Ainda colhendo os furtos
do prestigiado singleJust
Give Me A Reason, P!nk já se prepara para mais uma maratona de descobertas
do amor e lançou o clipe paraTrue
Love, sua aposta para o verão norte-americano. A música é bem sortida e
bonitinha ao estilo do que o amor tem de melhor: te amo (Word querendo me
corrigir para amo-te), mas também te odeio! Esse é o verdadeiro amor, minha
gente!
E se vocês pensavam que não poderia ficar mais meigo do que ver a
nome-cor-de-rosa dando soluços de amor, temos a participação mais que fofíssima
de sua filha, Willow, e de seu marido Carey Hart – que só pode estar no "true
love" velocidade hard para estar aparecendo
tanto assim nos vídeos de sua amada. Ao mesmo tempo em que vemos a cantora
explodir nos efeitos deChromaem pop arte – que tiveram alguns
frames bem“faça-mal-feito”– e cenas de sua turnê, temos a
incrível visão de Lily Allen (Ou, como ela prefere agora, Lily Rose Cooper)
cortando cenoura na voltagem raivosa e fazendo uma vitamina bem
“amor-quero-te-matar”. Depois de todo esse amor com açúcar barato, só falta nos
reunirmos para fazer uma manifestação pedindo a volta de Lily Allen aos nossos ouvidos!
Veja o clipe (alguém aí ainda duvida de que a maternidade só
trouxe o melhor da P!nk?):
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Review: Vários traumas do terror em "O Mistério das Duas Irmãs"
Esta cada vez
mais difícil encontrar filmes de suspense de boa qualidade e que realmente façam
jus ao gênero, independente de conterem artistas consagrados ou não, afinal
foram várias alternativas exploradas que é praticamente impossível fugir do
clichê (e até das típicas cenas do espelho, onde sempre tem alguém atrás quando
a pessoa o fecha). Ao contrário de muitos, O Mistério das Duas Irmãs assume
ser uma produção que se inspira na temática do suspense, porém consegue se
reinventar em colocar na tela elementos mais usuais e perturbadores (pesadelos
e visões são o que não faltam!).
Primeiramente, trata-se da refilmagem de um filme coreano que, por ventura, não
causou uma boa impressão na crítica local e deixou algumas pontas soltas. No
entanto, pode-se dizer que essa versão norte-americana soube deixar tudo muito
bem redondinho e ainda por cima chocar (um pouco!). A trama acompanha Anne (Emily Browning), que
ao voltar para casa após passar intensos meses numa clínica de reabilitação
traumatizada com a morte de sua mãe em um acidental incêndio, percebe que várias
coisas mudaram, incluindo a suspeita relação de seu pai (David Strathairn) com Rachel (Elizabeth Banks), a
enfermeira que cuidou de sua mãe já doente. Ao lado de sua irmã Alex (Arielle Kebbel), ela
descobre que sua madrasta esconde muitos segredos para uma pessoa tão bem
apessoada e ainda de praxe investiga o incêndio, que parece ser bem proposital
para um acidente. Todo o terror está ambientado nas cenas assustadoras (só que não)
em que rostos desfigurados aparecem e nas vagas lembranças daquela terrível
noite.
Enquanto o enredo parece ser tipicamente comum, o elenco se mostra forte em
cada interpretação que reflete as expectativas das cenas. É lógico que o gênero
impede que romances bobos ou dramas familiares sejam o centro da produção,
porém essa relação é explorada na medida certa e contribui para criar climas e
fazer o espectador compreender o que está acontecendo. Vale ressaltar que
apesar de todo o conflito gerado, o terror mesmo não aparece e temos que nos contentar
com um suspense bem engajado, que segue uma linha de raciocínio desgastante,
mas proveitosa. Entre meios de causar espanto, o filme só se entrega totalmente
no final, fazendo com que todos os mistérios sejam finalmente solucionados de maneira
eficiente e conjunta. Há quem critique seu final bem “degustastativo”, mas há
quem também preze pela surpresa (e ficar de boca aberta!). Sem contar que o filme tem os mesmos produtores de O Chamado - que por si só já é uma boa chamada para assistir!
Não há como negar que suspenses desse modo estejam ficando bem frequentes e
solucionáveis (quem assistiu, entenderá), entretanto o que vale mesmo é o
contexto em si e como ele dialoga com a premissa de uma jovem traumatizada. O
Mistério das Duas Irmãs é uma sugestão muito bem indicada para quem ainda salienta
por tramas psicológicas arquitetadas para um bom entretenimento!
The Uninvited Diretor: Charles Guard, Thomas Guard País de Origem: EUA, Canadá Elenco: Emily Browning, Arielle Kebbel, Elizabeth Banks Distribuidora: Paramount Pictures Ano de Lançamento: 2009 Duração: 1h 27min
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Paramore sai de cena e dá lugar às animações frenéticas em clipe de “Anklebiters”
Em Now eles
protagonizaram uma batalha colorida, em Still Into You se divertiram muito e
novamente se renderam às cores em excesso, agora, em Anklebiters – mais recente
trabalho de divulgação extraído do disco autointitulado lançado em abril – eles
usam o colorido de maneira diferente e saem de cena para dar lugar às animações
frenéticas, cheia de rabiscos e formas geométricas.
O clipe, que
fora produzido pela designer Jordan Bruner, mostra espécies de pacman
selvagens e em 3D que transformam-se em uma série de outras formas, um urso que
anda de bicicleta e ouve música, por exemplo (!). As imagens, de diferentes
formas e cores, animam o vídeo numa sucessão frenética e dão significação ao
trabalho.
Vem assistir
porque, além de bonitinho, tá conceitual e divertido:
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Eric Saade e sua historinha de retorno pra casa no hilário clipe de “Coming Home”
Eric Saade
voltou, mas, se quiser, já pode voltar pra onde estava. O moço, que em maio
lançou o EP Coming Home para preparar o terreno para o lançamento de seu terceiro
disco – até então intitulado Forgive Me –, liberou ontem (24) o clipe para o
carro-chefe que leva o mesmo nome do extended
play. Se a intenção de Saade era protagonizar uma historinha de-volta-pro-meu-aconchego bem bizarra, troféus
pra ele agora!
Brincadeirinhas
à parte... mentira, continuemos, porque o clipe merece! O vídeo dirigido por Tobias Nordquist narra as peripécias de Saade e de como ele se perdeu
no caminho pra casa e, senta, que lá vem história! Perdido no deserto (sim, ele
foi parar no país dos mares de areia e sol escaldante!), o moço tenta voltar pra
casa, mas antes ele aproveita pra ensaiar uns passinhos de dança, rolar da areia
e exibir seu corpitcho sarado. Eis que do outro lado do continente, sua amada
se mostra um tanto quanto preocupada e, sem nada pra fazer, resolve tomar uma
ducha (!). Milhas e mais milhas percorridas (porém, não), Eric, finalmente, encontra um
jeito de chegar em casa mais cedo: pega um atalho pela piscina (!).
