todos caem na zoação dos garotos, bagunçando tudo que viam pela frente (desde papéis na mesa até o escritório da empresa). O melhor fica para o final, quando eles relembram algumas boy bands juntando algumas coreografias engraçadas (bugadas e bregas) num ritmo bem descontraído. O que queremos mesmo é nos divertir ao som da melhor música de todas (que não é essa)!

Vem cá ver:



Comentários
0 Comentários

0 comentários: