A entidade: Não se fazem mais filmes de terror como antigamente?

por Aline Alves 

Queria ver um filme de terror, acabei escolhendo, escolhendo e caí no filme A entidade (Sinister), lançado em 12 de outubro de 2012 e dirigido por Scott Derrickson.

O filme conta a estória de Ellison (Ethan Hawke) um escritor de romances policiais que já teve seus 15 minutos de fama, mas esta em decadência. Seus livros contam estórias de crimes reais que não possuem um desfecho e com seus livros ele acaba encerando o casado achando as peças que faltam para formar o quebra-cabeça.

Ele acaba de se mudar com sua família (esposa e dois filhos) atrás de uma nova estória, pois seu ultimo livro foi um fracasso. O problema é que a casa em que eles vão morar é uma cena de crime onde uma família foi assassinada exceto a pequena Stephanie que continuava desaparecida.

Quando Ellison chega a nova casa descobre no sótão uma caixa cheia de filmes em 8mm que ele muito curioso resolve assistir descobrindo então que se trata de filmes onde famílias são assassinadas violentamente, mas sempre o membro mais novo da família desaparece e nunca mais é encontrado.

Ellison é claro decide investigar os casos e obviamente  coisas estranhas começam a ocorrer em sua casa, ruídos, portas que rangem, luzes apagando e ascendendo, computadores que ligam sozinhos e vídeos que se reintegram após a destruição, além disso, seu filho Trevor (Michael Hall D'Addario) começa a ter pesadelos e a aparecer em caixas de mudança ou no meio do mato (ele era sonâmbulo e revoltado) ao redor da bela casa assombrada.



A partir daí o filme se desenrola numa sucessão de sustos que até deixa a gente com o coração acelerado é um filme que provoca medo, eu definitivamente não o assistiria sozinha à noite e caso assistisse eu dormiria com a luz acessa por um longo período isto é se eu conseguisse dormir, o filme ainda tem um enredo bem amarrado que prende a atenção.  Se o seu objetivo é ver um filme de terror que dê medo e que assuste então vá em frente.

O único problema do filme e que me leva a crer que ele se encaixa aqui no NÃO SE FAZEM MAIS FILMES COMO ANTIGAMENTE, é que a estória não é bem explicada, na verdade o desfecho é que é problemático. Quando o filme acabou eu olhei pro meu primo e meu primo pra mim com aquela cara de ‘Hã?’ é só isso? Eu esperava mais, bem mais do filme, eu me empolguei, eu criei expectativas, desde o cartaz ao trailer do início ao meio do filme até que os créditos vieram feito uma lâmina destruindo as minhas esperanças, resultado: um coração partido, aliás, um não, dois meu primo compartilhou comigo esta triste experiência.

Em suma o filme não é todo ruim, tirando o final que trás aquela sensação de decepção ao público, ou talvez apenas a mim. Quem quer se assustar, se emocionar com o suspense e com doces crianças fantasmagóricas e depois sentir-se frustrado pode ir correndo assistir.  Não se deixem enganar pelo ingênuo cartaz que assim como as criancinhas promete, mas não cumpre, pelo menos no final. 





(Sinister, EUA/ Reino Unido, 2012)
Direção:  Scott Derrickson
Elenco: Ethan HawkeFred ThompsonJames Ransone 
Duração: (1h 50min) 

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Especial #1: As 10 músicas mais tocadas em 2012

por Amanda Prates e Léo Balducci


2011 e 2012 foram os anos dos melhores álbuns, e deles extraídos ótimos e péssimos singles, aqueles que ficaram na função repeat por muito tempo e outros que só impregnaram em nossas cabeças pelos refrãos melosos e nada criativos. E neste clima de fim de ano, foi divulgada, no último dia 12, a lista das músicas mais executadas nas rádios estadunidenses. Rihanna e Flo Rida abarcam as primeiras das 50 posições. Adele, Justin Bieber e Katy Perry não lideram, mas garantem seus nomes listados mais de uma vez. Por isso, retiramos as dez primeiras colocadas para analisar alguns aspectos. Confira: 

1ª We Found Love - Rihanna feat. Calvin Harris
"RiRi canta “We found love in a hopeless place” e repete incontáveis vezes com seus vocais extremamente bem desenvolvidos (o que nunca vi em nenhuma outra música deste tipo). Apesar da falta de letra (e isso é óbvio), a canção, juntamente com “You Da One”, abrilhanta o Talk That Talk e confirma o sucesso da junção “Rihanna+Calvin Harris”, com seu dance-pop capaz de te fazer mexer nos dez primeiros segundos de audição." (Amanda Prates)