Apesar de nada fazer sentido algum, Saade e seus produtores atingiram o
grande propósito do clipe: exibir boas doses de takes com os músculos avantajados do
rapaz (nããão que a gente esteja reclamando). Mesmo que a canção não seja tão
boa (ela até que é legalzinha com suas batidas não tão eletrônicas como nos trabalhos
anteriores), dava pra investir numa produção audiovisual menos bizarra!
Vem cá ver Eric Saade revelar como ele foi parar no deserto lá no finalzinho do vídeo:
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Um Disclosure minimalista brinca com formas, cores e luzes em clipe para “F For You”
Eu não resisti, meio mundo de gente não resistiu e agora só falta você
também se render ao charme e ao talento desse duo que ainda vai dar muito o que
falar, Disclosure! Afinal, pra quê resistir a um som minimalista e uma batida
que, se você já ouviu, foram poucas vezes? Guy e Howard Lawrence lançaram
recentemente seu álbum de estreia, intitulado Settle, e juntos são, talvez, uma
das grandes surpresas deste ano até agora. Fortemente influenciados por
artistas eletrônicos de destaque, a dupla de irmãos faz um som com batidas mais
consistentes e únicas, que podem fazê-lo associar imediatamente ao Lo-Fi-Fnk (não
que ambos possuam o mesmo estilo electropop, afinal estamos falando aqui de
visões, e nisso o Disclosure muito se diferencia da banda sueca).
No último dia
23, o duo lançou o clipe para o quinto single extraído do álbum, F For You, e,
novamente, surpreendeu pelo minimalismo grandioso e contemporâneo. No vídeo, os
moços brincam com cores, luzes, efeitos, fashes e imagens deles mesmos com
desenhos icônicos (e já conhecidos) em seus rostos. Quem assina a direção de F
For You é o coletivo Bullion (Little Boots e Metronomy).
Vem assistir
porque os irmãos Lawrence querem te fazer dançar ~muuuito~:
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Review: "Meu Namorado É um Zumbi" – Perdemos a humanidade!
Meu Namorado É um Zumbi é uma adaptação do livro Sangue
Quente, de Isaac Marion. O filme conta a
história de R, um zumbi que adora filosofar sobre as coisas da vida (ou falta
dela) e que vive num aeroporto, frustrado e nostálgico, afastado do resto da
sociedade que, de certa forma, sobreviveu ao apocalipse zumbi.
Um belo dia, R e seus amigos pensantes
resolvem ir se alimentar e no meio do percurso encontram um grupo de
adolescentes que procuravam por remédios fora dos limites da cidade dos humanos
(separada por um muro do restante do mundo). Lá, R, que era um zumbi muito
solitário, conhece e se apaixona pela bela Julie (quer dizer, não tão bela
assim) que, diga-se de passagem, é a filha do cara mais poderoso do mundo, e
começa a se sentir mais “vivo”. Julie inexplicavelmente vai com R até o
aeroporto e passa a viver com ele dentro do avião.
Julie muda para sempre a vida dos
zumbizinhos e os faz descobrir que a cura para o “Zumbismo” seria única e
exclusivamente o amor. O amor ao próximo, como se diz nos mandamentos. O fato de
a sociedade tê-los excluído e abandoná-los os tornavam cada vez mais “zumbis” (sim,
zumbi não é um adjetivo, mais mortos?). O fato é, apesar de o filme ter uma estória
legalzinha é tragicamente clichê, me pareceu um Crepúsculo Zumbi e,
convenhamos, a atriz Teresa Palmer lembra muito a Kristen Stwart, até nos
trejeitos, a forma que sorri, o jeito que passa a mão no cabelo e até o jeito
de andar, a diferença mor é que R não brilha e nem corre pelas colinas e que a
moçoila é loiríssima.
Meu Namorado É um Zumbi é uma miscelânea de
elementos que te faz lembrar várias coisas enquanto assiste, mas no final mesmo
você percebe que é um simples conto de fadas adolescente em que a princesa
beija o sapo zumbi e ele vira um gatinho de olhos azuis e moleton vermelho.
O que salvou o filme, para mim, foi a trilha
sonora. R coleciona discos de vinil (Ah, um zumbi que gosta de ouvir músicas!)
para se conectar com a vida que um dia tivera. Detalhe: ele só escuta rock
clássico! A trilha conta com The Black Keys, Gun's Roses, Bob Dylan, Scorpions,
Springsteen e mais! Então se você busca algo que te faça pensar, não o assista,
mas se quer perder horas pra descontrair, é um filme bom, um filme comum sem
nada de espetacular. Eu só posso dizer uma coisa, não foram horas perdidas e
até me fez pensar (um adjetivo para zumbis mais zumbis), não precisamos de um
apocalipse zumbi para perdermos nossa humanidade, já a perdemos há muito tempo.
Warm Bodies Diretor: Jonathan Levine País de Origem: Estados Unidos Elenco: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, Analeigh Tipton Distribuidora: Paris Filmes Ano de Lançamento: 2013 Duração: 1h 37min
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Resenha: “As Vantagens de Ser Invisível”, ou um retrato doce e singelo de toda uma geração
Stephen Chbosky
pode não ter sido lá dos mais exímios roteiristas/diretores na década de 90 –
quando dirigiu o fracasso The Four Corners of Nowhere –, mas em sua estreia como
escritor de livros conseguiu captar a essência de uma geração que é capaz de
bem resumir a nossa. As Vantagens de Ser Invisível é um retrato singelo, doce e
realista da juventude que sofreu com o primeiro dia de aula no ensino médio,
que via em músicas, livros e filmes as melhores fontes de inspiração, e que
vivia cada segundo, independente da maneira como o fazia.
Charlie, um garoto
introspectivo e observador de 15 anos, é o nosso personagem da vida real aqui. O
high school sempre foi motivo de
preocupação e muita pressão para Charlie, até esse dia chegar e ele ver sua
vida ser transformada quando conhece Patrick – um garoto mais velho de sua
turma de Artes – e Sam – pseudo-irmã de Patrick. Toda a história é contada pelo
próprio Charlie por meio de cartas endereçadas a um amigo anônimo (e talvez
imaginário), tão cheias de sentimentos que podem nos dar a impressão de terem
sido escritas para nós leitores.
Quando chegamos ao fim do túnel, Sam deu um
grito muito divertido, e foi isso. Chegamos ao centro. As luzes nos prédios e
todo o resto eram maravilhosos. Sam se sentou e começou a rir. Patrick também
riu. Eu comecei a rir. E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos
infinitos.
O livro é
carregado de referências a importantes escritores e bandas, como F. Scott
Fitzgerald (Este Lado do Paraíso e O Grande Gatsby), e. e. cummings e Jack
Kerouac (Na Estrada), bem como os Smiths e Billie Holliday, respectivamente.
