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Review: Alex Pettyfer é um dos sobreviventes de seu planeta na ficção-científica teen "Eu Sou o Número Quatro"

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por Léo Balducci

Já imaginou você sendo um dos únicos sobreviventes de seu planeta, que foi devastado por inimigos alienígenas? Foi isso que o diretor D.J. Caruso introduziu no filme “Eu Sou O Número Quatro”, trabalhado como uma saga teen de ficção científica.  Diferente do romance de Michael Bay, a adaptação cinematográfica – que começou a ser  feita antes do livro chegar às prateleiras - tenta passar uma relação mais física e racional quanto ao modo como o enredo segue, trazendo elementos mais reais e contemporâneos.

Estrelado por Alex Pettyfer, o filme narra os acontecimentos de um dos 9 jovens que se refugiaram na Terra antes de seu planeta natal Lorien ter sido invadido e exterminado por uma raça alienígena inimiga, os Mogadore. Junto ao seu guardião, interpretado por Timothy Olyphant , John Smith – novo nome que recebeu -  vive se mudando para não ser rastreado pelos agentes do planeta inimigo e vai parar em Paradise, Ohio, onde faz amizade com Sam (Callan McAulife) e Sarah (Dianna Agron) enquanto tem que lidar com os típicos problemas de um adolescente. Apesar disso, ele passa a ganhar poderes e descobre que pode deter os Mogadore ao lado dos outros sobreviventes de seu planeta, como a Número Seis (Teresa Palmer).



Com todo o tema mais sombrio que exige, o filme se destaca por não se prender a partes insignificantes e por não visar uma sequência imediata – que toda saga busca deixar.  Além disso, vale ressaltar que as boas atuações que os principais personagens recebem são de suma importância para que a trajetória da produção passe mais fidelidade e nos convença, afinal trata-se de uma obra totalmente ficcional e é necessário que o telespectador entre completamente na realidade deles para se interessar e compreender as situações sendo exibidas. Outro ponto que reforça a fisionomia são os efeitos especiais, que dão todo o ‘toque’ final que o projeto pede e acrescenta ótimas cenas de ação. A partir disso, a saga começa a traçar seus próprios caminhos e unindo mundos através da imaginação do telespectador, onde os elementos que acompanham o desenvolvimento da trama surgem de forma muito bem explorada e conectam as cenas de romances e aventura. Temos que também dar todo o merecimento à fotografia, feita por Guillermo Navarro (O Labirinto do Fauno), que deixa tudo mais notável.

“Eu Sou o Número Quatro” surge como um possível integrante da nova safra de sagas, que se inteiram com “Jogos Vorazes” e “Percy Jackson”. Talvez a relevância dada pela DreamWorks para a trama tenha sido muito acima do que foi alcançado, mas já deixa uma união de fãs para novos aproveitamentos da obra literária que está por vir. É tudo uma questão de tempo até você também querer fazer parte da guerra entre Lorienos e morgadorianos!

*** (3,5/5)


 I Am Number Four,  EUA, 2011
Direção: D.J. Caruso
Elenco: Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Teresa Palmer
Duração: 1h 49min

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Review: "João e Maria: Caçadores de Bruxas" apresenta ótimos efeitos especiais, mas enredo fraco

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por Léo Balducci

E aqui está mais uma para a coleção! Não há como negar que os estúdios de Hollywood estão fascinados com a possibilidade de reviver os contos de fadas, só que contados de uma forma mais obscura. Passamos por vários subgêneros até chegarmos ao resultado de “João e Maria: Caçadores de Bruxas”. Apesar de algumas pessoas repudiarem a ideia de pagar ingresso no cinema para assistir um filme baseado no clássico infantil, talvez valha a pena gastar algumas horas na frente da telona para apreciar bons efeitos.

A produção, que conta com Jeremy Henner e Gemma Arterton como protagonistas, teve um orçamento embasado em 60 milhões de dólares e deixa claro que o investimento da Paramount Pictures sobre a obra é de uma das grandes apostas, porém não é isso que realmente acontece. O filme nos traz vários anos depois dos pequenos João e Maria teriam sido abandonados por seus pais na floresta e terem encontrado a casa de doces (e matado a bruxa malvada), quando agora são adultos e tem como objetivo caçarem bruxas. As personagens são vistas como grandes guerreiras em busca de exterminar o mal dos pequenos povoados, porém consagrados com um poder que só é revelado ao final do longa. Em meio a isso, temos uma espécie de romance entre Maria e um troll chamado Edward (impossível não lembrar de “Crepúsculo"), além de cenas engraçadas com o típico seguidor desastrado que só quer ajudar.


Tudo fica muito melhor quando assistido em 3D, é claro, mas é preciso se atentar em certos detalhes que acabam por passar despercebidos aos nossos olhos. Os efeitos especiais são de primeira (o que pode ser o grande ‘salve’) aliada a boas cenas de entrosamento dos atores (na maioria das vezes), mas isso não chega a ser suficiente para dar continuidade aos padrões de qualidade. O roteiro é especificamente fraco por não se apoderar de nenhuma trama específica, além de requerer de clichês desnecessários, entretanto não desperdiça formas de criar elementos precisos para um suspense no final que consegue entreter quem está assistindo. Em contrapartida, nota-se a presença excessiva (porém necessária) de violência e uso de palavrões, o que deu a classificação de 14 anos, afinal vemos também esmagamentos de cabeças, lutas que terminam em sangue explícito, tripas voando para sua cara (quando em 3D), uma ‘pitadinha’ de sexo e as caras horrendas das bruxas (que é de dar medo em qualquer um). Para contribuir para a identificação do espectador em séculos passados, somos introduzidos em figurinos excelentes, cenários impecáveis e até uma linguagem mais peculiar da época (diabetes é descrito como ‘doença do açúcar’).

Concluindo, essa adaptação mais sombria de “João e Maria” serve especificamente para acompanhar um enredo bom, todavia com poucas surpresas, e cenas de ação de tirar o fôlego dos atores e do espectador. Trata-se de uma produção mediana comparada a outros do gênero, mas não deixa de desenvolver uma visão bem explorada do conto de fadas. Só faltaram mesmo os pedacinhos de pães!

*** (3,5/5)




Hansel and Gretel: Witch Hunters, Alemanha/EUA, 2013
Direção: Tommy Wirkola
Elenco: Jeremy Renner,  Gemma Arterton, Famke Janssen
Duração: 1h 28min

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