"É inevitável pensar em Calvin Harris e lembrar de sua parceria com Rihanna, que de longe se destaca como uma das melhores músicas do ano, não por ser apenas uma bela “farofa-para-o-feijão”, diga-se de passagem, ela também consegue unir um eletro muito bem composto com versos pop que conseguem animar qualquer festa. É uma das poucas músicas que não me canso de ouvir!" (Léo Balducci)
Ouça: ()

2ª Good Feeling - Flo Rida
"E como não poderia faltar, Flo Rida vem pra fazer aquela requentada no “feijão com farofa”, só que ao contrário do single de RiRi, sua faixa pode até ser influente, mas nenhum pouco original ou envolvente, muito pelo contrário, trata-se daquela música que você ouve algumas vezes e depois esquece que está no seu repertório. Chega até a ser uma “farofa” interessante de ser analisada, mas nada além disso!" (Léo Balducci)

"Está mais do que claro que a junção de rap com eletrônica só tem que dá em muita farofada, umas que dão pra ouvir, outras que provocam repulsas. Na farofinha ensurdecedora do Flo Rida não consigo saber se o pior é a letra (com repetições que provocam bocejos), a batida (que não faz muito sentido com a composição) ou aqueles vocais do refrão. Dada a falta de criatividade e originalidade em todos os aspectos da canção, o rapper ainda conseguiu reinar sobre muitas pistas de dança pelo mundo." (Amanda Prates)
Ouça: ()

3ª Glad You Came - The Wanted
"Essa canção é daquelas que provocam o interesse de ouvir, talvez te faça balançar a cabeça com as batidas e já enjoa antes mesmo de chegar ao fim. É com ela que o The Wanted fará o percurso de toda e qualquer boy band: o estouro com um single de batidas eletrônicas (ou não), um ou dois anos até lançar um álbum completo e inédito (ou mais de um a cada ano, o que pode justificar a falta de qualidade de tais), mas nenhuma canção que consiga elevar-se em comparação à primeira, e talvez, um possível esquecimento definitivo. E assim espero!" (Amanda Prates)

"Foi com essa música que a boy band ganhou fama mundial, porém durou tanto que chega a ser enjoativo ouvi-la de novo. Não há como negar que a influência que ela adquiriu nas baladas e festas de quintal foi ótimo para esses aspectos, mas não serve necessariamente para mais nada além de entreter. Os versos se repetem tantas vezes que até aquela tia que mal sabe falar português direito, consegue pronunciar até meio fluentemente. Mas no fundo a gente gosta, e muito!" (Léo Balducci) 
Ouça: ()

4ª Lights - Ellie Goulding 
"Dessa vez, Ellie alcançou seu mérito por uma composição que consegue unir o pop que toca nas rádios com versos muito bem impostos na melodia. Não contém nenhum estilo evidente de “farofa” e muito menos recorre a um limite no ritmo. Foi uma produção muito bem explorada e dá para curtir na balada num remix feito pelo DJ Farofada." (Léo Balducci)

"Mesmo tendo sido lançada como single há mais de um ano, “Lights” foi a escolha certeira de Ellie para fazer estourá-la mundialmente. Com sua melodia baseada no primeiro plano em baixo e batidas, e incorporada por elementos eletrônicos no segundo, a canção parece ter sido minunciosamente trabalhada, desde a composição até a última nota. Os vocais são combinados perfeitamente com toda a estrutura da música, e ela entoa um refrão que gruda parcialmente “You show the lights that stop me turn to stone/You shine It when I'm alone”." (Amanda Prates) 
Ouça: (

5ª Somebody That I Used to Know - Gotye feat. Kimbra
"Este é, sem dúvidas, o dueto mais amor do ano! Relacionada de forma lírica aos seus antigos relacionamentos (amorosos ou não), Gotye não poderia ter escolhido cantora melhor do que a neozelandesa, Kimbra, para compor parte da interpretação da música. Aparentemente o que surpreende de início é a sonoridade peculiar e muito bem colocada na sua essência indie; canção que deu vida a um dos melhores clipes indie de 2011 (senão o melhor!)." (Amanda Prates)