Bill é o principal responsável por despertar em Charlie o desejo enorme pela
leitura que, além da simples condição de professor de literatura, o empresta
livros e pede que faça análises destes.
As Vantagens de
Ser Invisível é um daqueles livros pra guardar no coração e jamais esquecê-lo,
é um livro que te faz sentir diferente. Os personagens são complexos, reais e
palpáveis. A sensibilidade de Charlie ultrapassa as páginas do livro e te toca.
Patrick alegra, entristece, angustia, liberta, tudo num caldeirão de sentimentos em fervor . Sam é o espelho do jovem que, concomitantemente, sabe e não sabe o
que quer ou fazer. Então, dificilmente você não irá se sentir num desses
retratos.
Se quer entender
o ser humano da maneira mais realista, mas não crua, leia esse livro e (talvez) se sinta
infinito.
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Resenha: Nicholas Sparks aponta pro romance pouco clichê, mas erra o alvo em “Querido John”
“O
que significa amar verdadeiramente uma pessoa?” É essa a pergunta que dá início
ao best-seller – do romancista estadunidense Nicholas Sparks – Querido
John. Publicado em 2007, o livro conta a história de amor vivida entre John
Tyree e Savannah Lynn, que logo é interrompida por uma simples carta,
responsável pelas mudanças no destino de ambos.
O
drama é narrado por John, iniciado com breves descrições de sua infância e
adolescência, desde o seu envolvimento com a coleção de moedas do seu pai até
seus primeiros relacionamentos amorosos na fase de rebeldia. Se vendo forçado
psicologicamente a tomar um rumo na vida, John encontra no exército o meio pelo
qual alcançaria o amadurecimento.
Em
sua primeira licença, ele conhece Savannah, e logo se veem envolvidos. Ambos
mantêm o relacionamento – mesmo tendo o exército como empecilho – até uma
singela e patriota decisão de John ser o motivo de uma carta, que mudaria tudo.
Apesar
de a obra ser altamente dosada em clichês, Nicholas Sparks consegue envolver o
leitor aos personagens, por meio de uma linguagem simples e acessível, fazendo
com que sintamos desde o prazer de John ao perceber que seu amor por Savannah
era recíproco, até sua dor e angústia ao se ver impedido de tê-la novamente.
[...] finalmente
compreendi o que o verdadeiro amor realmente significa. Tim havia me dito, e me
mostrado, que o amor significava pensar mais na felicidade da outra pessoa do
que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha.
Uma
sucessão de fatos – bem colocados aqui por Sparks, porém tão previsíveis –
levam John a responder à pergunta feita na abertura do livro, a partir do
momento em que toma uma difícil decisão pelo seu único e verdadeiro amor.
É
preciso dar créditos, ainda, ao autor pela maneira como trata a Síndrome de
Asperger e as relações comparativas entre o Autismo. Sparks utiliza-se da
sensibilidade, sua maior arma, e quase triunfa, não fosse os rodeios que
circundam todo este núcleo da narrativa.
Apesar
de não ser muito conhecedora de sua obra, Nicholas Sparks, em sua maioria,
segue a mesma linha de Diário de Uma Paixão, um de seus primeiros
romances. Assim como Querido John, Um Amor para Recordar e Um
Homem de Sorte conseguem ser tão semelhantes que parecem se originar
entre si, como se fossem subtramas iguais, porém com personagens e ambiente
diferentes.
Mesmo
não sendo surpreendente, capaz de deixar seus leitores boquiabertos, Querido
John não chega a ser tediante e é uma boa ocupação quando não se tem
algo mais importante a fazer.
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Review: "A Vida de Adele", ou azul é a cor mais quente
Baseado na
história em quadrinhos de Julie Maroh, LeBlue est une Couleur Chaude, o filme
que levou o prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes desse ano foi um dos
favoritos de muitos, A Vida de Adele do
diretor Abdellatif Kechiche, com Adele Exarchopoulos no papel principal.
O filme é um
drama que explora a níveis muito profundos o despertar sexual de uma
adolescente dentro de seu relacionamento com seu primeiro grande amor, que dá
base ao foco de todo o enredo. Vemos Adele aos 16, até seus 20 e poucos anos,
quando ela tenta carreira como professora.
Adele é
inteligente e estudiosa, gosta de ler e tem seus casinhos com alguns garotos de
sua sala. Ela inclusive tem uma quedinha por um deles, e é a caminho de um
encontro com este que ela troca um olhar com uma garota de cabelos azuis, Emma
(Léa Seydoux), por quem se apaixona de cara, e é com ela que tem o
relacionamento que é o foco narrativo do filme.
Apesar de
ser um filme sobre um relacionamento homossexual, é válido afirmar que todos os
pontos explorados podem se encaixar em qualquer relacionamento, assim como
qualquer pessoa pode assistir o filme e apreciar esta obra-prima moderna.
O que mais
chamou atenção e, consequentemente, o que mais causou polêmica no filme foram
as longas cenas de sexo explícito entre as duas amantes. Ênfase em “longas”.
Alguns críticos chegaram até a dizer que a duração destas cenas tiraram um
pouco o foco da história e do envolvimento sentimental com o relacionamento das
duas para uma visão mais carnal daquele momento, que apesar de tudo era
importante para a vida de Adele por ser sua primeira vez com alguém por quem
ela estava perdidamente apaixonada.
Outro ponto
interessante do filme é a visão que ele nos dá de algo tão real, embora tão
artístico, que é, novamente, o relacionamento tratado durante grande parte
dele. Há quem veja filmes apenas como uma maneira de entretenimento, para fugir
da realidade, e esquecer um pouco dos problemas ou da vida no mundo real. Mas
filmes como este nos fazem lembrar o real motivo pelo qual gostamos de cinema.
Eles nos dão a incrível oportunidade de viver outras vidas, tão parecidas com
as nossas, mas ao mesmo tempo tão distantes. Os sentimentos de Adele são tão
reais, sua insegurança, seus momentos de descobrimento, sua dor e sua alegria
são tão vívidos e tão fáceis de identificar, que repensamos e nos perguntamos
novamente “por que gostamos tanto de cinema?”, lembrando das palavras de Oscar
Wilde: “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida.”
O veredito final
foi de que o prêmio Palma de Ouro para A
Vida de Adele foi, sem sombra de dúvidas, merecido, segundo quase todos os
críticos e jurados presentes. As duas atrizes que atuaram nos papéis principais
também levaram o prêmio, evento inédito no Festival. Nos resta agora esperar
para assistir aqui no Brasil e ver se causará polêmica aqui também.
La Vie D'Adele Diretor: Abdellatif Kechiche País de Origem: França Elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Aurélien Recoing Distribuidora: - Ano de Lançamento: 2013 Duração: 2h 55min
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Review: O sonho de liberdade e fronteiras abertas em “Uma Garrafa no Mar de Gaza”
No mar de Gaza é
lançada uma garrafa com uma carta cheia de questionamentos sobre os conflitos
entre israelenses e palestinos. Tal (Agathe Bonitzer), uma garota de 17 anos, queria
entender o que leva essa população da mesma origem étnica a se rebelar
uns contra os outros. Nessa perspectiva, a jovem levanta tais questões: quem será a próxima vítima?
E se fosse você? O que faria hoje se soubesse que sua vida acabaria amanhã? E
se seu pai, sua mãe, seu namorado e sua melhor amiga morressem de uma hora para
outra? Diante disso, depois de ter lançado a garrafa ao mar, ela tem a
esperança de obter essas respostas para suas perguntas, seus anseios e sua
história.
O filme começa a desenrolar
quando a carta é encontrada em terras palestinas. A princípio, a atitude de Tal
soou estranha para o grupo que encontrou a carta, mas com o tempo a relação
entre eles vão criando laços, agora falando de forma geográfica são apenas 60
milhas que os separam. Por outro lado, o histórico de guerra entre os dois
povos é a maior barreira enfrentada por estes. Apesar do desejo mútuo de paz
para ambos os lados, porém os extremistas buscam a paz de forma radical, assim
as pessoas se acostumam com os atentados, morrer ou não acaba se tornando uma
questão de sorte ou azar.
Por que as pessoas se
vestem de explosivos, escolhem um lugar, olham para suas vítimas, sabendo que irá
morrer a poucos segundos, qual o sentido disso? Será que eles não conseguem
saciar sua sede de sangue? Por que é tão difícil cada povo aceitar e respeitar
as questões culturais específicas de cada nação? Tenho mais perguntas do que
respostas, ainda penso que a melhor forma de evitar conflitos é através do
diálogo, mas será que palestinos e israelenses estão dispostos a dialogarem? O
problema é que a guerra vai para todos e inocentes acabam pagando um preço
muito alto por uma batalha que não é deles.
Thierry Binisti conseguiu
narrar de forma sensível e sem apelação os conflitos existentes entre
israelenses e palestinos, trazendo um novo olhar sobre as divergências de
ideias, mostrando que cada cidadão só quer viver em paz e sem medo, acreditando
nos sonhos de fronteiras abertas, uma vida normal, sem medo do que possa
acontecer no presente ou no futuro.
Une Bouteille à la Mer Direção: Thierry Binisti Elenco: Agathe Bonitzer, Mahmud Shalaby, Hiam Abbass País de Origem: França/Israel Distribuidora: Europa Filmes Ano de Lançamento: 2011 Duração: 1h 39min
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Miley Cyrus rebola como uma funkeira em clipe insano de "We Can't Stop"
Que uma festa é
sempre muito louca ninguém pode negar, mas Miley Cyrus fez questão de mostrar
que a loucura, sensualidade e insanidade andam juntas (mais precisamente de
bundas coladas). O clipe de We Can’t Stop, primeiro single do novo álbum da
cantora, foi lançado nessa quarta-feira (19/06) e traz uma Miley muito, mas
muito ousada mesmo e disposta a não somente mudar seu conceito de menina
comportada, mas também de ter passagem garantida para a casa das coelhinhas (ou
melhor, das funkeiras e rappers).
No vídeo, a diversão é o que importa independente de caveiras de batata frita
serem chutadas, garotas dançando com ursinhos de pelúcia gigantes ou um bexigão
em forma de garrafa de cerveja soltar vários charutos (ou salsichas e panquecas). Nada faz muito sentido
na produção, mas merece destaque por simplesmente ser insano assim e abusar de
conceitos criativos - da diretora Diana Martel -, como estar deitado em vários pães de forma (e comê-los no
modo “bêbadasso”), fingir que cortou os dedos ou comer um pão recheado de notas de dinheiro. Mostrando a língua a cada 10 segundos, Miley
conseguiu dar vida a sua música de festa (mesmo que tenha sido de um jeito
vid4-loka-eu-só-quero-é-curtir-ao-estilo-twerking).
Vem cá ver (e aprender a como rebolar deitado em cima de uma cama):
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Review: “Velozes & Furiosos 6” se rende aos artifícios dos filmes de ação (Mas quem disse que isso é ruim?)
Já é de se
acostumar que filmes de ação abusem constantemente de cenas de tirar o fôlego
em câmera lenta em situações, praticamente, impossíveis, onde a típica frase
“Só em filmes mesmo” é conotada usualmente pelos espectadores. Apesar de Velozes & Furiosos 6 continuar adotando essa medida, a franquia tem
mostrado que um roteiro bem arquitetado aliado a cenários e situações que
agradem o público é a melhor receita para uma produção hollywoodiana digna de
boas críticas e lucro de milhões.
Enquanto os primeiros longas-metragens apresentam um visual mais de periferia –
em que os rachas entre carros ocupam a linha principal da trama -, suas
continuações já começam a procurar estabelecer elementos da base de ação, com
várias explosões, lutas e saltos que qualquer teoria de relação duvidaria. Após
fazerem um grande estrago nos cofres do Rio de Janeiro (nota-se a presença de
sarcasmo na inigualável segurança do Brasil), o grupo de Dominc Toretto (Vin
Diesel) é recrutado novamente – com chamadas de desperdícios de dinheiro (quem
não queria estar lá quando Tej soltou as várias notas de dinheiro do caixa
eletrônico?!), curtição pacífica e momentos familiares –, a pedido do
inabalável policial Luke Hoobs (The Rock), para tentarem deter o ambicioso e
perigoso Shaw (Luke Evans). No entanto, o fato de Toretto ter aceitado a missão
parte da premissa de que Letty (Michelle Rodriguez), que teve atestado de óbito
“confirmado”, pode realmente estar viva.
É óbvio que para conseguir manter o foco de fãs assíduos da franquia e já ter a
chance de atrair outros, as cenas cômicas não poderiam ficar de fora. Elas são
até mesmo bem previsíveis e nada muito exorbitantes, mas não há como negar que
atingem alguns risos do público nos momentos mais propícios. Outro ponto forte
se dá ao modo como é trabalhado todo o enredo das produções anteriores,
apegando-se bastante as vivências em desenvolvimento das ações dos personagens,
que evidentemente é uma jogada até certo ponto arriscada, mas que fornece mais
credibilidade a esses furiosos, afinal já se perde as contas de quantas
continuações se perderam ao tentar alcançar tramas distintas e totalmente
desvinculadas do original.
O vilão foi muito bem projetado nas telas por Evans, que soube interpretar
todas as ânsias e criar o clima de ameaça e de “estar sempre um passo a
frente”. Os apetrechos tecnológicos usados por ele foram de suma importância
para condizer ainda mais com o ar misterioso e superior descrita pelo
personagem de The Rock, afinal de contas qual seria o grande motivo de um
policial chamar um grupo “da pesada” para tentar capturar um vilão meia-boca?