"O indie virando pop, quem diria? Gotye diria, pois se arriscou ao ir completamente contra o que os ouvintes de rádio pretendem, no entanto revelou um ritmo pouco explorado, mas que pode dar muito certo a partir de agora. A letra é absolutamente incrível (nem vou citar o clipe) e o modo como a melodia mais calma, impondo algumas batidas, rima com os versos perfeitamente. O vocal também merece reconhecimento!" (Léo Balducci)
Ouça: (

6ª Call Me Maybe - Carly Rae Jepsen 
"Alguns podem dizer que se cansaram de ouvir, mas na verdade, não podem começar a escutar Hey, I just met you” que já entram no clima desse chiclete que tem uma vaga no pódio. Carly escolheu a música perfeita para se mostrar ao mundo e um senso teen bem mais predominante do que o normal. É o tipo de single que você ouve todo dia porque, afinal, se sente bem, sem contar que já dá ânimo para o dia todo!" (Léo Balducci)

"Se eu deixasse meu ódio falar por mim nesta mini review, eu me permitiria exclamar o quão incrível é o fato de uma música tão ruim atingir os níveis de sucesso como o hit (e parece ser o único) da canadense Carly Rae atingiu. Mas, meu último desejo é causar discussão entre os amantes da canção-chiclete-barato que lerem este post. A combinação de tons, batidas, instrumentos e letra (tão teen pop que chega a dar nojo) é suficientemente capaz te deixar com o refrão na cabeça por dias, só numa primeira audição." (Amanda Prates)
Ouça: () 

7ª We Are Young - Fun. feat. Janelle Monàe
"Apesar de o primeiro álbum (Aim & Ignite, meio ignorado pela crítica) ter sido lançado em 2009, o Fun. foi a melhor coisa pop indie que ouvi neste ano. A parceria com Janelle Monàe não poderia ter sido melhor no primeiro single do disco, que mesmo com uma participação muito tímida, rendeu a posição da Billboard Hot 100 na semana de lançamento (posto fixo até então de Justin Bieber, com "Boyfriend"). A canção começa lenta, com batidas pop-rock alternativo, e se eleva no refrão (grudento), “Tonight, we are young”, e faz um convite, clichê, para aproveitarmos a juventude enquanto há tempo."  (Amanda Prates)

"Impressionante foi o que a banda Fun. conseguiu expressar nessa música de rock alternativo que estimula todos a voltarem a viver jovens. Eles já têm bagagem e mostraram para que veio, exercendo a função de tirarem um pouco mais das rádios todo o eletro-farofa-nunca-mais-vou-ouvir-depois. É bom escutar uma faixa assim, pois você percebe que enquanto a música continua evoluindo (tanto para o bem quanto para o mal), ela traz essa essência de sentimentos, lembranças e mais um turbilhão de sensações positivas!" (Léo Balducci)
Ouça: (

8ª Payphone - Maroon 5 feat. Wiz Khalifa
"letra pode até ser meio “brega” ou não fazer nenhum sentido, entretanto é uma música tão pegajosa que se torna impossível não dar “repeat”. Ela alcançou o lugar mais alto do pódio nos charts e continua mostrando que ainda resta fôlego para dar sequência ao trabalho do Maroon 5. Adam Levine assume a canção totalmente para ele, que nem percebemos quando Wiz Khalifa é introduzido, numa melodia com rimas fáceis, mas que resumem uma trajetória de bons trabalhos para a banda." (Léo Balducci)

"Carro-chefe do melhor e mais pop álbum da carreira da banda, tem sua melodia harmonizada pelas guitarras e sequência de pianos, e a presença menos importante (ou desnecessária) do rapper Wiz Khalifa. A canção fala de uma separação (o que pode fazer alusão ao recente divórcio do vocalista) em que a voz de Adam Levine é mais marcante e envolvente do que nunca. Pode não agitar baladas como grande parte da tracklist do Overexposed, mas provoca uma vontade de querer cantá-la em alto e bom som." (Amanda Prates)
Ouça: ()

9ª Stronger (What's Doesn't Kill You) - Kelly Clarkson
Mais clichê que a letra de Stronger, impossível! Mas a batida do pop eletrônico e incrível voz da moça salvaram a canção e, talvez, a carreira da Idol, que lhe rendeu seu nome junto ao single nas paradas de importantes charts. Depois de fracassos atrás de fracassos, Kelly Clarkson finalmente acertou num álbum que realmente te faça ouvir até o fim e que recentemente atingiu a marca de 1 milhão de cópias vendidas. (Amanda Prates)