Só em más sequências mesmo, o que não é o caso desse. Com carros que vão desde
o luxuoso até o potente no nitro, o digamos “alimento” de todos os filmes está
melhor do que nunca, principalmente levando em conta as novas comodidades e
acertadas precisão de curvas. Vale ressaltar a participação especial de Ritinha
Ora (Era para ser Rihanna, mas como não deu para agendar... Coincidência ou não
chamar Rita?), que com suas caras e bocas, deu a largada no racha entre Toretto
e Letty.
Por fim, Velozes & Furiosos 6 se define com bem mais personalidade do que
muitas pessoas e ainda imprime essa essência de sua trama muito bem elaborada
pelo diretor Justin Lin e do roteirista Chris Morgan, fazendo uso de uma boa
fotografia (filmada na Espanha, Londres e Rússia) e arte conveniente com as
expectativas. Agora só nos resta esperar pelo 7, que já vem até prometido na
cena extra e apresentando Jason Stathan como vilão. Esperamos que essa nova
sequência seja tão grande quanto a pista de avião da base militar russa!
Furious 6 Diretor: Justin Lin País de Origem: EUA Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson Distribuidora: Universal Pictures Ano de Lançamento: 2013 Duração: 2h 10min
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Alicia Keys é vedete e cantora de barzinho no clipe da deliciosa “Tears Always Win”
Que é sempre um
deleite ver Alicia Keys encarnando impecavelmente algum personagem (ou ela
mesma) em seus clipes não podemos negar. Deleite maior ainda é assistir a esses
vídeos frequentemente, com um intervalo muito curto entre um e outro, e isso
ela sabe fazer MUITO bem (a moça é uma verdadeira fábrica de clipes!). Ela, que
no mês passado liberou dois clipes (New Day e Fire We Make) numa mesma semana, lançou Tears
Always Win como single e não muito tardou para que a versão audiovisual também
fosse pro Youtube.
A canção,
composta por Bruno Mars, é, talvez, uma das mais deliciosas do álbum por sua
levada R&B mais intensa, combinada tão bem aos vocais únicos de Alicia. No
clipe, lançado ontem (dia 14), a moça aparece como vedete de um programa de entretenimento e cantora de barzinho numa Los Angeles (?) contemporânea e
noturna, e esbanjando sensualidade, como sempre faz. Keys passeia tranquilamente por cenários,
batidas e situações adversas, o que só tem afirmado seu título de rainha do
R&B/Soul.
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Bruno Mars volta com tudo aos anos 80 com o clipe de “Treasure”
Se tem um
artista da atualidade que realmente nasceu na época errada, esse é sem dúvidas
o Bruno Mars. Não é de hoje que o cantor investe num visual mais antigo – é só
ver os próprios clipes de Locked In The Dark e When I Was Your Man -, porém
podemos dizer que ele se superou em tentar trazer as típicas distorções de
imagem e peculiares cenas de movimentação rápida de câmera no (ótimo) clipe de Treasure.
E aqui mais vez Mars chama sua trupe do barulho para participar da produção
audiovisual, que descola até uns passinhos de dança. É tão incrível perceber
como ele fez uso dos apetrechos tecnológicos de hoje para transformar no
passado, como as luzes ofuscando as cenas com seu brilho, o fundo colorido e do
universo na baixa habilidade com o Chroma, o formato 4:3 da tela e até mesmo a
qualidade do vídeo (que só pode ser visto no YouTube em 480p). A música por si
só já é bastante sólida nos instrumentos e apresenta mesmo aquela sensação do
que se costumava cantar nos versos com rimas fáceis, ousadas e meramente
sensuais.
Venha ver (Bruno e seu tesouro de desejos):
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Review: Não tem ressaca que aguente “Se Beber, Não Case! Parte III”
Se você riu e se
divertiu no primeiro filme e teve uma ressaca de desgosto no segundo, é bem
provável que em Se Beber, Não Case! Parte III os sintomas se repitam com uma
dose de risadas forçadas e cansaço dos acontecimentos. É verdade que o diretor
Todd Philips tentou imprimir a melhor caracterização de seus personagens, porém
o resultado foi inverso e deixou alguns bem mais sem graça do que deveriam – a
começar pelo tão simpático, louco e desumano Alan (Zach Galifianakis).
Enquanto o trailer praticamente evidencia cenas que são interpretadas como
bem engraçadas, o contexto deixa a desejar e contribui para o desalinhamento de
mais uma aventura do bando de lobos – agora já desgastados pelo cotidiano dos
casamentos. Stu (Ed Helms) já não é mais o dentista inseguro e cheio de
conflitos com as pessoas que conhecemos e Phil (Bradley Cooper) deixou de ser o
galã insensato e despreocupado com a vida, e embora isso seja um ponto positivo
para a evolução dos personagens, torna-se um dos furos do roteiro, que tenta investir
nos mesmos casos banais e soluções rápidas – sem um motivo eminente para cada
situação. A questão de sequestro foi altamente usada nos filmes anteriores e,
dessa vez, vira o alvo de toda a trama, afinal para quê serve o Doug (Justin
Bartha) do que para ser pego pelos chefões da máfia?!
Lembrando que agora não tem casamento nem ressacada – para deixar sem sentido o
próprio título original e o brasileiro -, mas tem um Chow (Ken Jeong) que foge
da prisão e talvez esteja nesse momento que temos uma das cenas mais épicas e
deslumbrantes da trilogia, por trabalhar com o humor de forma irreverente e sem
ser forçado – sem mencionar a rebelião muito bem arquejava nas expressões dos
rotos dos detentos e do tal diretor do lugar.
Quando Alan finalmente aparece e
conduz a morte repentina de seu pai, seus amigos (ou não) tentam realizar uma
intervenção para que ele encare seus problemas - pessoais, emocionais, mentais
e vai saber mais o quê! -, que é (inesperadamente) aceito, porém a caminho da
nova jornada de Allan, eles são jogados para fora da estrada pelos capangas de
Marshal (John Goodman), um mafioso que exige que eles encontrem Chow para poder
recuperar suas barras de ouro roubadas – que desencadeia em fatos que surgem
desde o primeiro filme. A partir daí, esse bando de lobos tem um prazo para
entregar seu fugitivo de olhos puxados favorito, que se esconde desde Tijuana,
no México, até Las Vegas. Aparentemente, o roteiro apresenta uma boa proposta,
mas que não atinge o ponto mais explorado da saga: a comédia. Contudo, a
fotografia e posições de câmera continuam sendo as melhores jogadas da edição,
que não se opõem em relação aos baixos índices de risadinhas soltadas ao longo
das horas de exibição.
Esperamos um final épico do filme cômico recordista de bilheterias, mas
infelizmente tivemos mais uma má sequência de uma narração tão atrativa para o público.
A única gargalhada fiel ocorre apenas no final do filme, mais precisamente na cena
extra que vem após a parte inicial dos créditos. Contrariando os argumentos
citados acima, o diretor Phillips não desmerece nenhuma congratulação, afinal,
por mais que tenha sido uma investida que não deu muito certo, ele foi
inteligente e ousado em tentar ocasionar novos acontecimentos para o enredo
além da típica ressaca de sempre. A 3ª aventura de Se Beber, Não Case! não
foi das melhores, mas garantiu uma mudança de direção para os personagens – que
vai além de bebedeira, palavrões e constrangimentos sexuais.
The Hangover Part III Direção: Todd Phillips País de Origem: EUA Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis Distribuidora: Warner Bros. Ano de Lançamento: 2013 Duração: 1h 40min
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Review: "Amor Pleno", não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar
Quando comecei a
assistir Amor Pleno, logo o associei ao filme Árvore da Vida, ambos dirigidos por
Terrence
Malick e sua marca espiritual, introspectiva e busca sobre
o entendimento do ser.
O filme nos conta a
história de Neil (Ben Affleck), um jovem que vai a Paris e conhece Marina (Olga Kurylenko),
depois de algum tempo os dois resolvem voltar aos Estados Unidos e viver numa
cidadezinha no interior de Oklahoma, onde Neil mora e trabalha. Os dois passam a
viver juntos, entretanto a vida não os ajuda muito em meio a tantas reflexões e
desentendimentos, Marina volta a Europa e Neil reencontra uma antiga paixão,
mas descobre que Marina de fato era o amor de sua vida, então ela retorna,
contudo as consternações voltam a ocorrer em sua vida conjugal.
Amor Pleno é um misto
de sentimentos a flor da pele, os pensamentos são expressos por sussurros, o
filme é genuinamente visual, cenas e diálogos quebrados nos levam a uma série
de reflexões. Não há porquês, apenas ações concebidas por meio de pensamentos.
As cenas de amor são expressas em campos, campos vazios, jardins ou cômodos
vazios, com os amantes correndo de um lado para o outro num vai e vêm
inesperado, as casas são vazias, há poucos móveis e isso, expressa toda a
tristeza daquele casal que não sabe muito bem que caminho trilhar, que estrada
seguir.
O filme contém uma
belíssima fotografia que por si só já é uma obra de arte, belos cenários e
vestimentas sugestivas, com cenas curtas, além de cortes abruptos, inesperados
e secos, através do filme, observamos a fragmentação da vida aos olhos de Malick,
as imagens parecem mais uma dança bem estruturada contrastando os belos
cenários cinzentos e vazios com a profundidade encontrada na atuação de cada
personagem que não são compostos por dramáticos exagerados. A clareza nos
pensamentos e as expressões conseguem dar vida ao invólucro emocional que cada
um esconde dentro de si, como se estivessem em meio às tribulações de uma vida
real onde o eu esta em conflito consigo mesmo. Além disso, o filme
ainda ganha pontos com sua trilha sonora de Hanan
Townshend que consegue dar sentido e completar as cenas de forma que elas não
se tornem melodramáticas, clichês e convencionais.
Talvez o filme não
atraia de fato os olhares de todas as pessoas e com certeza nunca se tornará um
blockbuster, sua natureza não é e nunca será se tornar um deles, o filme parece
mais um fruto de todas as dúvidas, inquietações que Malick possui a cerca do amor
e também do relacionamento do homem com Deus. É praticamente impossível diante
de tantas imagens utilizadas como meio de linguagem não se envolver com filme
de forma que o telespectador quer saber o que se passará a seguir.
O filme trata do Amor
de forma incondicional, o amor que Marina esperava encontrar em Neil, um amor
que não se mede, feito o amor que alguns têm por Deus, o diretor e roteirista
trabalha o amor em sua forma mais sublime e pura. Neil, no entanto permanece
quieto e introspectivo e parece ter medo de criar com Marina qualquer vínculo
afetivo profundo e duradouro.
Em meio há tanto
sofrimento ainda acompanhamos a vida de Padre Quintana que esta passando por
uma crise de fé e não consegue enxergar o menor sentido em tudo aquilo que faz
e que prega, tenta recorrer a Deus, mas tudo que consegue é apenas o silêncio
esmagador e angustiante. A sua busca incessante por um contato com o divino,
acaba o colocando num vazio existencial gigante, ele tenta de todas as formas
suprir ou preencher este vazio, mas não consegue de forma alguma. Isso o leva a
uma serie de questionamentos a respeito do amor divino. Se deus é amor porque
ele se esconde? E porque deus não se compadece de todo sofrimento que há no
mundo? E de certa forma, qual a razão de experimentarmos um vazio tão grande
que habita nossa alma e toma conta de nosso ser de forma a perambular os piores
pensamentos que possa existir em nossas mentes?
Os diálogos do filme se
entrelaçam à medida que as ideias expostas através de pensamentos vão ficando
cada vez mais claras, enquanto Marina e Neil não conseguem o tão sonhado amor
que se espera Padre Quintana não encontra (por mais que procure) o amor de um
Deus que talvez nem exista (ou exista estamos falando em possibilidades), a
questão é que ambos esperam um amor recíproco, porém este não é correspondido
com tal intensidade ardente. Talvez o diretor queira mostrar que quando amamos
alguém nos tornamos tão fracos de tal forma que passamos a ver naquela pessoa
uma espécie de divindade e esperamos que esta nos veja da mesma forma, mas nem
todos são capazes de sentir o amor tão profundamente, e isso é projetado dentro
de nós mesmos, ou na natureza e pessoas que nos cercam.
Amor Pleno não trás as
respostas que buscamos, mas incita novos questionamentos a respeito do amor, um
amor que não existe mais que procuramos, procuramos, mas não encontramos, as pessoas não se amam mais,
abandonaram seus princípios suas vontades, em função de algo que nem mesmo elas
sabem o que é. Aqueles que buscam ao longo de sua vida experimentar o amor
pleno não devem esperar recebê-lo de ninguém, antes deve ofertá-lo a aquele que
não pode dar-lhes nada em troca. O filme
vem tocar no íntimo espiritual de cada ser humano, afinal quem nunca amou? Como
diria Schopenhauer, o amor é o objetivo último de quase
toda preocupação humana; é por isso que ele influencia nos assuntos mais
relevantes, interrompe as tarefas mais sérias e por vezes desorienta as cabeças
mais geniais.
O filme é pura arte
filosofia. Um filme para ser refletido, discutido e apreciado, e seu valor artístico
deveria ser reconhecido por todos, porém este não é um filme para todos os
tipos de telespectadores, portanto não vá assisti-lo esperando encontrar algo
comum. Terrence
Malick constrói uma narrativa semiótica que capta o
indizível e é dotado de um detalhismo que quase chega a perfeição, cada parte
que compõe todo o filme é cheia de significação e sentido, constituídas por
simbolismos, metáforas e rimas visuais. Em suma Amor Pleno é indicado para que
aqueles que possuem tamanha sensibilidade, e não vá assisti-lo esperando
encontrar uma narrativa linear ou um romance convencional, eu não ousarei aqui
a dizer quais de vocês possuem tal prestígio apenas deixo minhas opiniões e
espero que assistam e tirem suas próprias conclusões.