"Extraída da primeira temporada do “American Idol”, Kelly renasceu das cinzas com essa música após lançar alguns materiais que não deram tão certo nos charts. Além do refrão forte e imponente, podemos notar também um ritmo muito bem produzido. Uma união que caiu como primeira posição por semanas e que conquistou muitos por seus versos que fazem com que qualquer um queira cantar pois mostram superação e determinação para seguir em frente!" (Léo Balducci)
Ouça: ()

10ª Starships - Nicki Minaj 
"Farofa acompanhada de uma feijoada bem pesada… Essa é a impressão que temos quando ouvimos tantas vezes essa música. Ela com o tempo acaba soando como muito enjoativa e realmente bem pesada, não apenas pelos palavrões desnecessários, mas também pelas batidas insistentes do refrão que se tornam muito inadequadas. Por si só, ela já é uma bagunça, mas é o que a rádio consume, principalmente, quando os ouvintes só se interessam pela batida e não pela letra (vamos xingar todo mundo, afinal o que importa é ganhar dinheiro em cima de umas batidinhas eletro!)." (Léo Balducci)

"Se pudéssemos eleger as piores canções-farofa por meio de uma premiação, Nicki Minaj, com certeza, seria a mais indicada a levar o troféu. Tudo em "Starships" me incomoda: sua letra sem-pé-nem-cabeça, a batida pop misturada ao hip hop e a própria intérprete. As únicas finalidades da música são fazer dançar e te deixar com o refrão pegajoso na cabeça por algumas horas (mas não se preocupe, você esquece rápido!), mais nada." (Amanda Prates)
Ouça: (


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Review: Phillip Phillips surpreende com seu country maduro em “The World from the Side of the Moon”

por Amanda Prates

Se você pretende ouvir The World from the Side of the Moon, tenha em mente antes que este não é um álbum pop e Phillip Phillips não almeja o rótulo de pop star. O que você encontrará é um trabalho um tanto incomum aos dos antigos american idols, talvez um dos melhores, e a prova de que o rapaz não quer ser mais um artista descartável da máquina de música pop. Longe de Kelly Clarkson, Jordin Sparks, David Cook e Kris Allen, o norte-americano de 22 anos, vencedor da última temporada do reality show comandado por Mariah Carey e cia, é amante do folk-rock, do country e do pop rock e possui um timbre que logo me faz lembrar Bruce Springsteen. E antes que você torça seu nariz, este não é um daqueles discos country chatos, melancólicos e sombrios de ponta a ponta. Seu álbum de estreia é recheado de ótimas baladas, letras inspiradoras e melodias cativantes, como se fossem misturas de tudo o que há de bom da música, e influência clara de Dave Matthews e Jonny Lang, por exemplo.

Com I watch the world from a side of the moon/Looking at the stars, looking back to you” Phillips abre o disco em “Man On The Moon”, essencialmente country e com instrumentos típicos como o banjo, que já logo te surpreende pelo incrível timbre do rapaz. A popular “Home” continua atingindo as primeiras posições em importantes charts e até ganhou cover no oitavo episódio da atual temporada de Glee. Ela é uma daquelas canções típicas a Bruce Springsteen, com banjos, guitarras e coros em um exagero certeiro e uma mensagem madura e patriota. “Gone, Gone, Gone”, anunciada recentemente como segundo single, se destaca em meio as 12 faixas e parece ter as mesmas fórmulas de sucesso de sua anterior. A melodia de “Tell Me a Story” é doce e aumenta seu desejo de querer continuar a ouvir o álbum até o fim, e declara “So don't believe in everything you see/Because what you want might not be what you need”.


Enquanto “Get Up Get Down” se diferencia das demais por sua agitação pop rock, “Wanted Is Love” incorpora a essência rock’n’roll e mostra um lado sombrio. A batida de “Cant’ Go Wrong” se assemelha às primeiras canções, mas com refrão que gruda facilmente I can't go wrong/ As long as I remember where I'm from”. E a faixa mais amor fecha o disco, “So Easy”, essencialmente soft folk e de refrão simples, clichete e apaixonado, “You make it so, you make it so, you make it so easy”. Na edição deluxe aparecem “Hazel”, “Wicked Game”, um cover da canção original de Chris Isaak e a versão ao vivo de “Home”.