To The Wonder Diretor: Terrence Malick País de origem: EUA Elenco: Ben Affleck, Olga Kurylenko, Rachel McAdams Ano de lançamento: 2012
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Carrie Underwood canta a esperança pelo reencontro em clipe de “See You Again”
É quase um
disparate dizer que Carrie Underwood é apenas mais uma cantora country da
atualidade ou mais um produto do American Idol. A moça que surpreendeu com toda
a super produção de Two Black Cadillacs (última até então), liberou
no último dia 05 o clipe para a emocionante See You Again, quarto single
extraído do Blown Away. Assim como a canção, a versão audiovisual pode arrancar
lágrimas (ou quase uma, como aconteceu com essa que vos escreve), já que é uma
homenagem às vítimas do furacão Oklahoma que devastou a cidade norte-americana
de Moore no mês passado.
O vídeo é
recheado de cenas de reencontros de famílias de soldados que retornam da
guerra, momentos felizes e tristes, de pessoas que esperam e anseiam pelo
reencontro (mesmo que espiritual), batismos, bandeiras... Mesmo o cunho
nacionalista por trás de algumas raras cenas (o que dificilmente lhe
incomodará), o clipe mantém o mesmo nível e qualidade da safra extraída do Blown
Away, reforçando como Carrie consegue ser uma figura diferente – e adequar o
meio à situação – a cada canção escolhida como trabalho de divulgação.
Vem que tá
lindo, fofo e emocionante:
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O puro primeiro amor em clipe de “Everything Has Changed”, da Taylor Swift com Ed Sheeran
Não resta dúvidas de que uma das
músicas mais bonitas e inspiradores do repertório de Red é Everything Has
Change. Os versos na voz de Ed Sheeran caíram como uma luva para preencher
ainda mais de sentimentos a música de Taylor Swift e seria um erro quase
imperdoável não transformá-la em single. E aqui estamos com o clipe mais que
bem feito da faixa, que faz uso de crianças para representar os artistas (que
fofura! Quem se candidata a ir apertar as bochechas?). E se vocês pensam que a mini Sulfite é bobinha e muito infantil, se enganam!
Descobrimos que desde aquela época, a cantora já dava suas paqueradas e se
escondia nas cabanas com seu “amorecos”. O clipe não mede esforços para mostrar
como o amor na infância é puro, singelo e também um pouco safadinho (ainda mais
porque ninguém sabe como funcionam as coisas!). Seja dançando na quadra da
escola, brincando na frente do espelho (com batom e giz de cera) ou mesmo
passando um tempo juntos dobrando folhas, o importante é viver esse primeiro
amor. E no final, ficamos surpresos (ou não) com os papais deles, que
demonstram também terem sido o primeiro amor um do outro no "prézinho" (ou mais
para frente!).
Vem cá ver - erelembrar suas
paixonites na escola:
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Os clipes do mês de Maio que passaram despercebidos por aqui
A gente já fez
isso aqui uma vez e nada como um período de reformas (sim, o blog volta hoje
lindo, loiro e cheiroso!) de quase um mês pra nos obrigar a fazer novamente.
Enquanto a gente mexia em HTML pra cá, em Photoshop pra lá, a internet era
bombardeada por ótimos (outros nem tanto assim) clipes – teve de Sara Bareilles
a NX Zero! E por isso, pra não deixá-los de lado aqui no blog, resolvemos
voltar deste período looongo – mas prazeroso – com todos os clipes lançados no
mês de Maio (e de quebra a gente mostra pra você o que achamos de cada um). Dá
só uma conferida:
Olly Murs já
bancou o garanhão sedutor que persegue a mocinha desastrada por onde ela vai em
“Troublemaker”, se duplicou dezenas de vezes e recrutou seu próprio exército
de si mesmo em “Army of Two” e agora quer te mostrar seu lado sensível em Dear
Darlin’, seu mais recente single – o terceiro extraído do álbum Right Place Right Time – que
ganhou clipe no início do último mês. A canção foi composta pelo próprio Murs e
co-composta por Ed Drewett, conhecido por seus trabalhos com The Wanted e
Professor Green.
No vídeo, o
britânico reflete sobre um relacionamento fracassado e os bons e maus momentos
vividos com sua ex-namorada. As cenas que
se confundem entre o passado e o presente do casal mostram um Olly Murs mais
maduro e sensível ao ponto de te fazer acreditar que ele realmente se inspirou
em algum momento marcante de sua vida (tanto na letra como na própria
interpretação no vídeo).
Ele, que vem ganhando mais espaço e
reconhecimento em terras americanas, deve iniciar em muito breve uma nova turnê
pelo Reino Unido, desta vez em parceria com Diana Vickers.
Eis que a
cantora/compositora mais incrível do meio pop/soul volta e lança o clipe mais
divertido do ano! Sim, nós estamos falando de ninguém menos que Sara Bareilles!
A moça que há mais de três anos não lançava disco novo (desde o Kaleidoscope
Heart), decidiu dar continuidade ao EP do ano passado, Once Upon Another Time, e
divulgar Brave como primeiro single do novo álbum que já tem nome e data
marcada: The Blessed Unrest, o quarto trabalho de estúdio com lançamento
previsto para 16 de julho próximo.
No clipe, dirigido
por Rashida Jones, Sara e outros personagens da vida real aparecem e surpreendem
ao começar a dançar, do nada, no meio da rua, do restaurante, do shopping, da
biblioteca... e por aí vai, até atraírem pessoas para a “causa”. Além de
arrancar boas risadas de quem assiste, o vídeo consegue traduzir com maestria a
mensagem de motivação da canção e, claro, traz Sara Bareilles em boas doses pra
matar a saudade.
Se Daylight não se deu muito bem nas paradas, é a vez de Love Somebody tentar restaurar o
bom trabalho com o repertório de Overexposed. Assim, o Maroon 5 tratou logo
de divulgar o clipe, dirigido por Rich Lee, todo inspirado em Ghost à lá
Demi-Moore-no-barro.
Logo somos
introduzidos ao Adam Levine, que se torna o Homem Invisível (do Chaves? Quem
dera!), que tem suas formas aparecendo conforme ele mesmo vai se modelando na
tinta azul. Num clima bem sexy, ele também vai formando a sua amada enquanto os
integrantes de sua banda (também com falta de tinta para formarem algumas
partes de seu rosto) vão seguindo a batida da tinta, quer dizer da música. Não
é nada futurístico nem muito abstrato, apenas simbolismo da sensação de ser o
complementar de seu amor e, mesmo com esse clichê barato feat. Brega, temos uma
produção até bem aceitável no conceito tinta azul no meu Chroma verde.
Pegando carona
no movimento de retorno das boybands, os garotos do P9 parecem estar bem
preparados para enfrentar o mercado internacional e a prova disso está no clipe
de My Favorite Girl, primeiro single dos caras. Criado numa fórmula bem
proposital de hit, a música tem um refrão bem chiclete (que pode sim grudar na
cabeça dos gringos), mas eles terão que se esforçar bastante para conseguir
alcançar o estrelato nos States (principalmente, nesse verão do hemisfério
norte). Visualmente a produção é bem feita, reunindo cenas editadas numa boa
fotografia que parte desde andando pelas ruas das favelas do Rio até surfando e
curtindo com a galera numa pista de skate. Como se trata de Brasil, não dá para
apontar nada, porém o caminho pode ser promissor - pra quem sabe fazer um P com
o 9.
Saindo do The X
Factor e usando seu estilo praiano (só no boné e nas tocas), o Emblem3
finalmente lançou o primeiro single (já conhecido pelos espectadores do
reality) de seu álbum de estreia, administrado pelo empresário e (queridinho da
Demi) Simon Cowell. Não muito diferente do que a maioria das boybands – ou
grupo, pois é assim que gostam que os chamem – costumam abordar em seus clipes
de “inauguração”, contando uma estoriazinha bem modesta (e com bullying). Cada
garota que se sentia ofendida ou ignorada, ganhava um bottom com o nome da
música – e dava direito a assistir ao show deles.
Por sua vez, os garotos só badernavam no camarim e empurravam um ao outro na
frente das câmeras. A música até que boa, a produção também, só que não temos
tanta confiança assim na escolha como um primeiro single, que deveria explodir
na boca do povo. De qualquer modo, está bom, está digno e dá para curtir legal
enquanto esperamos pelo Fifth Harmony (sem estresse, por favor, né!).
Há muito ansiávamos
pela divulgação de algum trabalho para dar início às divulgações de um novo
disco e, depois de pouco mais de dois anos, eis que Jessie J anuncia o
lançamento de um novo single e, em menos de 24 horas para a liberação oficial, cai
na internet canção e clipe juntinhos de Wild, provável primeiro trabalho do
futuro novo disco (ainda sem nome e data de lançamento revelados).
O vídeo, sob
direção de Emil Nava, é todo P&B e traz Jessie toda selvagem (sem trocadilhos, pfvr) ao lado dos
rappers Dizzee Rascal e Big Sean sensualizando frente a uma câmera numa salva
vazia... e só. Não fosse pela qualidade da canção – que traz uma pegada mais
eletrônica e os vocais excelentes característicos a Jessie –, não muitas fichas
seriam apostadas para o retorno da cantora inglesa. Ausência de criatividade à
parte, Jessie J sabe bem como permanecer entre as grandes vozes do meio pop.
Aproveitando o
espaço de inéditas do Greatest Hits:
Chapter One, Kelly Clarkson lançou People Like Us como single e dele fez
um clipe no mínimo bizarro (pra não dizer decepcionante e chorar lágrimas de
crocodilo). A moça, na esperança de obter a mesma reposta por Catch My Breath (posições na Billboard de fazer inveja a Dark Side), fez do clipe propaganda
descarada da Nokia e BMW. No vídeo,
Clarkson aparece como uma cientista num mundo em preto-e-branco que, ao lado de
outros cientistas, examinam uma garota colorida. Mas, encantada pelo excesso de
cor, decide fugir com a “menina anormal”, com direito a uma corrida ao estilo
vídeo-game (e exibindo, como quem não quer nada, a logo da famosa montadora de
automóveis). Como inspiração pra os que vivem “apagados”, o clipe é uma bela
mensagem de que só um Nokia amarelo e uma BMW vermelha de último design pra
colorir nossa vida. Mais sorte e menos apelação pra ex-American Idol da próxima vez.
Ashtrays &
Heartbreaks – Snoop Lion ft. Miley Cyrus (30/05) [por Léo Balducci]
O nosso querido
(ou não) Snoop Dogg (agora Lion, mas também Dogg! Está confuso!) continua
investindo em seu reggae na “vibe-vida-loka-2.0” e lançou o clipe para Ashtrays & Heartbreaks, sua parceria com Miley Cyrus – que está na
promessa de seu novo single We Can’t Stop. Enquanto vemos um Snoop bem
descontraído, temos uma Miley bem largada como uma rapper-$uja (que roupão
branco é esse?) no clipe, que aparece mais pombas do que os próprios artistas.
É digno pensar que eles resolveram tratar da vivência do subúrbio, extraído
típicas cenas de uma vida simples – que é nada mais do que fumaças e vidros
embaçados -, mas ficamos com a impressão de sempre querer algo mais além do
4:20 do Snoop-Dogg-Lion. Dá para viajar legal na câmera lenta e detalhes de
alguns objetos, mas só isso. É, não foi dessa vez que nossos cinzeiros viraram
corações-quebrados!
Ryan Tedder é,
talvez, um dos produtores/cantores/músicos mais geniais da última década e, por
enquanto, está bem longe de deixar de ver seu nome ser citado entre as melhores
produções musicais do momento. Com Feel Again, o OneRepublic anunciou seu
retorno com o trabalho de inéditas Native
(lançado em Maio), depois de um hiato de quase quatro anos. Como terceiro
single, Counting Stars ganhou clipe no último dia 31, só pra reforçar a prodigiosidade
do líder da banda.
Sob direção de
James Lees, o clipe mostra um OneRepublic mais pop e satírico do que nunca.
Enquanto a banda canta e dança num porão, acima deles um culto de “descarrego” –
que mais parece uma festa estranha – é realizado, até o teto desabar com um
senhor. A culpa disso tudo ou é da infiltração ou do jacaré que desfila pelo
porão nos quase cinco minutos de clipe.
Simplicidade na
medida certa, elementos que, deixando a brincadeira da infiltração e do jacaré
de lado, dão representações e significação à sátira e o pop eletrônico tão bem
arranjado fazem deste, sem generalizações, um dos melhores clipes da banda, ao
lado da canção dentre as demais do Native.
Se você, assim
como essa que vos escreve, achava que Matthew Morrison ficaria apenas no debut
album, saiba que estávamos redondamente enganados. O tão amado Mr. Shue de Glee anunciou recentemente seu novo
álbum de inéditas, Where It All Began (lançado no último dia 04) e, há pouco
mais de uma semana, liberou na web o clipe para o primeiro single. Ao contrário
do primeiro trabalho auto-intitulado, It Don’t Mean Thing e todo o novo disco
fazem a linha jazz de raiz e trazem um Morrison dos palcos da Broadway. No
clipe, o moço é a felicidade em pessoa (alou Michael Bublé!) enquanto desfila
pela calçada e corteja belas mulheres. Lá pela metade do vídeo, Morrison e um
grupo de dançarinos fazem um número de dança (como se num flash mob).
A canção e todo
o álbum são, na verdade, regravações de clássicos da Broadway e do West End,
como homenagem ao começo da carreira de Morrison nos teatros. O moço que, desde
Glee já vêm conseguindo mostrar sua versatilidade e facilidade em passear entre
diferentes estilos, prova com este clipe porque sua imagem é quase
indissociável dos palcos teatrais.