Mesmo o fato de seus vocais permanecerem constantes em grande parte das composições, Phillips está perdoado, pois, aparentemente, isso não soa como um problema para os meus ouvidos. The World From the Side of the Moon possui todos os elementos de um ótimo álbum, já que recebeu uma recepção significativa com o 4º lugar na Billboard 200, mas o próximo desafio do rapaz é se desprender gradualmente do rótulo de ex-participante de um reality show que lhe foi dado. Apesar das comparações com Dave Matthews, suas características soam como algo natural e nada imitador, transmitindo certa maturidade em suas letras e deixando vislumbrar seu lado íntimo no álbum, capaz de te fazer parar e se perguntar se este tenha realmente saído de um produto do American Idol. 

*****(5/5)
The World from the Side of the Moon, Phillip Phillips
Lançamento: 19 de novembro de 2012
Produção: Drew Pearson, Gregg Wattenberg
Gravadora/Selo: Entertainment/Interscope Records 
Duração: 45min

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Tem gente desejando muita POESIA em 2013

por Aline Alves

E é assim, eis que nas férias em minha casa assistindo televisão me deparo com a campanha de fim de ano do banco Bradesco, eu achei tão linda e empolgante, esta propaganda, assim como a mim, vem encantando amantes de poesia por todo o país. 

A campanha foi idealizada pela Neogama/BBH, a idéia foi utilizar as palavras de escritores consagrados como mensagem de fim de ano e boas festas para os brasileiros, ao invés de usar imagens de famílias feliz em torno de suas belas árvores natalinas que é praxe nesta época, a instituição optou por trazer uma mensagem escrita usando recursos de tipografia e animação.

O filme Palavras traz um trecho do poema 'receita de ano novo' de Carlos Drummond de Andrade, e uma narração que vem acompanhada por uma música de fundo que é tema da marca.


"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre
."

Carlos Drummond de Andrade


O segundo comercial utiliza trechos do poema ‘Esperança’ de Mário Quintana:

"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA..."

Mário Quintana  


E o último que foi ao ar é um trecho do poema ‘De tudo ficaram três coisas’ de Fernando Sabino

"De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar e
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
Do medo uma escola,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro,
E assim terá valido a pena existir!"

Fernando Sabino



O interessante é que ao final de 30 segundos de poesia somos surpreendidos quando o 13 do Feliz 2013 se transforma no ‘B’ de Bradesco. Criativo e diferente de todos os comercias de natal e ano novo que são tão repetitivos e cansativos, e assim como Bradesco desejamos um feliz 2013 e muita mais muita poesia . 

Diretor Geral de criação: Alexandre Gama
Diretores de criação: Alexandre Gama e Márcio Ribas
Direção de Arte: Jarbas Anelli
Produtor executivo: Aguinaldo Rocca
Produtora: Ad Studio

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Review: Chuva para remissão dos pecados em "O Estrangulador"

por Cremilton Souza

Cá estou eu novamente para mais uma review sobre o grande mestre do suspense e ação, Sidney Sheldon. Embora eu saiba que, não tenho talento suficiente para expressar os valores infinitos de suas obras, me atrevo humildemente a resenhar seu livro O Estrangulador. Neste, um perigoso maníaco vem desafiando as mais brilhantes cabeças da Scotland Yard. O criminoso não deixa rastro, exceto uma intrigante coincidência: ele só ataca em dias chuvosos.

Para desvendar esse mistério, sem pista de um assassino em série, que neste caso, não mantinha um padrão específico, ele atacava ao acaso. Só o sargento Sekio Takagi seria capaz de decifrar esse enigma. A grande missão dele era descobrir o que motivava o assassino a agir somente contra as mulheres e em dias de chuva. Parece-me que Sheldon peca ao revelar o nome do assassino logo no primeiro capítulo, não sei se ele fez intencional, com algum propósito ou não. Percebe-se que Alan Simpson, quando era criança sempre ficava em casa sozinho. Seu pai trabalhava o dia todo, enquanto sua mãe deveria ficar em casa cuidando do filho, mas ela nunca ficava no lar. Isso levava Alan a se perguntar aonde a mãe dele sempre ia? Já que ela não trabalhava fora, ela sempre prometia para o garoto que faria sua comida favorita, porém nunca cumpria, ele e o pai se viravam como podia. Certo dia, Alan teve sua curiosidade despertada e seguiu sua mãe para tentar descobri aonde ela tanto ia, no momento em que ele a seguia começa a chover. O menino viu sua mãe entrar em um prédio até então desconhecido pra ele. Este ficou parado em frente à calçada incrédulo quando avistou sua mãe aos beijos com o amante, a partir dessa cena começa todo o desenrolar da estória, Alan desenvolve sua personalidade com a crença que todas as mulheres eram iguais, pecadoras e com a ideia fixa que elas tinham de morrer.

A maior caçada humana em Londres começou. O sargento Sekio agora tinha um motivo a mais para capturar Alan Simpson, pois Akiko, a única que conhecia a verdadeira identidade do assassino, tinha sido recapturada por ele. O sargento não podia perder tempo, uma vez que, em um romance, não poderia faltar uma história de amor, ele teria que tentar a todo custo salvar a mocinha das garras do estrangulador. Será que ele consegue? Leia ao livro e encontrarão essa e outras respostas.

Penso que esta não é apenas uma história de suspense, ação, romance e perseguição policial, uma vez que, ela é composta de várias mensagens nas suas entrelinhas, é perceptível a leve ironia de Sheldon, retratando a disfunção familiar e seus valores morais, na qual as crianças estão perdendo a sua inocência cada vez mais cedo. Alan teve sua essência de criança perdida ao ver sua mãe traindo seu pai, dessa maneira é visível que a estrutura familiar é de fundamental importância no desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo. Neste livro, o menino Alan construiu sua identidade no momento em que viu sua mãe nos braços de outro homem, ele guardou toda aquela cena na sua memória e fez um pré-julgamento que todas as mulheres eram pecadoras, por isso deveriam morrer em dias de chuvas para lavar sua alma e ser redimida dos seus pecados.

****(3,5/5)
O Estrangulador
Título original: The Strangler
Autor: Sidney Sheldon
Editora: Record
Ano: 1994
Páginas: 178 


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Promoção: Quero ganhar o "Unapologetic", da Rihanna!

por Amanda Prates

Como RiRi não quer perder o sucesso obtido com o seu Talk That Talk, ela tratou logo de lançar o precoce Unapologetic, que parece ser mais um disco tradicional (porém, mais dançante) da barbadiana, com todas as mesmas fórmulas de sucesso: uma canção carro-chefe que logo gruda em nossas cabeças, a pegada reggae animada e o desejo de causar polêmica. “Diamonds” virou hit e alcançou o número #1 em várias paradas musicais já na primeira semana de lançamento, e “Nobody’s Business”, parceria com Chris Brown, tem dado o que falar, pois é mais uma provocação da moça: You'll always be the one/That I wanna come home to/Boy let me love you/And show you how special you are/I wanna be your baby/You'll always be my baby”. O Unapologetic é sombrio e parece ter sido apenas mais uma bem sucedida estratégia de lançar um álbum a cada ano para que as músicas não percam a qualidade e RiRi não caia (muito improvável, mas nunca impossível) no esquecimento. 

Por isso (e celebrando a monotonia do Natal de uma forma diferente), resolvemos sortear UMA versão standard do UNAPOLOGETIC + um paper toy da RiRi entre nossos leitores! Para participar, siga TODAS as instruções abaixo:

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 Lance, UMA ÚNICA VEZ, a seguinte frase no Twitter (RT's não serão considerados):

Vou ganhar o "Unapologetic", da Rihanna, que o @OQVPA 
está sorteando! http://kingo.to/1erx


REGULAMENTO

 Para validar sua participação, é necessário seguir TODAS as instruções acima;
 A promoção é válida apenas para pessoas residentes em território nacional;
 Autores, colunistas e colaboradores estão isentos da promoção; 
• Não serão considerados perfis falsos ou criados para somente participar de sorteios;
 O sorteio será realizado no dia 01/02/2013 prorrogado para o dia 22/02, por meio da ferramenta SORTEIE.ME, no Twitter. 
• O prêmio será enviado em até 30  dias a partir da data do sorteio;
 Esta promoção é de TOTAL RESPONSABILIDADE da equipe O Que Vi Por Aí;
 Leia todos os termos deste regulamento antes de participar da promoção, pois você estará automaticamente concordando com tais;
• O ganhador terá 48 horas para responder o email enviado pela equipe;
 No caso de dúvidas, contate-nos por meio do email oqueviporai@gmail.com
 O resultado será divulgado nesta página e em TODOS os perfis das redes sociais do blog.

PROMOÇÃO ENCERRADA! 

O sorteado foi Cássio Eduardo (@Ca7_du). Parabéns!

E aguardem nossa próxima incrível promoção! 


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Review: 2012 repleto de álbuns com o Espírito do Natal!

por Léo Balducci

E finalmente mais um ano vai chegando ao fim, mas antes tem as tão alegres, harmoniosas e chatas festas de Natal, onde surge parente do nada e começa sempre aquele tiroteio de perguntas desagradáveis e descontroladas. Mas em meio a tantos risos, choros e piadas ('É pavê ou pra cumê?' Ninguém merece!), sempre acaba tendo aquela música de fundo que começamos a prestar atenção quando tudo fica mais chato do que o normal (se não tiver é bom colocar pra tocar!). Por isso, O Que Vi Por Aí resolveu reunir 10 álbuns de Natal lançados em 2012 e fazer uma pequena review para que você não fique ainda mais chateado com o momento em família, e mesmo que essa confraternização seja muito agradável, é sempre bom ouvir algo a mais do que a voz dos nossos 'nada-intrometidos'-faça-o-eu-quero' parentes!

Além disso, escolhemos duas músicas de cada álbum para colocar como aquelas que despertaram nosso espírito natalino (ou não!). Então, aqui vamos nós:

CeeLo Magic Moment - CeeLo Green

Acertando na mosca! Nos Muppets! Quer dizer... CeeLo Green já mostrou inúmeras vezes que talento para cantar é o que não falta para ele e nos apresentou um belo trabalho nesse seu momento mágico. Na verdade, o cantor abusou da mistura de seu R&B e pop e não hesitou em construir um álbum consistente que agrade a todos ouvidos de pessoas que tem a tão apreciada alma natalina. Sua afinação em quase todo o repertório é de dar uma pequena inveja em muito cantores, mas é bom deixar claro que nem todas as canções são tão bem exploradas.

Músicas: “What Christmas Means to Me” e “Please Come Home for Christmas”
Nota: 4/5




Christmas In The Sand – Colbie Caillat
Dessa vez, Colbie soube muito bem como lançar um álbum bem produzido e que expresse o espírito natalino de uma forma mais, digamos, ensolarada. O repertório traz muita praia, Papai Noel de sunga e um ar de descontração muito bem impostos para deixar qualquer celebração de Natal mais natural. Os vocais da cantora correspondem a exigências que as músicas pedem, com uma voz tão suave que se tornam a trilha sonora perfeita para uma confraternização natalina no Brasil (Que calor, hein!). O ritmo pop soul unido com as melodias dessa época dão até mesmo vontade de ir para a praia!

Músicas: “Christmas in the Sand” e “Every Day Is Christmas (feat. Jason Reeves)”

Nota: 5/5

Cheers, It’s Christmas – Blake Shelton


Esse country natalino poderia soar extremamente como inoportuno, mas a coisa anda muito pelo contrário, pois além de trazer suas origens, Shelton conseguiu minimizar qualquer música que fugisse de seu tema de brinde. Muito bem acompanhado do violão, ele apresenta um repertório razoável que possa aquecer qualquer casa com uma boa lareira em que nosso bom e velho Noel possa tentar descer. As parcerias com Miranda Lambert e Kelly Clarkson também ajudam a consumir essas canções bem produzidas.


Músicas: “There's a New Kid In Town (feat. Kelly Clarkson)” e “Santa's Got a Choo Choo Train”
Nota: 4/5


White Christmas – Brooke White


Conduzindo uma inspiração natalina, Brooke dá um repertório organizado e elaborado de forma a agradar os ouvintes que apreciam ritmos com ótimas notas musicais. Seu pop caiu muito bem nas canções típicas do Natal e nas composições que completam o álbum, sem deixar desanimar com faixas mais lentas. Nas músicas mais dançantes, ela não hesita em colocar melodias e ritmos bem posicionados numa letra bem gostosinha de se ouvir.

Músicas: “Last Christmas” e “Wonderful Christmastime”
Nota: 4/5




It's Christmas Time – Cascada

Extraída das baladas, Cascada parece fazer um bom trabalho nesse álbum, mas só parece mesmo. Quem estava esperando músicas natalinas ao som dançante das batidas, vai se decepcionar um pouco, pois somente 2 ou 3 seguem o gênero (que por sinal, se encaixaram bem). Em compensação às outras, nada de muita novidade, além de repertório e produção meio previsíveis e alguns ritmos incluídos. Esse tempo de Natal ainda não chegou para esse álbum! 



Músicas: “Last Christmas” e “Somewhere At Christmas Time”

Nota: 2/5


Home For Christmas – Chris Mann


Esse é um daqueles EP’s que os tios distantes dão de Natal por você ser jovem ou gostar muito de músicas, mas que na verdade, eles nem sabem quem é e muito menos ouviram. Não há como negar que algumas canções são bem impostas no repertório, mas nada de muita novidade ou que faça alguém despertar seu espírito natalino. Os vocais de Chris são bons, mas nada de muito bom para se ouvir quanto se está pensando em comemorar em família, só para quem quer chorar por estar sozinho!


Músicas: “I'll Be Home For Christmas” e “White Christmas”
Nota: 2/5



A Very Merry Perri Christmas – Christina Perri


Agora esse sim eu adoraria ganhar de presente! Christina provando que sua voz se encaixa perfeitamente em clássicos de Natal e, nesse desempenho vocal impecável, que ela resume todas as composições. Não há como não se emocionar ao ouvi-la cantar “Ave Maria” ou acompanhar sua voz nas letras de “Happy Xmas”, pois ela realmente consegue transmitir todos os sentimentos e a verdadeira essência do Natal. Ela não precisa se render ao ritmo agitado ou ficar somente isolada em versos calmos, já que ela tem o talento de contornar esses tons e ficar num meio termo. Esse Natal é bem mais inspirador com uma Perri!

Músicas: “Something About December” e “Ave Maria”
Nota: 5/5
This Is Christmas – Katherine Jenkins

Apesar da maravilhosa voz que Katherine nos permite apreciar, um exagero bem grande se torna visível na transferência das músicas natalinas para o gênero clássico. Ela contou com ajuda de seus amigos cantores e de uma orquestra, que deu sequência as canções, porém nem mesmo eles conseguiram salvar o repertório que realmente virou desagradável de se ouvir. Não estou criticando a voz da cantora, mas sim como ela a usou para implementar as faixas escolhidas para o álbum, que não deixou espaço para nenhuma música favorita 
ou que expresse o espírito natalino.

Músicas: “I Wish You Christmas” e “Come What May”
Nota: 1/5



On This Winter’s Night – Lady Antebellum
Esse é mais um country para ser ouvido no Natal, porém não impressiona como a escalação feita por Blake Shelton. O repertório foi bem escolhido e conseguiu dominar a essência de um Natal glorioso e conciliar de forma razoável as composições típicas dessa época do ano. De uma maneira mais alternativa, o grupo se sai bem em criar ambientes agradáveis para se ouvir o disco, mas peca um pouco em como produz as faixas para apresentá-las ao público. De um modo geral, nada sai fora do esperado, por isso talvez permaneça num patamar tão estagnado e um pouco previsível!

Músicas: “A Holly Jolly Christmas” e “Christmas (Baby Please Come Home)”
Nota: 3/5



Christmas For You – Thomas Anders
Afinal isso é pop, jazz ou um clássico contemporâneo? Na verdade, um pouco dos três. Anders não hesitou em mesclar no repertório os gêneros ao mesmo tempo em que os coloca em ma mesma música juntos. Além disso, ele introduziu um pouco de pop latino nas composições natalinas, que caíram muito bem de um modo geral. É um bom álbum para dar de presente para aquela tia que é apaixonada por cantores latinos (mesmo ele não sendo). Nada do que ouvir músicas com letras que correspondem a uma boa melodia e que impressionam na produção!

Músicas: “It Must Have Been The Mistletoe” e “It's Christmastime”
Nota: 4/5


E não esqueça de deixar o sapatinho na lareira e se proteger bem, pois lá fora deve estar nevando... Ah é, nós moramos no Brasil! Então trate logo de estourar uma champagne quando der meia-noite e comemorar pois o Natal chegou e seja sincero na hora de ver seus presentes (Se não gostou, diga!). Brincadeiras à parte, a equipe O Que Vi Por Aí deseja a todos um deseja a todos um Feliz Natal! Com muita paz, harmonia, amor e o mais importante, fé, porque é com ela que conquistamos grandes vitórias! Esperamos que todos possam sentir a magia do Natal e curtir bastante este dia tão especial!

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